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N. 260
_ Antio de 1829. . Suhsc DIARIO DE PERNAMBUCO. i i ftS:i"1JT!!fr!?* d0 m9'ao Diurw r" IUN. 107 1. adarta mezes por 640reiSh.. f0!fc. ^oe satura todos es diai otis - . . ' Quarta Feira 2 de Dezembro. & Adria M. 1 t'reamar as 10 horas e 30 minutos da manhaa. m s. RIO DE JANEIRO. >Ua Magestade a Imperatriz tioBrazil, e a Senhora Rainha de Portugal, chega- das felizmente a este porto a 16 do cr- rente, desembarca rao emo dia 17 ; vin Jo a Serenissima Consorte do nosso Augusto Monarclia receber com Elle as bemcaos matrimoniaes na Imperial Capel la. Ape- zar da clmva, que cabio quasi sem ees* isar ; houve milito grande concurso de pessoas, que se apinhavao era toda a ex- tensao da ra Direita, para presencearem a sua passagem. As janellas estavao ri- camente adornadas ; e o acompanlmmen- to da forte, equipagens, &c. foi com a naior pompa, e luzimento, que se tem visto uesta Capital. A alegra publica, penhor da afeicao, que o Povo consagra ao Monarcha Constitucional, que esco- lhemos, e a sua Augusta Familia ; se ex- pressou em repetidos vivas, e outras de- monstracoes de regosijo. Quanto aos de- talhes circunstaciados do que se passou no fausto dia 17, podem ler-se no Diario Fluminense, e no Cowrier> aonde ja tem apparecido de buma maneira satisfacto- ria. O Omnipotente abencoe estes lacos, que o Ceo consagrou, e permita que del- les (como esperamos} redundem mil venturas a Naca Brasil eir! \^ Constitucional refere "/pie na sua passagem pelos Paizes Baixos a joven Imperatriz do Brasil fora convidada por certo Bourgmestre para huma festa, que se propunba a dar-lhe no outro dia. Nao, nao, lhe respondeu a excellente Princeza, facamos melhor, festejemos an- tes os pobres; aqu estao dez mil florins, que podis distribuir-lhes, juntamente com os que destinareis para a minha fes- ta. Assim (accrescenta o Constituci- onal} a sua jornada tem sido toda assig- nalada por beneficios. " Este espirito de beneficencia em tao tenros annos deve agoirar-nos muitos bens, a nos que temos a ventura de pos- suil-a no nosso solo. A falta de institui- ees de charidade, de cazas de educacao para meninos, e meninas pobres ; o mi- sero estado, em que se acha o estabelecU ment das orphaas, recolhidas na Santa Caza, amontoadas as quatro cinco em quartos insalubres, e destituidas da edu- cacao moral, que careceriao ; as e-cas*as rendas, e desamparo dos tristes engaita- dos, de que perece a maior parte, com padecimento da populacao e da humani- dade,^tudo merecer sem duvida a at- teocao, os disvellos da nossa boa Impera- triz. Que o fumo empestado da lisonja lhe nao chegue a endurecer o coiacao ; que o exemplo do egoismo quasi geal a nao arrastre, e neutral se as suas virtudes benficas! Ligada aos destinos do Mo- narcha que o Brasil escolheu, ella deve empregar tambem os seus cuidados em fa- zer a ventura deste Povo, que he tao ex- tremoso em amar os seus Principes, que attenuado por tributos, e exaccoes de to- da a sorte, forcado a pagar pelo triplo os gneros da vida, nao imputa enhum dos seus males se nao aos erros e iniqui- dadedos Ministros ; ao systema de disso- 1 tica e de luxo absurdo que elles tem in- troduzido em todos os ramos da aclmims. traeao publica, deixando o que he solido, o que pode ser til, a troco de bagatellas pomposas incompativeis com os recursos de hum Estado nascente, que nao conlie^ ce outra industria, alem da agrcola, e essa mesma em grande atrazo pola incu- ria, com que tem sido olhada. Huma Princeza bem educada, dotada de espirU / (1042) to natural, e regida pelos dictames de hum coracao recto, e sensivel he huma acqui- sicao preciosa para qualquer-Povo ; he a esperanca e o arrimo dos desgranados. Ella na6 ir repartir osseus beneficios pela mendiga ociosidade, cujos trapos so cobrem vicio, e aversao ao trabalho $ pro- curar a pobreza honesta, evergonhosa^ que se esconde no recinto do mesquinho casebre, e cuidara'^mais em fundar Ins- tituicoes duradorasde philantropia do que em derramar esmolas fortuitas, cujo ef- feito he limitado, e passageiro. N w Ao somos da opiniao daquelles, que n'uma Monarchia Constituciounl intea- ment, reprova5 aInstituic,ao dasordens de Ca vallara, commendas, I ubi tos, e o* tras insignias de honra. Estas di> vilegios oppo-tos a prosjteridade publica, podem ser deeffectiva utilidade, e hum meio, as mos do 'Governo, para remu- nerar servaos, sem dispendio do Thesou* ro, ou para estimular as accoes imbrs, e fejtos assignalados. Os polticos costu- mao mesmo designa I-as, debaixo don- me de moeda das Monarrhias, e seja qual for a importancia real, q< e ellas possuao aos olhos do philosopho, he certo que es* sa moeda tem o sen preco, bem como qualquer outra. Mas quando, com huma jprodigalidade excessiva se prostituem es- tis distincQoes e insignias ; quando sao dadas, nao a titulo de bous servicos, nao afcidadaos estimados na snciedade, po- ten por empenhos, e razoes ighobeis, ou a sugeitos, que a opiniao encara com des- prezo por seu carcter, e conducta, en- tao infallivelmente essas honras nao sao irais ao que tteos ridiculas de que o simples bom senso escarnece, e hum in- centivo a preguic.a, a fatuidade, eato- tos os vicios, que preconisao a ruina dos Estados, fo Brasil por exemplo, huma munificencia fra de limites tem desapre- ciado essa moeda das Monarckias a hum ponto incrivel; e este mal, que data do lempo do governo do Sr. D. Joao VI. > anhou maio'r extensao sob a influencia os Ministerios, que se tem substituido, desde a proclamacao, juramento do &ystma Constitucional. Aos hbitos de Christo, que povoavao as ras em huma aj&unaancia nunca antes vista, ne m espe- rada, que se tarnana o o^jeeto m sar* casmos, e da censura geral ; juntarao-se os da nova ordem do Cruzeiro, que ins- tituida para recompensa dos benemritos, e premio dos que houvessem trabalhado na causa da Patria, foi desde o principio conferida de mistura a homens, sem ne- nhuma qualidade louvavel, e ainda aos inimigos das nossas instituicoes, e inde- pendencia. Essa louca prodigalidade con- traria ao bem da Na^a, de que sedz c corrompe grande numero de Cidadaos ar- rancados as classes industriosas, contraria aos verdadeiros interesses do Governo, cuja forca diminue, attenuando hum ins* truniento, que de outro modo Ihe poderia ser efficaz ; tem ido cada vez a peior, e nao estar' longe o tempo, em que se rea- Use a risea o dito commum e hiperbolice que se distinguirao os homens de casa- ca, por nao trazerem habito ou commen- da. Estas reflexes, a que nos obriga o dezejo, de que as cousas do Brasil tomas- sem huma direcc,ao mais conveniente, fio- rdo despertadas agora pela leitura da lista dos despachos de commendas da ordem de Christo, e Aviz, publicados em o N. 92 do Diario Fluminense. E o primeire obiecto, qne ah ferio o nosso espirito, fo- ra os nomes de alguna Srs. Deputados, menibros da actual Legislatura, tambem contemplados na presente occasiao, Per- guntamos a nos mesmos, mas de balde, oque se poderia achar nestes Srs., que os tornasse dignos de hum signal de dis- tinccao honorfica, e queramos que elles proprios fossem juizes nesta causa, e nos dissessem a que titulo, por que notahili- dade, se constituir o merecedores de hu- ma graca, que os indica, como aquel les, que melhor aprouverao aos designios, e vontade do Poder. Se exceptuarmos o Sr Ledo, que com tudo poucas vezes o- rou, e Dos sabe em que sentido ; todos os demais (fossem quaes fossem as suas qualidades, e capacidade intellectual) conserva rao na Cmara quasi perpetuo si- lencio, e nao consta que as Commisso- es, ou por qualquer outro meio, elles 6e elevassem cima da mais obscura medio- cridade. Querer-se^ha com senielbante condecorarles e exemplos animar a indi frenca, aapathia, o egosmo, ou, oque ainda he pior, o sacrificio dos bous prin- cipios e decoro pessoal ? Que pode havet* uerbi gratn em hum Domingos MalachU as, que e torne digno de occupar a linba j;~ k . rws> rfrre os graciados de hum Qtoyuim, que *}uer a felicidade publica ? Marcado con o ferrete da abjeccao ; cortezao aviltado de todos os Ministros, de todas as vellei dad es ministeriaes, sera esses os ttulos, que o habilitara, jara obter acomenda de Christo ? K nao nos dilatando a res* peito dos outros Srs. ; deixando hum Ga- rniel Getulin, hum Thomaz Xavier, ap- tos para ludo, porque o Governo os es- olheu, para presidirem aos destinadas nossas Provitv ias; ser tambem raza snfficiente para o favor do- Ministros, ha Ver pelejado contra a nossd Independen- cia, haver feito correr o sangue dos Bra ileiros.' O Sr. Henrique Garcez, ta<5 orinecido e detestado na Baha, pelos males, que nos causou no tempo do Ge- neral Madeira; hum Giraido Joz d Abreu, instigador, director,. segundo a voz publica, dos horri veis assassinios commetidos a bordo do Palhaco, viera tambem encher com os sevs nomesa lista dos condecorados. Os Brasileiros o vm com d>r f amardura asss justificada. E como se i-so nao contentare bastante o Sr. Mii-i-tro do Imperio, iiJgeu S. Ex. que convinha sua gloria ir aprov itar os *bsol|us'itv'ac. cu os suspeitos detentativas feito* .fcsse venlido; e la foi contemplar com a romn)enda de S. IWtode Aviz, x> Brigadeiro Salvador Jozc Maciel, an- da nao lavado das graves imputacoes, que Ibe forao feitas, e que moverao S. Ex. a tetiraKo da sua presidencia, e a dar delle "huma quasi denuncia no seio da Cams-a dos Srs. Deputados. Preterimos outros nomes menos ce- ihecidos, os motivos, que poderaS de terminar o Snr. Ministro a prodigalisan- Ihes as honras da NacaS; mas nao pode mos deixar em claro huma observacao, yara que pedimos se atienda, como he tnister. Queremos fallar desses ttulos, e nobreza hereditaria ; contraria ao espi- rito e letra da nossa ConstituicaS. Tret mocos, ou meninos, cujas qualidades se Ignora, or que pelo menos nao tiverao anda occasino de apparecer com aplauso ta. scena poltica, sao elevados a Viscon- des e Baroes, com a designaeao, que fora dada aos seus progenitores ; este mesmo absurdo se tem ja visto praticado a respei to de outros, em circunstancias idnticas; e sera' isto ir de'accordo com os. 13. !4. do artigo 17$ da Le fundamen* tal ? Nds nao temos hereditaria, se na5 huma nica funecao, ou titulo publico, e he a do Supremo Magistrado, a do Mo* narcha, que as Instituices collocarao na cpula do, edificio social, e de que fizerao a ejcepcaS de todas as regras, ou antes para quem estabelecerao huma regra sin- gular, porque assioi convinha aos inte- iesses, e mais perfeita estabilidade da or- defn poltica. De familias \ livilegiadas, nos nao conhecemos se nao a sua ; e to- das as cavilla^-oes, e sui piezas, com que se pertender impor-nos oi.tro riireitOj se- rao i rustra das porque o Brazil tem os c-lhos muito abertos, e le na Le, milito clara a esse res peito, o que ah seexaiou, como garanta de nosss foros, e iguaIda- de legal. Os ministros, que deste modo intenta corromper o principio vital da nossa Constituida, e ir-nos lentamente acostumando as formas da Aristocracia Europea, carregao com hum grande pezo de responsabilidade, nem menos lhes sera imputada a facilidade criminosa, com que entorna o thesouro das gracas, ttn que as dao ao nfimo preco dos mais bai- xos ser vicos, e tirao toda a energa a esta mola, que menos gasta, pooeiia apro- .veitar ao bom andamento do nosso meca- nismo social. ( Da Jurera Fluminense. ) Theatro* HOje 2 de Dezembro dia de grande galla aniversario do feliz Natalicio de S. A. 1. se presentara' hum novo Drama Alegrico aparecendo a Soberana Efigie de S. M. I. C. seguindo-se a fa- moza Comedia do MINISTRO CONSTITUCIONAL.! Todo este grande divertimento sera1 dividido em nove partee sendo as princi- paes a Semiramis, a Cassada de Henrique 4. e outras brilhates pe- oas de Muzica do grande Mes!re Rncini cantadas por Madama Fleonor Bigati ; sendo este explendido divertimento de- ^empenhado com a pompa devida ao pri- -TOeiro Augusto Herdeiro do Tlirono do Brazil. Principiar as 8 horas. Vende-se. Ma escrava moca, bonita figura em vicio nem molestia, sabe cozinhar o S ri *r r9r ****m*m (1044) ^W^Pfci^ Diario de huma caza, e vender na ra ; Pinheiro, equjp. 17, carga caixas, a An- Pracinha do Livranaento sobrado de dois toqio Marques, da Costa Soares^ S. Migqel; 43 dias, Pat. Port. Botn Pastor, M. Manoel Lemos, equip. 18, carga vi- nho.e azeite, a Manoel Joaquim Ramos e Silva, passageiros 50 com pasaportes e 6 sem el|es. Da 29. Aracati e Ass; 18 dias, S.. Conceicao Felicidade do Brazil, M. andares D. 21. Corapra-se U Alluga*se huma preta que entenda de quitandeira ; na ra do Jardim 15. Alluga^s. CAnoas grandes abertas, com canoei- -Joaquim Baptistados Santos equip. \Q, ros, ousemelles, para conducao de carga sal, a Jernimo Luiz da Costa. familias, trastes, ou outra qualquer cou- Rl de Janeiro Baha, e Jaragiia ; 23 za- no principio da ra Direita, 2.= *as> Pa(l< N- ***&*' Com- } andar do sobrado D. 23. ^ enente Joze de Sarita R,ta> passageiros Huma casa terrea que nao exceda o os Excellentissimos Snr*. Senador Joze seuah|?uel mencal de seis mil reis, no Ignacio Borges, e Deputado Pedro de Bairro de Santo Antonio exceptuando be- Arauj Lima5 Francisco de Queiros Coi- cos, qoem a tiver dirjale a Typografia tmho,^ Domingos de Queiro^ Coitinho, deste Diario, ou anuncie pelo mesmo. Joze Mattozo de Andrade, o Capitao de Fragata Joao Baplista Dutra, e l escra- vo, do Con-elheiro Euzebio de QueiroS Coitinho, passageiros da Bahia WiHiam Micthell, Francisco Longston, Andre Com be r, i?... X4 I iiv^l nnin.Af SCO A. *., BauHno.e D j Arrenda-se. HUma caza para pequea familia, e por preco amito cmodo, no lugar do Monteiro; na caza da balanca us 5 Pontas, a tratar do- ajuste com Joaquim Antonio do Paraiso. Perdeu-se. UMa espora de prata de correntes, e caxorro a serpentado, desde o Man- guinhoathe Apipucos, e Poco da Panela, . queii a tiver achado e quizer restituir, leve-a a Luis Cnstodio Correia, na Pra- cinha do Livramento casa D. 19, queda de gratificoslo ovalar da mesma espora Revoca, M. Francisco Ramogenno, e- . que importar pelo peso, assim como qual quer Ourives a quem se oferecer a pode tomar e participa r ao anunciante pois te* ni' a mesma gratificado. hum ecravo, Guilherme Augusto Bivar. * Sihidas; . a 27 dito. Rio Grande do Nor- te ; B. Prezidente, M. Joaquim Anto- nio de Souza, equip. 13, carga geseros, passageiro Custodio Domingos Code- ceira. ia 28. Genova ; Polaca Sarda Noticias Martimas. D Entradas. quip. 12, carga assucar e couros, passa. geiro Bernardo Raggio. Dia 29. Unua ; S. Dezengano Peliz, M. Flix da Costa, equip. 9, era Jastro, passageiro Luis Gonsalves de A- zevedo. Goianna, com escalla pelo Rio Formozo ,* Can, Conceicao do Pilar, M. Antonio Affonso de Mello, equip. 7, em lastro. Goianna ; Can. S. Cruz, M. Caetano Joze de Oliveira, equip. 6, 'Ia 27 de Novembro. Unna; 3 carga molhados. Goianna; L. S. Jo- dias, S. S. Antonio Valerozo, M. Can ao Baptista, M. Manoel de Santa Rosa, dido JSepomucenp, equip. 10, carga cai- equip. 5, em lastro. Maranhao; B. xas, a Antonio Queiroz Fonseca, passa E. Emilia, M. Antonio da Silva Pereira, geiros Miguel de Castro Oliveira, Joa- equip. 11, carga assucar, passageiros quim Inocencio Gomes, Joze Soares da Antonio Joze da Silva, Fernando Joze Costa, e Jernimo Vieira Neves. da Silva, hum mano de menor idade, e Dia 28. Serinhem ; 24 horas, S. huma mana D. rsula, e 5 escravo9 com S. Joze Vencedor, M. Joze Rodrigues guia. & ii -. Wl ^ |
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