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Front Cover Front Matter Front Matter Main Page 1 Page 2 Page 3 Page 4 Page 5 Page 6 Page 7 Page 8 Page 9 Page 10 Page 11 Page 12 Page 13 Page 14 Page 15 Page 16 Page 17 Page 18 Page 19 Page 20 Page 21 Page 22 Page 23 Page 24 Page 25 Page 26 Page 27 Page 28 Page 29 Page 30 Page 31 Page 32 Page 33 Page 34 Page 35 Page 36 Page 37 Page 38 Page 39 Page 40 Page 41 Page 42 Page 43 Page 44 Page 45 Page 46 Page 47 Page 48 Page 49 Page 50 Page 51 Page 52 Page 53 Page 54 Page 55 Page 56 Page 57 Page 58 Page 59 Page 60 Page 61 Page 62 Page 63 Page 64 Back Matter Back Matter Back Cover Back Cover |
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Ili IIIIIr l 1r L'M I I I I l. I I II 1I 1 I111111 ri 11 L 11.k .L I III IIII1.1 I 11 i I I I 1 i L I 1 .j m I .IllII illilliv-mil O CORREIO A REVISTA DAS RELAOES E COOPERAO ENTIRE AFRICA-CARAfBAS-PACfFICO EA UNIAO EUROPEIA Comit Editorial Co-presidentes John Kaputin, Secretrio-Geral Secretariado do Grupo dos pauses de Africa, Caraibas e Pacifico www.acp.int Stefano Manservisi, Director Geral da DG Desenvolvimento Comissao Europeia ec.europa.eu/development/ Equipa editorial Director e Editor-chefe Hegel Goutier Colaboradores Franois Misser (Editor-chefe adjunto), Debra Percival Editor assistente e pmduo Joshua Massarenti Colaboraram nesta edio Marie-Martine Buckens Relaes Pblicas e Coordenao de arte Relaoes Pblicas Andrea Marchesini Reggiani (Director de Relaoes Pblicas e responsvel pelas ONG e especialistas) Joan Ruiz Valero (Responsvel pelas relaoes com a UE e instituioes nacionais) Coordenao de arte Sandra Federici Paginao, Maqueta Orazio Metello Orsini Arketipa Gerente de contrato Claudia Rechten Tracey D'Afters Capa Design por Arketipa Contact 0 Correio 45, Rue de Trves 1040 Bruxelas Blgica (UE) info@acp-eucourier.info www.acp-eucourier.info Tel: +32 2 2374392 Fax: +32 2 2801406 Publicao bimestral em portugus, ingls, francs e espanhol. Para mais informaao em como subscrever, Consulte o site www.acp-eucourierinfo ou contact directamente info@acp-eucourierinfo Editor responsivel Hegel Goutier Parceiros Gopa-Cartermill Grand Angle Lai-momo A opinio express dos autores e nao represent o ponto de vista official da Comisso Europeia nem dos paises ACP. Os parceiros e a equipa editorial transferem toda a responsabilidade dos artigos escritos para os colaboradores externos. NGHOR 0 nosso parceiro priuilegiado: o ESPRCE SE1GHOR 0 Espace Senghor um centro que assegura a promoo de artists oriundos dos pauses de Africa, Caraibas e Pacifico e o intercmbio cultural entire comuni- dades, atravs de uma grande variedade de programs, indo das artes cnicas, msica e cinema at organizao de confern- cias. um lugar de encontro de belgas, imigrantes de origens diversas e funcionarios europeus. E-mail: espace.senghor@chello.be Site: www.senghor.be As vinhetas e ilustraoes satfricas apresentadas nesta ediao (pg. 3, 9, 18, 25, 26 e 27) foram realizadas por caricaturistas europeus e africanos que foram convidados a representar a Carta dos Direitos Fundamentais da Unio Europeia no project Manifesta! (www.manifestaproject.eu), realizado pela associaao Africa e Mediterraneo. 40. L O N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 C*RREIO A REVISTA DAS RELAES E COOPERAO ENTIRE AFRICA-CARAfBAS-PACfFICO E A UNIAO EUROPEIA Indice O CORREIO, N Il NOVA EDIAO (N.E) EDITORIAL i EM DIRECTOR Glynis Roberts: um exemplo para as mulheres... e para os homes 4 PERSPECTIVE 8 DOSSIER Doadores alinham com o desporto 'International Inspiration' visa 12 milhoes de crianas em 20 paises at 2012 11 Um Campeonato do Mundo que pode mudar a Africa do Sul para sempre 13 A ONU adere ao Desporto para o Desenvolvimento 15 A fora do sucesso da Jamaica em pista 16 Desporto promovido pela CE como ponto de partida para projects de desenvolvimento 17 O poder do desporto 18 INTERACES Passado o espanto... O que nos fica do pacote do G20? 20 Estados ACP em sintonia com a chamada "Facilidade Alimentar" 22 As ONGs Alertam para os cortes na ajuda ao desenvolvimento 23 A Assembleia ACP-UE admoesta o G20 24 O desmantelamento das Antilhas Holandesas 25 Intensificaao das ligaoes ACP/Commonwealth 26 EM FOCO Um home de muitas facetas. Um dia na vida do actor sul-africano Tobie Cronje 28 COMRCIO Mais flexibilidade, exigem os deputados ACP-UE 30 A "Amrica" da Africa resisted a um acordo commercial com a UE 31 NOSSA TERRA A favor de umajustia climatica 32 REPORTAGEM Dominica/Granada A Dominica. Paixao pela natureza e aposta no ser human Estratgia governmental: manter o crescimento enquanto se aguardam ventos favoraveis Psicologia A oposiao exige um governor mais transparent Ajuda da UE: uma recompensa para a boa governaao Todas as belezas de um pais que devera visitar a p Granada Surpreendente ! Nao se deve colocar todos os ovos num s6 cesto Crise financeira. Manter as pessoas empregadas Caraibas autnticas. Um sinal de espirito Granada: o novo governor perdeu milhoes em investimentos, alega a oposiao Cooperaao. Uma aposta nas escolhas de Granada Descoberta. Uma Granada resplandecente Art. Heart Attack DESCOBERTA DA EUROPA Estocolmo. 0 paradox sueco Um modelo de abertura Migraao: uma sensibilidade caracteristicamente sueca Jornadas do Desenvolvimento 2009 Inovaao custe o que custar Como Verde a minha cidade! Hammarby Sjstad, laboratorio da cidade sustentavel Luz e Sombra CRIATIVIDADE Editores Africanos unidos contra a invisibilidade Turismo ecologico e cultural: uma panaceia para o turismo africano? Quando a Africa descobre o blues PARA JOVENS LEITORES Desporto e desenvolvimento CORREIO DO LEITOR/AGENDA S.? ' -i L. t. r,..-'a '4i[: Trabalho de Hemerson Andrianetrazafy. Artista malgaxe, historiador de arte da Universidade de Antananarivo. Marie-Martine Buckens Incrustaao: Nathalie Murphy, director executive da filial dominiquense da ONG Channel Cross Disability, 2009. Hegel Goutier editorial uando se lhe pergunta o que mudou na sua vida, todo o seu rosto se ilumina e deixa transparecer um sorriso radiante que da aos seus olhos fechados um olhar completamente novo. "Toda a minha vida nova". E a beleza, a alegria que emana dela um pre- sente para os outros. Nathalie Murphy invisual desde a adolescncia, vitima de uma cegueira parcial de nascen- a que o tempo agravou. Nathalie director executive da secao da ONG "Channel Cross Disability" na Dominica. O que mudou a sua vida foi um project de aprendizagem das tecno- logias da informaao e comunicaao, lanado ha cinco anos, que beneficiou de subvenoes diversas, nomea- damente da Uniao Europeia. Desde que lhe foi possivel utilizar a Internet, graas a computadores adaptados e a um software especial, "Job activation with speech" (JAWS): "Toda a minha vida mudou. Absolutamente! Antes, estava dependent de algum. Agora, fao tudo eu prpria. Meu Deus! E realmente uma vida nova maravilhosa!" E o mais impressionante nao a felicidade de Nathalie, mas o que ela comunica, o que transmite a quem a aborda. Uma pergunta entire outras: o que vale, nos parmetros economicos existentes, esta ajuda que tomou possivel a irradiaao de uma pessoa? A resposta a esta pergunta deveria constar, pelo menos implicitamente, nas conclu- soes do G20 apresentadas neste numero de O Correio. O G20 imps-se, entire outros objectives, a formulaao de novos indicadores de desenvolvimento. Pacincia! A Dominica, object de uma das nossas reportagens, que figure em bom lugar na metade superior da classificaao do PNUD relative ao desenvolvimento human, um dos pauses com mais centenrios, com uma esperana de vida relativamente elevada e, sobretudo, igual para os ricos e para os pobres. Logicamente, um sinal de equidade social e de desenvolvimento. E em terms de PIB? Entre os inumeros arguments a que recorreu Jean Gadrey para contestar ao PIB a sua qualidade de indica- dor "de progresso, ha um especial senao especioso: o sexo do PIB seria masculine. Primeiro, aquando da sua adopao nos anos 30, foi uma escolha de homes. Em seguida, s6 tinha em conta a riqueza e o poder porque o seu principal objective era, segundo Franois Fourquet, dar aos governor uma ideia dos recursos mobilizaveis em caso de guerra. Por ultimo, foi integrada, embora tarde, a produao domstica de bens, como a reparaao de uma garagem, mas nao os servios domsticos. Por outras palavras, a "bricolagem"dos homes foi incluida, mas o trabalho das mulheres em casa, nao! A Sucia, que neste numero 11 de O Correio object da Descoberta de Regies da Europa, tem talvez algumas lioes a dar, tanto a nivel do lugar da mulher depois dos Vikings como na atenao prestada aos servios nao mercantis. Tem igualmente lioes a dar em matria de luta contra as alteraoes climaticas, a exemplo de varios pauses pobres, nomeadamente de Africa, a fazer f nos especialistas que trabalham no terreno, como os da ONG Misereor da Alemanha que trabalham em varios pauses de Africa e exigem uma "justia climatica". Trata-se de uma informaao que vem mesmo a propsito antes da prxima Convenao da ONU em Copenhaga sobre esta questao. Mas as populaoes destes pauses pobres s6 fizeram adaptaoes ao seu modo de vida e sua relaao ao ambiente, que nao tm, provavelmente, nenhum valor no PIB dos seus pauses! Hegel Goutier Editor-chefe Leitura aconselhada: Jean Gadrey, "Nouveaux indicateurs de richesse" (dois livros), La Dcouverte, coll. Repres 2009. Jean Gadray "En finir avec les ingalits" (Mango, 2006). Franois Fourquet, "Les comptes de la puissance", publicado em 1980. Franoise Hritier, "Masculin/Fminin II", Odile Jacob, 2002. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 ~JJJU J j J J Glynis Roberts Ministra do Trabalho, do Desenvolvimento Social e da Igualdade de Gneros no Governo do Congresso Democrtico Nacional (NDC) no poder h vrios anos de Granada, um pais das Caraibas Orientais. Iniciou a sua carreira no Gabinete da UE, em Granada. Conhecida por fazer as coisas andarem, partilhou connosco as suas ideias de como envolver mais as mulheres na political nas Caraibas. Esta a promover uma "Associao de Mulheres Politicas das Caraibas" com o objective de former mulheres para carreiras political a nivel das Caraibas, seguindo os passes de figures notveis como Eugenia Charles, a primeira mulher a assumir funes de Primeiro-Ministro de um pais das Caraibas, a Dominica (1980-1995), e a antiga PM da Jamaica, Portia Simpson-Miller (2006-2007). mulheres? um pais simpatico para toda a gente, mas as mulheres enfrentam desafios que nao sao exclusivos de Granada, mas sim proble- mas com que elas se deparam em todo o mundo. Uma grande preocupaao a violncia contra as mulheres e a necessidade de as capacitarmos para fazerem parte integrante do desenvolvimento. Creio que o medo a nossa maior dificuldade: o medo da mudana e de nos expressarmos aber- tamente. Ainda vivemos num mundo de homes em que estes acreditam que as mulheres sao necessarias... mas so at um certo ponto. Desejo ser uma agent de mudana para as mulheres porque o posso fazer, qualquer pessoa pode. Para que haja desenvolvimento precise fazer as coisas colectivamente, porque todos possuimos talents diferentes tanto os homes como as mulheres. Onde quer que se va, parece que as mulheres estao a conseguir cargos superiores, mas os lugares de topo estao sempre nas maos de homes? Por vezes deixamo-nos utilizar e marginalizar pelos homes e at mesmo por mulheres. Posso recorrer minha propria experincia de vida para incentivar as mulheres, dizendo-lhes que possivel progredirem, mas precisamos de ter cuidado para haver respeito entire todos. Tm de ser as mulheres a promover-se, porque ningum tera confiana nelas se elas nao tiverem confian- a em si proprias. Pensa que as mulheres que ocupam cargos de alto nivel tm de trabalhar o dobro para atingi- rem as mesmas ... ; .. que os homes? Nao penso que em Granada as mulheres se sintam atraidas pela political. A political para as mulheres muito diferente da political para os homes, especialmente para as mulheres que sao esposas e maes, porque tm de encontrar umjusto equilibrio para cuidarem de si prprias, dos cidadaos que representam e ainda da sua familiar. Muitas vezes as mulheres tm de pon- derar outros factors nas suas vidas, enquanto um home, se sair de casa s nove da manha e regressar s duas do dia seguinte, o mais que a sua mulher fara mostrar-se desagradada. Se for ao contrario, a situaao torna-se muito dificil. Que tal seguir o exemplo de passes do norte da Europa como a Finlndia onde nao ha reunites ministeriais depois das cinco ou seis da tarde e os homes so obrigados a pedir licena de paternidade? Talvez tenhamos de o fazer mais tarde, mas no nosso Parlamento temos apenas duas mulheres na Cmara Baixa: uma no governor e outra na oposiao. Na Cmara Alta existem apenas trs CRREIO Em director mulheres, por isso teremos de trabalhar em con- junto para conseguirmos coisas que nos afectam. Vendo bem as coisas, eu incentive as mulheres a participarem no process de tomada de decises - uma necessidade. E precise que as mulheres estejam ao corrente de tudo. Como que acha que o pode conseguir? Temos de nos concentrar mais na construao de families, que nos proporcionara comunida- des mais fortes e naoes tambm mais fortes. Precisamos de uma abordagem colectiva e de comear a fazer algo pela familiar e nao apenas por parte do governor, mas tambm com as igre- jas e ONG. Temos situaoes em que uma mulher object de abuso por parte de um home: injuriada uma vez, duas vezes, mas mesmo assim volta atras e acaba por ter um filho desse home. Este sindroma leva-nos pobreza. Como que nos libertamos das correntes de abusos e da pobre- za? Nao apenas s igrejas ou ao governor que cabe a responsabilidade de o fazer. As mulheres tm de enfrentar a situaao. Um dos maiores problems da Humanidade o nosso receio de negaoes ou de decepoes. O maior receio que temos quando entramos na political : "E se eu falhar?" Ainda temos a percepao de que algu- mas posioes estao destinadas a pessoas de um determinado cla. Dizemos que nos libertamos dos colonizadores, mas somos nos proprias que nos escravizamos, porque nao estamos prontas para dizer sim. Quero ser um exemplo para as mulheres que se sentem marginalizadas. Como mulher que veio de uma comunidade rural pobre e algum habituada a ter fome na escola e que nao foi para a universidade e ainda como mae e esposa, sempre mantive uma vontade forte. Nao quero dizer que toda a gente tenha a minha fortaleza de espirito, mas acho que se formos ao nosso interior profundo conseguiremos detectar essa fora interior que nos impulsionara. O seu Ministrio esta a planear programs para permitir que as mulheres assumam o con- trolo das proprias vidas? Temos muitos programs, por exemplo um program national destinado aos pais, em que reunimos pais, igrejas e centros de saude comu- nitarios para ensinarem as pessoas a tratar dos filhos, porque este um dos nossos maiores problems. Existe um ciclo de violncia porque os filhos cresceram a ver as maes serem maltra- tadas. Como tudo o mais que envolva financia- mentos e custos, levara o seu tempo. E precise compreendermos que em Granada existe actual- mente uma "sindroma de dependncia"; temos de voltar a libertar as pessoas para tomarem as suas proprias decisoes. Que medidas foram adoptadas para pr cobro violncia contra as mulheres? Em Granada temos uma lei, uma linha telefoni- ca de urgncia e abrigos para mulheres, mas o maior problema conseguir levar os autores da violncia a tribunal nao possivel forar essa situaao. Em muitos casos, as vitimas mulhe- res e crianas nao querem ir para tribunal. Estamos a avanar para uma reform da OECO e a criar o nosso proprio Tribunal da Familia, no qual em relaao a estes casos nao sera necessa- rio passar pelo complex sistema judicial um cenario diferente, menos rigido, mas ainda assim com o objective de obter a puniao das pessoas pelas suas praticas criminosas. Qual o grau de envolvimento da sociedade civil na agenda para a igualdade de gneros? A Organizaao das Mulheres de Granada desen- volve uma grande actividade em terms de promoao e de gestao de programs comunita- rios para apoiar mulheres vitimas de violncia domstica. Temos muitas igrejas e outras orga- nizaoes (grupos contra o cancro, organizaoes comunitarias e pequenas empresas), mas preci- samos de fazer muito mais para conseguirmos repartir os beneficios tanto pelos homes como pelas mulheres numa sociedade bem equilibrada. H.G. M Palauras-chaue Glynis Roberts; Caraibas; Granada; gnero; trabalho; desenvolvimento social N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 Os acp "sacrificados em nome do liberalism" Ao conceder uma nova reduo dos direitos aduaneiros s importaes latino-ame- ricanas de bananas, "a Comisso Europeia sacrifice o desenvolvimento em proveito da liberalizao do comrcio", declarou em 6 de Abril, em Bruxelas, Gerhard Hiwat, Embaixador do Suriname, que preside o grupo "Bananas" dos ACP (Africa, Caraibas e Pacifico). Os Ministros do Comrcio da Unio Africana j tinham condenado, em 20 de Maro, a deciso da Unio Europeia, que eles consideram como um risco para os Camares e a Costa do Marfim, que so os maiores exportadores ACP de bananas para a UE. para 136 euros por tonelada at 2011 com disposioes que permitem continuar a reduao at 114 euros por volta de 2019 esperando assim resolver o litigio que a opoe ha vrios anos aos pauses latino-americanos produtores de bananas essencialmente o Equador, a Colmbia e a Costa Rica. Esta reduao provocaria, segundo uma primeira estimativa, uma perda de rendimentos de "pelo menos, 350 milhes de euros" para os exportadores de bananas ACP, no period de liberalizaao 2009-2019, acrescentou o Sr. Hiwat. Para compensar estas perdas, a Comissao props cerca de 100 milhoes de euros de ajuda para o perfodo 2010-2013, montante este que foi considerado insuficiente pelos ACP, que recordam a sua proposta: direitos reduzidos a 150 euros e conge- lados durante um period de quatro anos, sem esquecer as respectivas medidas de acompanhamento. Por sua vez, o Embaixador da Republica Dominicana, Federico Alberto Cuello Camilo, apontou o facto de os direitos aduaneiros actuais nao terem impedido o aumento das exportaoes dos paises latino-americanos para o mercado europeu, fazendo assim perder quotas de mercado aos exportado- CRREIO Perspective res ACP. O Embaixador apontou igualmente o facto de as produoes latino- americanas pertencerem a multinacionais, ao passo que, nos pauses ACP, sio "as families que constituem a base da nossa estabilidade political . Segundo os numerous da Organizaao Central dos Produtores-Exportadores de Ananases e Bananas (OCAB), a totalidade das exportaoes de bananas dos pauses ACP para a UE em 2008 (918.376 toneladas) foi inferior s exportaoes s do Equador (cerca de 1,3 milhao de toneladas) e ficou muito aqum da totalidade dos pauses da Amrica Latina (3,9 milhes). Os produtores ACP de bananas representam assim um quinto das exportaoes de bananas para a Uniao Europeia. Uma proporao que continuou a ser sensivelmente a mesma durante os ultimos trs anos, enquanto que as exportaoes de bananas continuaram a progredir lentamente. M III I1 :il[ -m Os Camares so o principal exportador ACP de bananas (279.530 toneladas em 2008), seguido de perto pela Costa do Marfini (216.583 toneladas) e pela Repblica Dominicana (170.406 toneladas). Estes trs paises assinaram uni acordo de parceria econmica (APE), temporrio (no caso dos paises africanos), ou uni acordo global no mbito do Cariforum, que o caso da Repblica Dominicana, que lhes permite exportar livremente as suas bananas para a UE. a . - 1 .. , p < ". j r j e-M e e- eai quecaee-1 egravee e-------e dos ce eee e -c ree > Guin Conacri: incertezas quanto s intenges dos golpistas consultas com a Guin que conduziram a promessas de democratizaao pelas autoridades de Conacri. Estavam pre- vistas misses de acompanhamento no terreno at 14 de Abril de 2009. Apos o golpe de Estado subsequent morte do President Lansana Cont, em Dezembro de 2008, a junta military, constituida em Conselho Nacional para a Democracia e o Desenvolvimento (CNDD), recebeu um acolhi- mento favoravel por parte da opiniao public guineense desejosa de romper com o passado e evitar a destabilizaao do pais. Nem por isso o CNDD deixou de recorrer tomada do poder pela fora, condenada pela UE, a Uniao Africana, a CEDEAO (Comunidade Econmica dos Estados da Africa Ocidental), os Estados Unidos e a Nigria. A Guin foi suspense da Uniao Africana, da CEDEAO e da OIF. Em contrapartida, o regime foi saudado pela Libia, Senegal, Mauritnia e Gmbia. A CEDEAO ini- ciou uma mediaao e a Uniao Africana, a ONU, a Frana e a UE enviaram misses. Alguns dos novos dirigentes sao sinceros quan- do dizem querer limpar o Estado da corrupao do regime Cont, sublinha Richard Moncrieff, director do project Africa Ocidental da ONG International Crisis Group. Mas outros sao acusados de graves violaoes dos direitos do home. Numa carta ao president do CNDD, Moussa Dadis Camara, e ao Primeiro-Ministro, Kabin Kamara, a UE convidou as autoridades guine- enses para consultas political. Na sequncia das consultas que decorreram em 29 de Abril em Bruxelas, as duas parties acordaram num rotei- ro de transiao, especificando a realizaao de eleioes antes do fim do ano, um acordo entire todas as parties (CNDD, governor, partidos polf- ticos, sindicatos, sociedade civil), a criaao de um Conselho Nacional de Transiao dispondo dos poderes e prerrogativas de uma assembleia constituinte e de medidas urgentes a favor do respeito dos direitos do home e das liberdades fundamentals. > Cooperaao suspense com a mauritnia Apos o golpe de Estado de 6 de Agosto de 2008, que derrubou o president eleito da Republica Islmica da Mauritnia, Sidi Ould Cheikh Abdallahi, a UE iniciou, em 20 de Outubro, consultas com os representantes da junta mili- tar. Como os dirigentes mauritanos nao deram garantias suficientes de regresso ordem cons- CRREIO titucional, as consultas fracassaram levando a UE a pr-lhes termo, em 6 de Abril de 2009, e a gelar por dois anos a sua cooperaao com este pais, exceptuando a ajuda humanitaria e o apoio director populaao. Entretanto, a Comissao Europeia saudara, em Maro de 2009, a decisao do Conselho de Paz e de Segurana da Uniao Africana de sancionar, nomeadamente, as "pessoas do poder, civis e militares" implicados no golpe de Estado. A UE condiciona a retoma gradual da sua coo- peraao a uma srie de medidas a tomar por Nouakchott nos proximos 24 meses. Caso haja uma soluao consensual com vista a uma said da cruise e um quadro legal que permi- ta a realizaao de eleioes presidenciais livres e transparentes, a UE desbloqueara determinados financiamentos, nomeadamente o do project de renovaao do porto mineiro de Nouadhibou. Em caso de "execuao irreversivel" desta solu- ao consensual, a UE poderia apoiar a instalaao da said da crise e a organizaao de eleioes, prosseguir o program de apoio justia, etc. Aplicaria igualmente todos os programs pre- vistos no 8. e 9. FED ainda nao contratuali- zados. So o pleno regresso ordem constitutional per- mitira levantar todas as restrioes e a execuao da integralidade dos 156 milhoes de euros do 10. FED. Em de 15 Abril, o General Mohamed Ould Abdel Aziz, chefe da junta, demitiu-se do exrcito e do seu post de president do Alto Conselho de Estado para se candidatar elei- ao presidential, prometendo uma "Mauritnia nova" e uma "democracia autntica". Previsto em 6 de Junho mas boicotado em principio pelos seus opositores, o escrutinio sera acompa- nhado de perto pela comunidade international. > Guin-Bissau: euitar o caos O assassinate do Presidente Joao Bernardo Vieira, no inicio de Maro de 2009, por milita- res nao identificados nao foi considerado golpe de Estado e a Guin-Bissau nao foi suspense pelo Conselho de Paz e de Segurana da Uniao Africana. O exrcito prometeu respeitar a via constitutional e o president da Assembleia, Raimundo Pereira, Chefe de Estado interino, dispoe de 60 dias para organizer o escrutinio presidential. Acontece que a situaao political do pais muito instavel, gangrenada pela cor- rupao e o trafico de droga o pais um ponto de passage essencial da cocaine sul-americana em trnsito para a Europa que ameaam minar todo o process de democratizaao. A oposiao pediu a demissao do Governo acusando-o da incapacidade de controlar o exrcito e fazer cessar as agressoes dos militares. O Parlamento Europeu convidou a UE e a comunidade international, embora mantendo o pais sob vigilncia, a prosseguirem a sua ajuda e pediu a manutenao da missao da Politica Europeia e de Defesa que, desde Junho de 2008, apoia a reform do sector da segurana. Segundo Alioune Tine, president da ONG Encontro Africano de Defesa dos Direitos Humanos, muito active na Africa Ocidental, enquanto nao houver uma reform do exrcito na Guin-Bissau, na Mauritnia e na Guin Conacri, continuar-se-a a construir castelos na areia. M Palauras-chaue Mauritnia; Guin Conacri; Guin-Bissau; Joao Bernardo Vieira; Raimundo Pereira; Alioune Tine; Mohamed Ould Abdel Aziz; Sidi Ould Cheikh Abdallahi; Lansana Cont. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 111 af Un n r -- ---^ irC^ .^~ ii inr moiiir. k'Iu:j ~-'~ w i . ......... -"'.fl" l.. w..".... ... '":i,,. .. .."p ,, .. .. ........ :. :"' ,:!, .. .ji - jii- .._. .. :..^*B .^ eBte1"""'^ O program 'International Inspiration' ('Inspirao Internacional') sera um legado dos Jogos Olimpicos de Londres de 2012: um objective que visa tornar acessivel educao fisica, desporto e jogos de alta qualidade a 12 milhes de crianas em 20 pauses em desenvolvi- mento, entire os quais se encontram Estados da Africa, Caraibas e Pacifico (ACP). A Directora do Program, Debbie Lye, descreve como a UK Sport- o Conselho para o Desporto no Reino Unido, criado por Carta Real em 1996 com o mandate de promover o desenvolvimento do desporto e o desporto para o desenvolvimento se associou ao Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF) e ao British Council para realizar este program. taao decisive das propostas para a reali- zago dos Jogos Olfmpicos de 2012, que Sebastian Coe Lord Coe -, lider da pro- posta vencedora de Londres, fez uma promessa de que os Jogos de Londres beneficiariam as crian- as em todo o mundo. A seguir o Departamento da Cultura, dos Media e do Desporto (DCMS) do RU presidiu a um grupo de reflexao sobre como honrar esta promessa, descreve Debbie Lye. At hoje o DCMS contribuiu com 280.000 libras, o Fundo das Naoes Unidas para a Infncia com 1,45 milhoes, a Primeira Liga Inglesa de Futebol com 4,2 milhoes e o British Council com 2,85 milhoes de libras. O Comit Organizador dos Jogos Olimpicos e Para-Olimpicos de Londres (LOCOG), junta- mente com a Associaao Olimpica Britnica N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 ~--- * ~. " :::-.;;w..- .... .. . .. *' ,, m ..... ....... .. ....i; - ;i .. .... ...ijIL;;ii-i. .. ....... ,;;;;;i;iiii Dossier Desporto para desenvolvimento esquerda: 0 desporto em combinaao com o ensino de competncias para a vida. Um project financiado pelo Conselho do Desporto do Reino Unido, Brasil. CCaldas Leo direita: Renovaao de infra-estruturas de desporto e lazer, Brasil. Caldas Leo 1 / 1 (BOA), desejava que o programa-piloto inclu- isse um pais de cada um dos cinco continents representados pelos anis olimpicos. O progra- ma para os cinco primeiros paises arrancou em Outubro de 2007: Azerbaijao (Europa)*; Brasil (Amricas); India (Asia); Palau (Ocenia) e Zmbia (Africa), prevendo-se que se seguiriam outros 15 paises. Debbie Lye descreve como a escolha dos paises se fez com base num equilibrio entire as necessidades e a capacidade existente no pais para fazer as coisas avana- rem. Refere como a UK Sport pde utilizar os conhecimentos da UNICEF que tem em curso estratgias contra a pobreza destinadas s crianas em pauses em desenvolvimento e do British Council, com as suas 110 delegaoes em todo o mundo. A iniciativa "Dreams + Teams" do British Council deu formaao ajovens lideres desportivos de escolas que organizam festivals desportivos para crianas e fazem tudo, desde comunicar atravs da Internet at anunciar festi- vais desportivos, estabelecer calendarios e pintar linhas nos campos. Se juntarmos isto ao sucesso comprovado da UK Sport na gestao de progra- mas desportivos a nivel mundial, temos uma parceria excepcional e de grande alcance. "O que queremos fazer com o 'International Inspiration' chegar aos responsaveis politicos, s instituioes nas quais se pode fazer desporto e aos praticantes, como professors e partici- pantes", diz Debbie Lye. Lembra o estudo feito pelo Professor Fred Coalter da Universidade de Sterling, Escocia, que disse nao poder haver ver- dadeiro desporto para o desenvolvimento se nao houver desporto de boa qualidade. "Nao se pode dar a este grupo de jovens uma bola de futebol e esperar que aconteam coisas maravilhosas. Tem de haver treinadores de grande qualidade e uma percepao de como se podem utilizar os principios do desporto a favor do desenvolvi- mento", diz Debbie Lye. E acrescenta: "Existe uma facil propensao para utilizar o desporto de forma simplista." > Uisitas de demarcaao Debbie Lye explica como o program funciona na pratica. Primeiro marcada uma visita de demarcaao" ao pais visado para avaliar as suas necessidades. "Quando fazemos uma visit de demarcaao, sabemos quais as perguntas a fazer e antes fazemos uma pesquisa para conhecer o context do pais e as areas em que ha necessi- dades. Reunimo-nos com o pessoal da UNICEF e do British Council e partilhamos os nossos conhecimentos de programs e depois aprovei- tamos para encontrar profissionais e responsa- veis politicos por este dominio e iniciamos um debate sobre como o program 'International Inspiration' os pode ajudar a realizar os objecti- vos. Por ultimo, quando partimos incentivamo- los a criar um comit director." Os Ministrios do Desporto e da Educaao e as Associaoes Olfmpicas e Para-Olfmpicas dos respectivos paises sao igualmente consultados. Debbie faz a descriao do program ja em curso na India, onde a UNICEF lanou uma campa- nha national em torno do desporto e do jogo, para mostrar o trabalho que a 'International Inspiration' esta a fazer, promovendo a forma- ao de lideres comunitarios e criando espaos seguros para jogar. "E evidence que nao vamos ter Wembley (o estadio national do RU) ou um campo de cnquete perfeito, mas possivel asse- gurar que num determinado sitio a relva apa- rada, que as cobras sao afastadas e que os vidros partidos sao retirados e fornecer equipamentos simples, como cestos de basquetebol ou uma rede de voleibol e a propriedade de tudo isto a pertencer comunidade", diz ela. Para que isto acontea, continue, necessaria uma intervenao tanto a nivel da escola como da comunidade para criar estes ambientes. A UNICEF tambm esta a levar o program s comunidades, aos bairros de lata e s aldeias e esta a preparar material de apoio nas linguas locais. "A UNICEF India aprecia tanto este program que esta a levar a campanha a todos os Estados e o efeito multipli- cador potencialmente muito grande", diz ela. Os programs para os primeiros cinco paises estao actualmente no ultimo ano. Ja foram fei- tas visits de demarcaao a outros oito paises, havendo a intenao de futuramente os parceiros colaborarem ainda mais estreitamente. A UK Sport integra o seu trabalho nos plans do British Council desde o primeiro dia e o British Council e a UNICEF coordenam-se em cada pais desde o inicio para assegurar uma abordagem mais global do planeamento e da execuao. Os outros trs paises ja aprovados pelo conselho de administraao sao Moambique, a Jordnia e o Bangladesh. Dois outros programs no Gana e Trindade e Tobago devem comear no final do ano. Outros paises que estao a comear o process de planeamento sao a Africa do Sul, a Malasia e a Nigeria. Com a actual crise economic constitui um desafio conseguir o financiamento da totalida- de do program ao nivel pretendido, explica Debbie Lye. Contudo, at data ja foram con- seguidos 23,9 milhes de libras dos 50 milhes do oramento do project. a UNICEF que lidera actualmente a obtenao de funds de fontes nao governamentais, mas os objectives de angariaao de funds serao dificeis de atin- gir. A 'International Inspiration', cuja criaao foi apoiada pelo Govemo do RU, actualmente administrada por uma fundaao independent para poder usufruir da orientaao e dos conheci- mentos necessarios para conseguir concretizar a sua ambiciosa ideia. M * Neste project, o Azerbaijo considerado como fazendo parte da grande Europa. Palauras-chaue International Inspiration; UK Sport; UNICEF; British Council; Debbie Lye; LOCOG; Debra Percival. C RREIO Os Governos tentam combater a crise financeira mundial ortodoxas para reactivar a economic. Na Africa do Sul, Campeonato do Mundo de Futebol de 2010. atravs de medidas menos as atenes so outras: o O pais tem escapado bastante bem s consequncias da crise devido ao seu solido sistema bancario, que dispoe de poucos produtos txi- cos nas suas reserves. Mas a recessao gene- ralizada tem sempre impact numa economic tao globalizada como a da Africa do Sul. No ultimo trimestre do ano passado, a economic contraiu-se pela primeira vez em dez anos. Este ano ja houve uma queda macia da produao, contribuindo provavelmente para outro trimes- tre de contracao. Mas o anterior president da Africa do Sul, Kgalema Motlanthe, estava muito optimista a esse respeito. A razao era a bonana dos events desportivos globais que culminam no Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA daqui a menos de 18 meses. Este ms, a Indian Professional League (Liga Indiana de Futebol Profissional) trouxe o seu torneio para a Africa do Sul aps os ataques terrorists de Bombaim; a equipa de rguebi British Lions inicia uma digressao em Maio de 2009, seguida da Taa das Confederaoes de Futebol da FIFA em Junho de 2009. Associam-se numerous enormes ao que tudo isto podera significar em terms de aumento do turis- mo, de sector hoteleiro, de meios e de impostos para o Governo. O Vice-Ministro do Desporto, Gert Oosthuizen, calcula a contribuiao direct do Campeonato do Mundo para o PIB em 55,7 mil milhoes de randes** (cerca de 6 mil milhoes de dolares dos EUA, gerando impostos no valor de 19,3 mil milhoes de randes: "A sucessao de torneios imps-nos a necessidade de investor em grandes infra-estruturas e esse investimento serve de media contraciclica para enfrentar as consequncias negatives da fusao economi- ca global."). Os analistas interrogam-se sobre os numerous utilizados por Oosthuizen. Alguns dizem que seria mais plausivel falar de 22 mil milhoes de randes, com o Governo a recuperar nao mais de 8 mil milhoes de randes de uma despesa superior 15,6 mil milhoes de randes. Isto parece mais de acordo com as contas do Campeonato do Mundo de outros anfitries recentes, como a Coreia do Sul, que ainda hoje se bate para saldar as dividas contraidas pelo seu Campeonato do Mundo. > Espirito de nao arco-iris Motlanthe tem razao no que respeita aos fac- tores mais intangiveis. No ano passado, os Sul-Africanos sofreram estoicamente com o trabalho de construao quase frentica de novas modalidades de transport porque sabem que eles mudarao a Africa do Sul para sempre. Orgulhosos do lugar atribuido ao "Gautrain", um nome que engloba a palavra da lingua seso- tho para Joanesburgo, a capital commercial do pais, assim como a palavra do africanso "gou", que significa rapido. Ha tambm uma alusao a "goud", o metal que deu velha cidade de 110 anos a sua existncia. um exemplo quase perfeito do espirito de naao arco-fris de Nelson Mandela, abrangendo velhas e novas ordens nos projects de reconciliaao. Mas vai muito mais long do que isso. Extremamente caro como parece ser os custos atingirao 40 mil milhoes de randes (4,5 mil milhoes de dolares dos EUA) - o empreendimento catapultara a Africa do Sul para o sculo XXI e dara um rude golpe num dos legados mais tenazes do passado: o Apartheid. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 Dossier Desporto para desenvolvimento Sob o regime do antigo Partido Nacional, no poder entire 1948 e 1994, o pais modernizou-se rapidamente, mas os beneficios do crescimento ficaram reservados durante anos populaao branca, que tinha um dos niveis de vida mais elevados do mundo. Uma das consequncias mais inimaginaveis foi que a Africa do Sul nunca desenvolveu sistemas de transport colectivos adequados. Embora fosse dos primeiros pauses, ja no sculo XIX, a dotar-se de elctricos, estes acabaram por ser progressivamente eliminados. Os plans para o metropolitan nunca passaram do papel. Em vez disso, foram gastos ros de dinheiro na constru- ao de auto-estradas modernas para automoveis. O Governo do Apartheid planeou estradas que evitavam os bairros negros (black townships) com um crescimento habitacional exponencial. Foi s6 sob a acao do Ministro das Finanas, Trevor Manuel, que o Govemo iniciou o enorme desafio de desenvolver sistemas de transportes acessiveis a todos: ricos e pobres. Esses sis- temas tambm se tomaram rapidamente, nos ultimos anos, essenciais para o plano de luta do pais contra as alteraoes climaticas. Transportes colectivos adequados tornaram-se uma questao de urgncia. Imediatamente apos o anuncio do Campeonato do Mundo, iniciou-se a construao do Gautrain (linha a grande velocidade), que liga- ra Joanesburgo capital administrative Pretoria, na distncia de 60 km, serpenteando entire ambos os suburbios ricos, agora de raa mista, e os bair- ros negros ainda extremamente pobres. A febre do Campeonato do Mundo tambm foi utilizada para lanar outro sistema important: o sistema de trnsito rapido de autocarro Rea Vaya ("vamos a caminho"), tambm conhecido por sistema BRT (Sistema de Trnsito Rapido por Autocarro), considerado essencial para transpor- tar adeptos principalmente dos bairros negros para os varios estadios do CM. Os dois projects revelaram os pontos fracos do espectaculo do Campeonato do Mundo: beneficiary um numero relativamente pequeno de homes de negocios intemacionais. Em fins de Maro 2009, os con- dutores negros de taxis minibus lanaram a pri- meira greve contra o sistema BRT. Durante cin- quenta anos, transportaram trabalhadores negros que s6 encontravam trabalho nas zonas brancas. No organigrama do ps-apartheid, foram acla- mados como empresarios, criando actividades de transpores sem a ajuda dos brancos. "Vamos perder empregos devido a estes autocarros. Nao vamos permitir que estes autocarros circu- lem", disse o porta-voz da Associaao de Taxis Alexandra, Velile Thambe. Estao a surgir outras questes: que beneficios trara o Campeonato do Mundo para os pobres? Estao a ser construidos cinco estadios novos e so o da Cidade do Cabo custard 3 mil milhoes de randes (350 milhoes de dlares dos EUA). "Esse dinheiro dava para construir 60.000 habitaoes (para pobres) onde viveriam cerca de 300.000 pessoas que as utilizariam todos os dias durante dcadas e nao uma vez durante 45 minutes de cada lado", afirma o Professor Anthony Leiman da Universidade do Cabo. "Celebrar a Humanidade da Africa" o tema mais amplo de todo o project 2010, mas a integraao extre- mamente bem sucedida do futebol da Alemanha nas artes e noutras disciplines em 2006, atravs do seu project "goalposts", parece ser um con- ceito estranho para Joanesburgo. Mais ainda, os Sul-Africanos estao extremamente optimistas para 2010. Num inqurito feito o ano passado, quase nove em dez pessoas (87%) esperavam-se melhorias em infra-estruturas. Cerca de 88% diziam-se orgulhosos por a Africa do Sul acolher o Campeonato do Mundo e 83% consideravam que a imagem da Africa do Sul no estrangeiro ia melhorar. M * Hans Pienaar jomalista resident em Joanesburgo. ** Em 28 de Abril de 2009, 1 rand sul-africano= 0,0876 euro. Palauras-chaue Africa do Sul; Campeonato do Mundo de 2010; futebol; FIFA; desenvolvimento; economic; Trevor Manuel; Kgalema Motlanthe; estdios. C RREIO Ir O poder do desporto no desenvolvimento foi reconhecido ha algum tempo pelas Naes Unidas (NU.,ONU). Wilfried Lemke, Conselheiro Especial do Secretario-Geral da ONU em matria de Desporto para o Desenvolvimento e a Paz, falou-nos das suas actividades. Dossier Desporto para desenvolvimento R fora do sucesso da J fl ICH em pista Desde 1948, a Jamaica ganhou 13 medalhas de ouro, 27 de prata e 21 de bronze em logos Olimpicos e 7 de ouro, 29 de prata e 30 de bronze em Campeonatos do Mundo de Atletismo. Patrick Robinson*, um juiz jamaicano do Tribunal Criminal Internacional de Haia, elogia o sistema exemplar do seu pais que incentive a auto-confiana para desen- volver o talent dos atletas. O Campeonato Interescolar (CHAMPS) uma competiao annual de juniores o terreno de formaao e a plataforma de lanamento de atletas jamaicanos e tem estimulado talents nacionais ha quase um sculo, explica Robinson numa entre- vista a O Correio. Treinadores qualificados em cada escola preparam rigo- rosamente os estudantes para as provas desportivas. "Na minha opiniao, apesar de a Jamaica ter um extraordinario talent natural para o atletismo, o sistema aplicado desde 1910 que sustenta e explica os excelentes resul- tados da Jamaica no atletismo international", afirma Robinson. "Todos os atletas que ganham medalhas competiram no CHAMPS quando frequentavam o ensino secundario, nomeadamente Usain Bolt, que o actual recordista da Categoria 1 do CHAMPS em 200 e 400 metros, com tempos de 20,25 segundos e 45,35 segundos, ambos realizados em 2003, e Veronica Campbell, que a actual recordista da Categoria 1 do CHAMPS em 100 metros, com um tempo de 11,13 segundos realizado em 2001", afirma Robinson. Usain Bolt foi a estrela dos Jogos Olimpicos de Pequim em 2008, tornando-se no primeiro home a vencer o duplo sprint olimpi- co com records mundiais nos 100 e nos 200 metros. "Para que um pais beneficie plenamente do financiamento desportivo, tem de ter uma political desportiva coerente que consider o desporto como parte integrante do desenvolvimento national", refere ainda o autor. Nao pode haver melhor exemplo do potential do desporto para o desenvolvi- mento do que o sucesso dos dois melhores treinadores da Jamaica, Stephen Francis (treinador de Asafa Powell) e Glen Mills (treinador de Usain Bolt). "Pelo seu exemplo de profissionalismo e aplicaao, eles mostraram que os Jamaicanos podem obter xitos em atletismo a nivel mundial permanecen- do e treinando na Jamaica, descartando assim a necessidade de irem treinar para os EUA", diz-nos Robinson. "A Jamaica beneficia do sucesso dos seus atletas porque o exemplo da excelncia, empenhamento, dedicaao, trabalho arduo e confiana em si por eles estabelecidos uma inspiraao para cada jamaicano, e deve ser contrastada com as imagens negatives de violncia com que a nossajuven- tude bombardeada diariamente pelos orgaos de comunicaao social", refere ainda. Na sua opiniao, os atletas e treinadores jamaicanos podem presentear o mundo inteiro com provas de atletismo. E o desporto cria oportunidades para os jovens se formarem numa area especifica de emprego. Alm disso, ajuda a manter os jovens fora da rua e afastados de actividades ilicitas. "Este exemplo da autoconfiana vital para o emprego national, dando plena fora s palavras do Heroi Nacional, Marcus Garvey", citadas por Robinson: t....... fora, rumo vitoria; tu podes realizar o que quiseres." D.P. M *Autor de "Jamaican Athletics: A model for 2012 Olympics and the World" (Atletismo jamaicano: um model para os Jogos Olimpicos de 2012 e para o Mundo), Arcadia Books, Londres, 2009. [Hin IIT 11 ^IL!II iTI ^i Palauras-chaue Jamaica; Patrick Robinson; Usain Boit; Veronica Campbell; Stephen Campbell; Glenn Mills; CHAMPS; Jogos Olimpicos; Debra PercivaL CeRREIO i Il i. ll i *', .. i .i l i i l lll i dl . Ialr, i 1. l i.it 1 i llit ... l ii ..i ,i .i . l ..il . rIl I|'. .l| ,, i li.- li i ,, r ,l n i lii 1. ', .IL i II j I l .I l I I- III1 i .i II I 1i L t I1L .iiiL.i l 1i11. j". - I I | I L1 1 11 ii 1 Iui J P! 11% .11% 1 i il III t i i i iii.- ii i ii I 1 iir. i p. l h I L i,. i '' I I. n i'.i '' ii I It I 1ii lllt U l. l 1 i i ir .,i Ji' Ji ui [il '.'. ,a,. i, I hI.. ,I i l',I ,1 ,I.. i I',. li I. I m iJ i' .Illi I ', I lil l al d aill|ll L, l l 'I 1 i i.. l. il ., ..I ''., id l i1 :..1 ..i ilr ill. J i Li i l iii !i. ..i i I .i. Jl ..t I II itii.it -in 1i di i til.l l' i 1 d i 1 .ii. I I II 1' rl 1. il.. i. i 111 .i l. .li i k l i i i d i ii, i i I iJ i i l. i ii l0. i i .. iii .l. .. , 1 l .ill- ih-(,, i .l.j.. l i i a 1. i.. ., u i 11.. i l'.l i i. ll i ,l .i.ii , i I .I. Ii ,,* **i 1111 'l 1..l, I lll, I.i, Ui' i, udI l ,i |1 .I''-.i l I I ir, d i. i .lll .iiil i .l ., ' I. IL i .. I,, . i i. ,i I .. i i i. ii ni. i .i l ... 11 i. rii .i . Il ii ii i t.i~l L 1 .. .i .1 il ..I0 l 0, l i|.. ,III. | 1 1. 1 li I '. l I I* ll i, . i. O1il'.l iI ii ...... .,i.... ..i, l .I,, L i, i.. ,,1 tl ll i, d a . * '.I.. .. 0 0.. ll .l i .00I.'rle .ttl O OS ti.. 0 i r 11 . 0,, iii. iii . I l it. . I . i T1 n0 0I llllTri rlh, ,. OSi1 n i0 Ii lail, .- ,I,,C. Ill*. 11. 1. **,. 1'1' i1 11. I . [ J I I l- [,, h .il L 1 iL1,.I' I ri .~. I ll i ,l 1 .I.. l li.. ,...,I,. i ',, i i ih .I l .. ... 1 -p L I llL t ,' l l ' Il I 1 k 1 11.' . A.II"1 iss1" o eII I IIi Jp.itIi~, ,. 1 llI l i .,le .lip.a !mi ; a par ticipa Id ristas r a. ,s esag"o a,"ica ,o,,,,m Iuro iistad pe lBlTfl' a Tu;.d."ll'o Agenc Fran'cil e Prese" I noTII Ilti,"o1 de. mehrracoetr o apoao oMno '. .Il. I 11..' I,1' I l' .I l".i. i .i 1 il. i la L 111. 11111 : I I ' ,... ,.. 11h l i i .i. ,1 .- u ,li I lllll d lh 1,. l. l.. i.,. . Ill. J. ilI. I l, ,,h ., ,, l l. ,.hi .i .I ,,i l i..., ,I .i i iiI > Dfice de financiamento !, lil i l h hl. fr <..I , I, ..I. d. l hl.. I 1 '. ,, 1.1 l, I l .I, l.. I J - Ii. .' I i. i i ir' .ii ii' '.r 'i I ,ti 'pit u I .d t 1.1 I., i 1i ', i I.t tt 1.1 1 .1 III 11 l.. i 1211 .iii L t' I r lt'.tltid 'lJ. li I li'. l .1 I I l. III. 1 1 i lu' J n l'. L 1ll'. h i, d l i .. I l.ll i ,, 1... .. .I l.l ll.lli.i l i. lli, l Jl i1 L i I' .* .IIMI ,- id w. 1 1.. ILL IL I[IL 11 ', 1 1 uic id J i lf.. ii, f l i I t -i t .. 1..i.'i I Id .iI t ii 1 -'III t l ut ill i I Iii i tli- . 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C r ip.n ,. r llu l ..l ,i .lh cI .', ,, 'i,. .1 'llii,..i d 'Siili D.P. M Palduras-chaue t_.lnl)i'ii|.IIl d 11 dii h 1.1 I II 1 \. I. ul.i l i \i llel. 'e.)|l) III.lirr.. \IM r .i d(l I. II. i \ .11a1111. Il.ihr. I'ertrai l N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 D e que forma pode o desporto contri- buir para o desenvolvimento socio- economico de ..... .em desenvol- vimento? Creio que todos os que trabalham nesta area se preocupam em nao exacerbar o assunto, mas a verdade que o desporto tem qualidades espe- ciais que podem contribuir para os nossos objec- tivos de desenvolvimento. E particularmente efi- caz como um modo de trabalho com os jovens, que gostam de desporto e o associam sua imagem global. O futebol atrai jovens por todo o mundo e estes responded com entusiasmo quan- do lhes dada a oportunidade de participaao. Ja verificamos que o desporto traz os jovens de volta para as escolas e os centros comunitarios e, nesses casos, da-lhes acesso a um vasto leque de apoio. Posso indicar tres areas: o desporto como veiculo da educaao formal; o desporto como veiculo da educaao para a saude e das competncias para a vida; e o desporto como um mecanismo de capacitaao feminine e de abor- dagem de questoes de desigualdade de gnero. Uma das areas especialmente produtivas o trabalho de desenvolvimento do desporto com jovens do sexo feminine. A nossa experincia em Africa e na India mostra que o desporto pode ser um mecanismo de capacitaao das jovens particularmente eficaz. Que critrios devero ser utilizados na avalia- o do contribute do desporto para o desenvol- vimento socioeconomico? Temos de pensar no desporto essencialmente como um contribute e nao como uma soluao per si. O desporto particularmente positive ao envolver pessoas a que dificilmente chega- riamos de outra forma e ao oferecer-lhes acesso a apoio, o que por sua vez pode maximizar as probabilidades de ultrapassarem as restrioes que enfrentam no dia-a-dia. Parece-me que um dos factors mais importantes o facto de o desporto poder constituir uma base de relaoes construtivas com adults compreensivos. Em Africa, vimos quao diferente a forma como os jovens interagem com os adults em contextos C@RREIO ~U*.~YLlie *i p Pa ... ,,ii ~ ... a,::.. ,...i. .eS:..f I..u..rt.. .... .H;- -. r" ,.- r - podemos dar ;, -. .. ...- do desporto para o desenvolvi- mento? de desporto. A natureza recreativa e divertida do desporto quebra barreiras e promove relaoes menos formais e mais abertas. Ja assistimos a alguns testemunhos bastante solidos de docen- tes da Zmbia que descrevem como o facto de praticarem desporto com os seus alunos lhes oferece uma forma totalmente distinta de interacao, comparativamente com a interacao que desenvolvem com os mesmos alunos em contextos de sala de aula. Isto permite-lhes falar mais directamente sobre questoes importantes (na Zmbia, o VIH/SIDA especialmente) e os jovens responded de modo bastante positive informaao que assim lhes dada. Qual o tipo de assistncia mais tit a: que Eu diria que o desporto similar a outras forms de trabalho de desenvolvimento: as iniciativas mais eficazes sao aquelas que sao totalmen- te adequadas s realidades praticas e culturais locais e que tem na propriedade local uma certa perspective de sus- tentabilidade, alem do finan- ciamento initial. A assistn- cia mais eficaz desenvolver programs desportivos em total parceria com a naao de acolhimento. Uma das coisas com as quais devemos ter cuida- do nao nos basearmos em sistemas desportivos prontos a utilizar demasiado "ocidentalizados". fulcral terms em total consideraao o contex- to cultural em que os programs desportivos sao introduzidos. Isto significa que devemos recor- rer a abordagens de parcerias desde o inicio e nao s6 nas fases de implementaao e entrega. E igualmente important reconhecermos que, por vezes, existe alguma resistncia cultural ao desporto. Em comunidades mais pobres, at as crianas tm de trabalhar e, nestes casos, o desporto parece totalmente irrelevant. Mas interessante ver que, at nestas situaoes, depois de introduzidos, os programs desportivos tm a capacidade de crescer. Sente algumafalta de interesse nofinanciamen- to de programs de desporto para o desenvolvi- mento por parte de agncias de doadores? Nao tanto falta de interesse; mais uma falta de conhecimentos genuina sobre o que se pode fazer com o desporto. Assim que as organi- zaoes tomam conhecimento dos resultados das investigaoes sobre o quao poderoso o desporto pode ser, envolvem-se activamente e interessam-se por utiliza-lo como ferramenta de desenvolvimento. As agncias e os inves- tigadores da area do desporto tm um papel a desempenhar na sensibilizaao das agncias de doadores sobre o potential do desporto na promoao das suas actividades principals pro- moao da educaao, apoio a agendas de saude e ensino de competncias para a vida. O desporto tem o seu proprio valor, enquanto actividade recreativa para crianas e jovens que, em comu- nidades pobres, sao frequentemente privados de outras formas de diversao e entretenimento. E estes sao aspects que as agncias de doadores valorizam. Enquanto investigadores, temos de certificarmo-nos de que sabem como o desporto pode servir os seus interesses. D.P. M Palauras-chaue Desporto; Tess Kaye; Instituto do Desporto Juvenile; Universidade de Loughborough; India; Africa; Debra PercivaL N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 0 que nos fica do pacote do G20? do G20 (Grupo dos 20)* em Londres, no passado 2 de Abril, a dissecaao do acordo concluido para ressuscitar a economic mundial deu inicio. Grupos de reflexao e organizaoes nao governa- mentais (ONG) lideres chamam a atenao para o facto que, para nao arrastar ainda mais pes- soas para a pobreza, e sobretudo nos pauses em desenvolvimento, o G20 deve agora cumprir as promessas feitas no Plano Global Intemacional de Recuperaao e Reforma. "Este o dia em que o mundo se une para com- bater a recessao mundial, nao com palavras mas 100 mil milhoes de emprstimo adicional pelos com um piano de recuperaao global e de refor- ma bem calendarizado", expressou o Primeiro- Ministro britnico, Gordon Brown, anfitriao da Cimeira que teve lugar no Excel Centre de Londres. Foi acordado um pacote de reforo de 1,1 biliao de dolares dos EUA para restaurar o crescimento e criar emprego, incluindo: 500 mil milhoes de dolares EUA para o FMI; 250 mil milhoes de dolares EUA em direitos especiais de saque (DES)** (para todos os membros do FMI); um pacote de dois anos de 250 mil milhoes de d6lares EUA para financiamento do comrcio; e bancos de desenvolvimento multilaterais. O unico africano mesa dos G20, o antigo President da Africa do Sul, Kgalema Motlanthe, disse que estava "plenamente satisfeito" com o resultado e especialmente com "o compromisso de assegurar que os pauses em desenvolvimen- to beneficiam de financiamento especialmente destinado a infra-estruturas". O Presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que o event tomou "medidas sem precedent para restaurar o crescimento e impedir que crises como esta ressurjam no future". O Presidente da Uniao C@RREIO G20 Interaces cionismo, para sustentar a prosperidade. Os lideres comprometeram-se igualmente a aderir aos principios globais do sistema bancario: proteger o sistema bancario, incluindo os funds especulativos, dentro de uma rede global regula- mentada; definir novas regras de contabilidade international; regulamentar agncias de crdito; e pr cobro aos paraisos fiscais que nao prestam a informaao solicitada. > Funds frescos? Num document ps-Cimeira, Martin Kohr do South Centre, um grupo de reflexao de politi- cas de desenvolvimento, disse que os funds garantidos nao sao dotaoes totalmente novas: "Alguns desses funds ja tinham sido decididos muito antes da cimeira e alguns deles reflectem apenas uma intenao em vez de serem promessas concretas." A promessa da Cimeira consistindo em disponibilizar emprstimos ao FMI e de os converter em emprstimos aos pauses afectados pela crise decorrente do esgotamento das reser- vas estrangeiras comprometeria a capacidade de control e discipline do FMI em relaao aos paf- ses fornecedores de emprstimos, argumentou Kohr, exigindo a reform do FMI. Mais ainda, os 250 mil milhes de dolares EUA de direitos especiais de saque prometidos seriam partilhados entire os 186 membros do FMI, segundo as suas quotas ou direitos de voto, o que significaria que 44% destas verbas reverteriam assim em proveito dos sete pauses mais ricos e apenas 80 mil milhes iriam para os paises Africana (UA), Jean Ping, e Primeiro-Ministro da Etipia, Meles Zenawi, representante da Nova Parceria para o Desenvolvimento da Africa (NPDA NEPAD), foram ambos convidados. O G20 assumiu alguns compromissos gerais, a saber: restaurar a confiana, criar crescimento e emprego; reformar o sistema financeiro para relanar o crdito; reforar a regulamentaao financeira para restabelecer a confiana; capi- talizar e reformar as instituioes financeiras internacionais para superar a crise e impedir novas crises no future; promover o comrcio e o investimento globais e rejeitar o protec- pobres em desenvolvimento, explica Martin Kohr. E acrescentou que o G20 nao fez nada para ajudar os pauses em desenvolvimento a evitar a distorao provocada pela divida. Duncan Green, Director de Investigaao na Oxfam avan- ou: "Ha um ponto de interrogaao enorme sobre o alcance real dos compromissos relatives aos paraisos fiscais. Travou-se, sem duvida, uma grande batalha no seio do G20 para decidir esta- belecer uma lista dos maus alunos e sentiram-se aliviados ao atirar com as culpas para a OCDE." (ver caixa) Duncan Green pensa que dos 250 mil milhes de dolares para incentivar o comrcio, apenas 12 mil milhes serao afectados aos pauses com baixos rendimentos. D.P. M * O grupo dos 20 inclui os Ministros das Finanas e os Governadores dos Bancos Centrais de 19 Estados: Argentina, Australia, Brasil, Canada, China, Frana, Alemanha, fndia, Indonsia, Italia, Japo, Mxico, Russia, Arabia Saudita, Africa do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos da Amrica. A Unio Europeia, representada rota tivamente pela Presidncia do Conselho e o Banco Central Europeu, o 20. membro do G20. ** O DES um fundo international de reserve, criado pelo FMI em 1969, para complementary as reserves oficiais exis tentes dos pauses membros. Os DES so dotados aos pauses membros em proporo das suas quotas no FMI. Palauras-chaue G-20; Kgalema Motlanthe; Trevor Manuel; Gordon Brown; Jean Ping; paraisos fiscais; facilidade alimentar; Debra Percival Ant e. d o e20 e "Cmt ds e z" 1 ep de e- isro e a e. ana e d e-. aco Cetaspe-ii oses-e Mnse.o .a Fiana e. *ic .do Sul T evo Maue,- - ses.gam goald .eee.e. pe... a C r. 0 -e --ela i es-be e. se.t dacis-a e-...-ia afiaa -det que ~ e- -rge osat Ouat a seim e d ser -se- po-ae- pe-e o "A cris .5 a~O O Ocba eo e- -e.as as minas os .55.55osdotrb e. os ..-.s de .-sitci.-.. - u .. Pel .rmer e. um -a se- I er ses. a-s no contie-nse. .5. 0.0cienO~ per -. zero, ~ ~ ~ -o -ata d- -edmno na- Oxtas a- ni -.otiete a .-e d 5 mi mihe d- -ae OU Os. 200 e 27 mi mil-e -m 200 se .d os -pra de 0erloo asaetdspl ed. Os ...................................- .. .... . N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 InteracJes Faadad alimentar OPELO PORR 0 HUMEnTO DO RJUDR 0 Presidente da Comisso Europeia, Jos Manuel Duro Barroso, apressou-se em defender, em 8 de Abril, um aumento da ajuda ao desenvolvimento pelos 27 Estados-Membros da UE: "Estamos a mais de metade da data-limite de 2015 para a realizao dos Objectivos de Desenvolvimento do Milnio (ODM) e alguns dos ganhos realizados at agora arriscam de ser perdidos, deixando os paises pobres piores do antes da crise." Como o maior doador da ajuda em termos de Produto Interno Bruto (PIB), a UE disponibilizou 49 mil milhes de euros em 2008, ou seja 40% do seu PIB. Mas ser necessrio aumentar colectivamente o volume da ajuda para 69 mil milhes em 2010 a fim de cumprir a promessa de 0,56% do PIB para a assistncia ao desenvolvimento ultramarino feita na Cimeira de Gleneagles do G8 em 2005. 0 Presidente Jos Manuel Duro Barroso advoga a favor de uma "maior utilizao da ajuda ao desenvolvimento para alavancar outros fundos, inclusive atravs do Banco Europeu de Investimento (BEI). Cada euro gasto na ajuda pode impulsionar cinco euros de investimento privado", disse o Presidente. 0 Presidente Barroso disse que a Comisso Europeia queria "concentrar os esforos da ajuda" (expedindo o pagamento da sua ajuda) e refocalizar os seus compromissos existen- tes incluindo os 3 mil milhes de euros de apoio ao oramento previstos sobre os mais vulnerveis. Alm disso, um instrumento FLEX ad hoc destina-se a compensar os paises em desenvolvimento mais seriamente afectados pela queda das receitas de exportao, tendo em conta a contraco do comrcio mundial. 0 Presidente Barroso afirmou que este instru- mento estar operacional antes do final de 2009 e inclui 500 milhes de euros para permitir aos paises em desenvolvimento continuarem as despesas liquids de segurana social. Alm disso, a UE adoptou uma Tacilidade AlimentaC para fomentar a produo agricola nos paises em desenvolvimento (ver o artigo que segue). ^*l i['Im ^^^^^^^ os pari ss fis' ai' a umfia' o Paris jpubicu a pMi dami ent^ e airsi ptados Estado que eto a re^gPppitar5a a eec o das normas iscis detr^aB^nMspar Estados fCP em sintonia com a chamada "FBCILIDIDE LImEInTHR" Trinta e quatro pauses vo beneficiary de uma srie de projec- tos e programs financiados pela Comisso Europeia para melhorar a segurana alimentar nos pr6ximos trs anos. Europeia aprovou uma decisao de financiamento inicial de 1000 milhes de euros ao abrigo da "Facilidade Alimentar" que foi adoptada no final do ano passado pelas instituioes da Uniao Europeia (UE) e fortemente apoiada pelas ONG de desen- volvimento. Em geral, durante trs anos, vai beneficiary os mais pobres de um total de 50 pauses em desenvolvimento. "A Europa colabora na luta contra a cruise alimen- tar atravs da ajuda de emergncia. A 'Facilidade Alimentar' a resposta de desenvolvimento para restabelecer o equilibrio da agriculture", disse o Comissario Europeu do Desenvolvimento e da Ajuda Humanitaria, Louis Michel, numa decla- raao em 30 de Maro de 2009. Recuando a 18 de Dezembro de 2008, o Parlamento Europeu e o Conselho de Ministros deram luz verde pro- posta apresentada pela Comissao Europeia em resposta crise alimentar mundial de 2007/2008 caracterizada por uma subida acentuada dos preos dos produtos alimentares. Neste pacote de trs anos (2009-2011) serao contempladas tres areas: * Melhor acesso a factors de produao agrf- cola, como fertilizantes e sementes, bem como a servios agricolas, como veterinrios e con- sultores; * Medidas em pequena escala destinadas a aumentar a produao agricola, nomeadamente microcrditos, infra-estruturas rurais, formaao e apoio a grupos profissionais no sector agri- cola; e * Medidas do tipo "rede de segurana", pro- porcionando uma fonte de rendimento a grupos vulnerveis da populaao, atravs de projects de obras publicas de mao-de-obra intensive (estradas, irrigaao, etc.). Os primeiros pauses ACP a beneficiary desta Facilidade sao: Burquina Faso, Burundi, Republica Centro-Africana, RD do Congo, ONG ODU Interacoes Cuba, Eritreia, Etiopia, Gmbia, Guin-Bissau, Haiti, Qunia, Libria, Mali, Moambique, Serra Leoa e Zimbabu. Nesta primeira leva, todo o financiamento aos Estados ACP sera canalizado atravs de organizaoes internacio- nais: a Organizaao das Naoes Unidas para a Alimentaao e a Agricultura (FAO), o Fundo International de Desenvolvimento Agricola (FIDA), o Programa Alimentar Mundial (PAM), o Banco Mundial (BM) e o Programa das Naoes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Segundo os funcionarios da Comissao Europeia, serao atribuidas outras dotaoes durante os trs anos a outros Estados ACP (ver caixa) atravs de um grupo alargado de interlocutores: orga- nizaoes internacionais e regionais e governor nacionais, bem como atravs de convites apresentaao de propostas para agents nao esta- tais, organismos dos Estados-Membros e outros interlocutores elegiveis. D.P. M RDEUS, SEnHORR KinnOCK! A Assembleia encerrou a sua 17a ses- so prestando homenagem britnica Glenys Kinnock, que assistia sua ltima sesso como co-presidente. A "incansvel" e "irresistivel" Sra. Kinnock As crises financeira e alimentar, os acordos de parceria eco- is-------..ah e nomica e as concluses do G20 de Londres constavam da i agenda dos parlamentares da Assembleia Paritria de Africa, Caraibas, Pacifico e Unio Europeia, reunidos em Praga de 4 a 9 de Abril. Os parlamentares tambm adoptaram uma resoluo de urgncia sobre a Somlia e os problems de pirata- ria que se fazem sentir ao largo do pais. ecididamente, os pauses ACP nao foram poupa- dos pela cruise econmica", sublinhou a eurodeputada, Co-Presidente da Assembleia, Glenys Kinnock, no seu discurso de abertura da sessao. "Por isso, os pauses nao devem ficar margem dos esforos empreendidos para reduzir os efeitos." Quanto s promessas de ajuda feitas no G20, a eurodeputada manifestou-se inquieta por estes funds serem disponibilizados "sob a forma de emprstimos em vez de dons e por o process ser controlado pelo FMI". Numa resoluao urgente, os deputados da Assembleia Paritaria pediram que a ajuda ao desenvolvimento, proveniente do pacote de um milhao de milhoes de dolares, prometida pelo G20 em 2 de Abril em Londres, fosse desembolsada rapidamente e proviesse de funds novos. Ao voltarem a exigir mais flexibilidade Comissao Europeia na conclusao dos Acordos de Parceria Econmica (APE) com os pauses ACP (ler a rubrica Comrcio), os deputados tambm convi- daram os Estados da UE e a Comissao a redefi- nirem inteiramente as suas political de ajuda ao desenvolvimento para financial as consequncias sociais e ambientais das alteraoes climaticas. "Os pauses ACP nao devem repetir os erros cometidos pelos pauses industrializados desenvolvendo as suas economies a partir de energies fosseis", subli- nhou Netty Baldeh i.iinil.,.i i. co-autor da resolu- ao com o Espanhol Josep Borrell Fontelles. > fltacar-se s uerdadeiras causes da pirataria Os deputados lanaram um apelo ao novo Govemo somaliano para que ponha termo aos combates e garanta o acesso da ajuda humani- taria aos 2,6 milhoes de vitimas do conflito que devasta o pais. A resoluao afirma que as causes reais da pirataria sao a pobreza, o desemprego e o declinio do sector da pesca. Pede uma coope- raao entire as foras navais europeias da missao Atalanta e os Americanos, Russos e Chineses presents na regiao. Finalmente, dois dias apos a comemoraao do genocidio ruands, os deputados adoptaram uma resoluao na qual exigem um quadro jurfdico que garanta o respeito das diversidades tnicas, culturais e religiosas (ver O Correio n. 10). M.M.B. a Palauras-chaue APP; acordos de parceria econ6mica; G20; Glenys Kinnock; clima; Somnlia; crise alimentar; crise econ6mica; Marie-Martine Buckens. InteracJes ACP UE l fSSEmBLEIR BCP-UE admoesta o G20 I Parte dos Paises e Territorios Ultramarinos neerlandeses (PTU), as Antilhas e o Governo neerlands chegaram a acordo sobre o desmantelanmento das Neerlandesas em Janeiro de 2010. Neerlandesas Antilhas estatuto com maior autonomia no Reino dos Paises Baixos, compar- vel ao estatuto que Aruba tem desde 1986. As outras trs ilhas dos PTU neerlande- ses, Bonaire, St. Eustatius e Saba, tornar-se-ao uma "gemeente" dos Paises Baixos, ou seja, um pequeno municipio com um president de cmara neerlands. Porque que no sculo XXI algumas ilhas se querem tornar mais dependen- tes, em vez de menos dependents? Uma expli- caao que sao demasiado pequenas: Bonaire tem 11.537 habitantes, Saba 1491 e St. Eustatius 2699. At agora tem sido o governor central das Antilhas Neerlandesas, em Curaao, a tomar as decises por estas pequenas ilhas. O Governo neerlands quer manter o control financeiro e a supervisor financeira de Curaao. A populaao de Curaao tera oportunidade de se pronunciar no referendo a realizar em 15 de Maio de 2009. > Terra do coraao Curaao a maior ilha das Antilhas Neerlandesas: 140.000 pessoas e 40 nacionalidades vivem em conjunto numa superficie de 44 km2. Devido s bafas da ilha com uma forma que lembra um coraao, Curaao recebeu o nome espanhol corazon (coraao). O turismo e os servios finan- ceiros sao uma important fonte de rendimento de Curaao, cuja economic esta a funcionar bem. Os principals sectors que tm contribuido para a recent expansao econmica sao o turismo, a industria logistica, incluindo as actividades por- tuarias e aeroportuarias, a industria petrolifera e os servios financeiros. Existe regulamentaao que permit a Curaao oferecer subvenoes especiais para atrair investidores para a area do comrcio electronic e para facilitar o desenvol- vimento deste tipo de comrcio, para os bancos locais que oferecem servios electronicos e para empresas financeiras offshore que acolhem empresas electronicas internacionais. > H rota do arroz dos PTU (Paises e Territorios Ultramarinos) Desde longa data que existe uma cooperaao/ relaao historica com o Suriname. A rota do arroz dos PTU era famosa: o arroz do Suriname ia de Curaao para o mercado da UE isento de direitos. O contact commercial entire Curaao e Barbados e Trindade e Tobago tornou-se relevant nos ultimos cinco anos. As Antilhas Neerlandesas fazem parte da Associaao dos Estados das Caraibas (AEC). Em Maio de 2008 a Cmara de Comrcio de Curaao organizou uma missao de informaao commercial no mbito de um APE em Trindade e Barbados, com a par- ticipaao de intervenientes dos sectors pdblico e privado, a fim de identificar oportunidades de negocios Cariforum-CE-APE. M Palauras-chaue es e Territorios Ultramarinos neerlandeses; PTU; Curaao; Antilhas Neerlandesas. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 Existem sinais de relaes cada vez mais estreitas entire os 53 membros do Grupo de Naes da Commonwealth e os 79 membros do Grupo de Estados de Africa, Caraibas e Pacifico (ACP). Edwin Laurent, Chefe do Departamento de Comrcio Internacional e Cooperao Regional do Secretariado da Commonwealth, narrou-nos recentemente as respectivas causes e razes. A maior parte dos Estados da Commonwealth pertence ao Grupo ACP (ver caixa em baixo). Esta em curso um grande e important project do tipo centro e eixos irradiantes ("Hub and Spokes") entire a Comissao Europeia (CE), o Secretariado da Commonwealth e a Organizaao International da Francofonia (Organizaao dos pauses de expressao francesa). "O objective aumentar a capacidade de os Estados ACP desenvolverem, gerirem e negociarem de forma eficaz as suas proprias political comerciais", explica Edwin Laurent. O financiamento prin- cipalmente da Comissao Europeia, mas igual- mente de outros parceiros para uma srie de "hubs", incluindo um conselheiro senior de political commercial e analistas de political commercial estabelecidos em orgaos regionais dos ACP, que sao assistidos por analistas de political commercial nos Estados ACP conhe- cidos por "spokes". Trabalham ao lado dos funcionrios do comrcio dos governor nacio- nais. Geralmente os analistas nao sao do pais de acolhimento e muitos sao recrutados numa regiao completamente diferente, explica Edwin Laurent. Sao elegiveis analistas comerciais dos ACP e da CE. Cerca de metade dos Estados ACP beneficiam de peritos nacionais, referee Laurent, que continue: "Trata-se de um project que funcionou extremamente bem e que ajudou os pauses a perceberem os problems das nego- ciaoes comerciais e das areas ligadas ao comr- cio dos quais, de outro modo, eles nao se teriam apercebido." Acrescenta que foi uma ideia origi- nal do antigo Comissario Europeu responsvel pelo Comrcio, Pascal Lamy, nos primeiros dias das conversaoes comerciais sobre os Acordos de Parceria Economica (APE) e as negociaoes comerciais da Ronda de Doha da Organizaao Mundial do Comrcio (OMC). Um dos desa- fios com que o project "Hub and Spokes" se defronta actualmente a sua natureza s6 ACP, diz Laurent: "Existe agora uma corrente, que compreendo, que defended que a sua gestao seja descentralizada e em vez de terms de um lado todos os ACP, as regies ACP comunicaram-nos claramente que no interesse da gestao e da coe- rncia de todo o sistema era muito mais eficaz faz-lo numa base regional." > Estudo sobre a ascensao da China A Commonwealth tambm forneceu peritos e conselheiros ao Secretariado ACP em dominios especializados financiados a partir de um Fundo da Commonwealth para assistncia tcnica. Estes peritos, recrutados a nfvel international, CRREIO Cultura de bananas em Santa Lcia. o Debra Percival direita: No Secretariado ACP, Bruxelas: o secretrio-geral da Commonwealth, Kamalesh Sharma ( esquerda), com o parceiro ACP Sir John Kaputin ( direita). Robert roga trabalham com o Secretariado ACP durante um period fixo e muitas vezes num assunto especi- fico. Neste moment existe um conselheiro no escritorio ACP de Genebra que essencial para dar informaoes aos embaixadores ACP sobre o que se passa na OMC extremamente util para os Estados ACP que nao tm representaao em Genebra, explica Laurent. E acrescenta: "Tambm fornecemos estudos e assistncia ao Grupo ACP e gostarfamos de reforar ainda mais as suas posioes negociais sobre certas ques- toes." Diz que a sua organizaao teve um pedido especifico sobre o impact da ascensao da China sobre as naoes africanas. "Tambm estamos a trabalhar para tentar promover consensus e compreensao entire os pauses, por isso fazemos reunites informais", diz Laurent. Foram promo- vidas reunites political entire Ministros ACP e os seus homologos europeus. "Fazemos isto de modo informal, sem qualquer registo e por isso podemos falar abertamente. Muito recentemente realizamos um encontro entire a nova Comissaria da CE para o Comrcio, a Baronesa Ashton, e 12 Ministros ACP. Ela era nova e pensamos que tal como a Commonwealth, podiamos dar um con- tributo promovendo o entendimento fora da sala de conferncias e do quadro de confrontaao das negociaoes", diz Laurent, acrescentando: "Nas estruturas estabelecidas, como o Comit Ministerial Misto ACP-CE para as questoes comerciais, as discusses sao registadas: as pessoas tomam posioes e defendem-nas. O objective das reunites informais ganhar argu- mentos. O que podemos fazer promover a compreensao-empatia." Mas sera que a Commonwealth vai continuar a apoiar os ACP como uma entidade, tendo em conta a actual tendncia para reforar os agru- pamentos regionais no ACP, especialmente no dominio do comrcio? Laurent afirma que como muitos membros da Commonwealth tambm pertencem ao Grupo ACP, ao apoiar os ACP a Commonwealth esta a apoiar-se a si prpria. Existe igualmente uma razao mais fundamental, acrescenta: o principio da Commonwealth de criaao de um mundo mais just e melhor. "Se quisermos fazer mudanas e criar um mundo melhor, que grupo melhor para se centrar nisso do que os ACP? o grupo que mais preci- sa de assistncia." Afirma que qualquer que seja a configuraao future do Grupo ACP, o Secretariado da Commonwealth apoiara os ACP e tentara assegurar que se obtm o beneficio maximo dos outros parceiros. D.P. M Para mais informaes: www.commonwealth.org Palauras-chaue Secretariado da Commonwealth; Grupo ACP; "Hub and Spokes"; Sir John Kaputin; Kamalesh Sharma; Pascal Lamy; Baronesa Ashton; Debra Percival Wa4)d N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 l o A S Interac res *p" a1o. 0* *1t," i-ae t f * .E ..................-. BHII e* ,i-f * a euni. SrT* Joh... i'n SJ di sse : u ae)cua' risem n n|l'i = r . Il h d an. a s.. pso e ee' e 'ea ee'e 60* ee seo ha e ee ea e,' mno ,' se- a c e''' e em u ece 'e ce E 'a 'ce 00 Cje ce'0e ee que r' es ec e ee a e a ei ee c e .e as e fi- foi de sece ee'eee o e eu S Fe ce e eo eeeee p- eae e *e -e *e espsecia 0 n s s a s s sinte ioriza a s s e q cto 11ual e a d I s o tema h a s d a s puit sele s d s' "a n c ps to e q S a da sua s s Z s s sp d u m c p e gns sdita s. s alit h v as s c o R i alterna a s a uma c i' i 'n a qu a ra a s sa sa a d a s a i u e o l a o s a n guio s a s do im u e, d t a ti a d a A jv de chique* rt em R E e o q m d m c e o * nos ddo as * s s > Sector no sindicalizado "Um dia, ela cansou-se das minhas saladas de tofu e azeitonas", observa Cronje friamente. Mas adoram-se. Mais tarde, Cronje conta como ele e o seu parceiro, o malogrado jornalista William Pretorius, tentaram adoptar a Refilwe quan- do Philippine, que tinha comeado a trabalhar como sua empregada domstica, comunicou que estava gravida. Cronje e Pretorius foram acon- selhados a nao o fazer, porque isso poderia criar problems insoluveis no future. Soube mais tarde que o pai de Refilwe, que nao contribui para o seu sustento, era condutor de autocarros na cidade a norte de Polokwane. "Foi assim que me tornei seu pai financeiro em vez do seu pai adoptivo", diz Cronje. Saimos no carro de Cronje, depois de ter post o meu no espao do seu atras da barreira de segurana o guard que todo o habitante dos suburbios de Joanesburgo tem de ter hoje em dia nao se v em lado nenhum. Cronje tem a sua propria historia de criminalidade, como todo o sul-africano que se preze: por pouco, o carro de um amigo nao era roubado recentemente nos poucos segundos que o guard passou pelas bra- sas na sua guarita. Durante o trajecto em hora de ponta, Refilwe confessa o seu sonho: ser pilot, como um amigo que iniciou o curso de quatro anos em Pretoria este ano. Dai que nao esteja muito interessada em ir para a universidade. Entretanto, chegavamos ao velho edificio acas- tanhado, depois de percorridos dois ou trs quilometros, quando a moa se lembrou que tinha esquecido alguma coisa. "E o unico incon- veniente de ir para um internato tao perto de casa", diz Cronje. "Ela esquece-se facilmen- te de alguma coisa, porque sabe que eu lha levarei rapidamente." Depois disso, regressa a casa para memorizar mais alguns dialogos. Na Binnelanders, nao lhe exigem que comece s 7 horas da manha, a sua chamada s6 esta prevista para as 10h30 para tres cenas at s 17 horas. Mas ele comea rapidamente a franzir as sobrancelhas. O problema destas telenovelas, observa Cronje, que os dialogos sao muito inconsistentes por terem a colaboraao de various escritores. Apontou entao algumas inconsistn- cias aos directors, que nao fizeram caso disso dizendo-lhe que ningum notaria. Cronje senate a falta do seu William, falecido ha dois anos. Os responsaveis do teatro sabiam que, ao contratar Cronje para uma produao, teriam de contratar tambm Pretorius para lhe servir de ponto. Sabia-se que Cronje esquecia facilmente o seu papel. Agora confia em doses saudaveis de espirulina e 6mega3, especialmente quando trabalha num filme, numa pea de teatro e numa telenovela no mesma dia, como aconteceu ha tres semanas. Cronje partilha o camarim com Hans Strydom, o personagem principal da telenovela. Strydom advogado na vida real e trouxe a profissao con- sigo para o studio no centro de Joanesburgo. Esta a trabalhar como representante dos actors de teatro da Africa do Sul, que sao muitissimo explorados no sector nao sindicalizado. Cronje disso um exemplo perfeito. Actuou em 20 fil- mes, mas se s6 recentemente conseguiu que lhe pagassem, pela primeira vez, direitos de autor de filmes em vez de honorarios pagos uma s6 vez, deve-o intervenao de Strydom. As suas roupas do dia foram penduradas num trlei mvel do camarim. Depois, tempo de pausa na sala dos artists para caf e bolos. Os pedaos de bolo seco acabam por nao ser comidos, porque praticamente ja faz parte do scenario e os actors e as pessoas da produao ja se cansaram disso. Na sala dos artists, ha um > Pai financeiro N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 monitor que anuncia em teleponto quem tem que fazer o que. "E estranho que esteja tudo em ingls quando se trata de uma telenovela em afrikaans", diz Cronje. Embora a srie tenha um elenco multiracial e o afrikaans seja falado por milhoes de negros, o ingls a lingua veicular na profissao. Cronje chamado para o ensaio da primeira das suas tres cenas do dia. Como Cronje tao professional, o director esta satisfeito. Os quatro operadores de cmara sao chamados e participam no ensaio. Depois, foi a verdadeira filmagem, apos um unico ensaio. Toda a gente estava content pensando que o rest eram favas contadas. Todos, except Cronje, claro. "Foi uma actuaao instantnea", suspirou. "Ainda tenho que me habituar a isto." H.P. M Palauras-chaue Tobie Cronje; Africa do Sul; Binnelanders; Teatro; Hans Pienaar. Em foco MRIS FLEXIBILIDRDE, exigem os deputados IACP-UE Os acordos de parceria econmica (APE) devem ser mais flexiveis e apoiados por um novo fundo de ajuda ao comrcio. A ajuda europeia no deve, em caso algum, ser condicionada assinatura dos acordos insistiram os parlamentares da Assembleia Parlamentar Paritria (APP) de Africa, Caraibas, Pacifico e da Unio Europeia, reunidos em Praga de 4 a 9 de Abril. r'r. fErnss.s i i R' 1 o ij f E ri : 'td Cui ill hi ilift o or1umgrn lo dc ujuda aos ,I,, \d '[: dept' ld |l' .u,' \ i S. i' inlilh ,,e' d l .llnados a compel- pr1t- ni, mlnin i. d. .. n H | 1 ,i 11~' i1dl s d I i. pl,, 1h dos paises n ll. - I L i t Ji xll \tll i l J'r J JJ I l I Ilh. tII. I .' 'l "''l'2 I CI ILIIll.. f ... Ik - i -i i ,l .2I.I I I li il',l''i i 1 "-VL I -d Ih I '', d d, r,, i' ... JI ,lx I.t I I i .idilla a I n 'lI i '1 '.L 1r I | .1r I 1 iii. I.''1r I r 2 iiI L l11 -i -IIILI III ," j bi .i,,I., j lll i ..l.i. l .'.' Ir- I l' i l L Il I1i"li. l lh I I .i lrl I I ph [ , J 111 1k 1 'i i. .ILtL iI. L- IL 11111.1 1 d I Ui i l IL I I il i I 1.111 it r i l. .11i l l. . I I i ,,'i C ,i l 1 ,1 J ,i I l t "l. ,zl trll l ,," JI11 1 0 r Ih r l Pi 1 II'Il' i' IL "1 1 ." 1l I J ..,.1 i,,ICI.il rl P. 111 11 j'Ii"l I ,' , 1,. i 1i, I... ... I,,,,II I,.t h1*.* ,I I,,l _h I ln I .li.l'.l.l 4 d l I ju : 1/ I l ill a ........ ~ q~ I ..,,, i, '1 1 .i I . '' I 1 I l l L .ll l L "' t i i i i .c i,- n [ I iii] u l l , ] ii l u ii iL i r il 11. ', i,. I IIii PddlurdS-chdue rIF J ITI~ MiU>' SAfrica do Sul hoje considerada por muitos africanos a "Amrica" do continent. As suas empresas altamente eficientes tendem a obter grandes quotas de mercado e a dominar a con- corrncia, agindo quase como uma potncia colonial. Por outro lado, a Africa do Sul tornou-se a voz da Africa na cena international, especialmente com um antigo Presidente, Thabo Mbeki, que foi a fora impulsionadora de varias instituioes pan-africanas desde o lanamento da Uniao Africana (UA) em 2000. Na Africa do Sul, o partido no poder pensa que o Ocidente ainda nao v a Africa do Sul com bons olhos. Esta dupla personalidade de ser um pais relativamente "rico" e um campeao de negros pobres come- ou a ser conhecida nas conversaoes sobre os APE entire a UE e os Estados ACP. Os APE aceleraram o ritmo de trabalho na parte final de 2007, quando a manutenao do tratamento preferencial dado aos Estados ACP deixou de ser permitida pelas regras da Organizaao Mundial do Comrcio (OMC). Por iniciativa da UE, os APE foram propostos ao abrigo do Acordo de Cotonu (2000-2020). Em Africa, foram rubricados nao assinados - varios APE provisrios para evitar acoes em justia segundo as regras da OMC. Na Africa Austral, nove dos 15 membros da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) fizeram-no, ameaando retirar-se da integraao regional, uma das pedras angulares das political estrangeiras do "campeao negro" da Africa Austral. Ora, como a UE o maior parceiro commercial da Africa do Sul desde a era colonial, esta ja tem o seu prprio acordo commercial com a UE, que periodicamente renegociado. Em 2007, tambm foi celebrado um Acordo de Parceria Estratgica com a UE, sendo um dos poucos pauses a faz-lo. As conversaoes sobre um APE para substituir possivelmente o actual acordo Africa do Sul- UE, expirando em 2012, foram retardadas pelas duas parties. Como potential concorrente da UE no seu proprio territorio africano, a Africa do Sul esta ansiosa, especialmente no respeitante ao future dos seus sectors de servios. No sistema bancario, por exemplo, os encargos bancarios sao muito mais elevados na Africa do Sul do que na Europa, pelo que nao seria competitive fora da Africa do Sul. A introduao de politi- cas comerciais exigidas pelo project de APE implicaria a eliminaao progressive das pautas aduaneiras. Mas a maior parte dos governor africanos, com as suas estruturas ineficazes de tributaao, estao extremamente dependents dos direitos aduaneiros, ocultos ou declaradamente, como a sua principal fonte de rendimentos. A Africa do Sul deseja uma pauta externa comum para toda a regiao, administrada por uma Uniao Aduaneira da Africa Austral (SACU) alargada, que uma das principals pedras basilares e eta- pas da integraao econmica da Africa Austral, que, por sua vez, espera ser um modelo de inte- graao no rest do continent. Na reuniao da troika ministerial em Janeiro de 2009, as duas parties acordaram que a integraao em torno da SACU deveria ser um ponto de refe- rncia important nas futuras negociaoes. Mas a UE registou, depois disso, a sua intenao de obter um APE com o Botsuana, Lesoto, Namfbia e Suazilndia (os pauses BLNS), mais Angola e Moambique, mas sem a Africa do Sul. H.P. M Palauras-chaue Africa do Sul; SACU; SADC; APE; Thabo Mbeki; Hans Pienaar. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 "Uma political climtica equitativa a ajuda ao desenvolvimento eficaz", declarou recen- temente Hans Joachim Schellnhuber, Director do Instituto Postdam para a investigao sobre o impact climtico. A ONG alem Misereor prova-o no terreno e intensifica a sua aco, a menos de seis meses da Cimeira, sobre o clima, o que a levou a descobrir que, o mais das vezes, os pauses do Sul tm algo a ensinar aos pauses do Norte. Os grandes perdedores do pacto sobre o clima, que devera ser deci- dido no proximo ms de Dezembro em Copenhaga no mbito da Convenao das Naoes Unidas sobre as alte- raoes climaticas, correm o risco de serem os pauses em desenvolvimento, que sofreram imenso com a desregulaao do clima anunciada, e provocada em grande parte pelos pauses indus- trializados responsaveis pelo aumento dos gases com efeito de estufa (GEE). > Influenciar as negociaes Por duas razes. Por um lado, as soluoes preco- nizadas para limitar os GEE sao essencialmente instruments de mercado geridos por e fre- quentemente para- pauses industrializados (ler a caixa); por outro lado, a falta de perfcia e de peso politico dos representantes dos pauses do terceiro mundo arrisca de encurtar a influncia sobre as negociaoes que se anunciam muito dificeis e muito tcnicas e complexes. E a estas duas carncias que se ataca a rede das ONG da associaao CIDSE (www.cidse.org), que reune 16 agncias catolicas. Entre elas, a agncia alema Misereor esta empenhada em encontrar - em parceria com a populaao local mtodos que permitam a estes pauses atenuar os efeitos das alteraoes climaticas e adaptar-se a esses mtodos. Dois conceitos alivio e adaptaao - que serao object de arduas negociaoes em Copenhaga, onde as parties na Convenao terao de decidir a criaao de um fundo especial que CRREIO Nossa Terra permit aos pauses em desenvolvimento tomar as medidas ad hoc. "Tentamos pr disposiao dos nossos parcei- ros os instruments necessarios sua participa- ao nas negociaoes", explica Anika Schroeder, responsavel pelo clima e desenvolvimento na Misereor. "Copenhaga apenas o inicio do process. O pessoal de terreno ainda nao esta preparado para influenciar os seus governor, mas consegui-lo-a pouco a pouco." E nessa pers- pectiva que a ONG alema tenciona organizer no Malavi uma retransmissao por Internet entire os representantes do Malavi e os negociadores dos pafses do Norte, durante a reuniao de preparaao da Cimeira de Copenhaga que tera lugar em Junho, em Bona (Alemanha). > Rprender com os praises do Sul Mas a ONG actua tambm no terreno. "Organizamos", prossegue Anika Schroeder, sessoes de trabalho com as populaoes locais de trs pafses: Mali, Niger e Burquina Faso. Na verdade, estes trs pauses subsarianos tiraram ensinamentos muito interessantes das altera- oes climaticas que eles vivem ha mais de dez anos. Ja estao preparados e mostram que tm a flexibilidade necessaria. A adaptaao ja faz parte das suas vidas. E como um laboratorio. Ora, nos tentamos compreender o seu process de adaptaao para podermos alarga-lo ao rest do mundo". Estas sessoes de trabalho serao, sem duvida, seguidas de atelis de inspiraao political. No proximo ms de Outubro, sera orga- nizado em Niamei, capital do Niger, um grande colquio, onde serao debatidas em profundidade questoes relacionadas com as alteraoes climati- cas. "Esta previsto convidar cientistas do Norte, do Institute de Investigaao sobre o Impacto do Clima Potsdam (PIK), para verem o que signifi- ca a alteraao climatica no terreno e nao segundo os seus modelss" Metade dos financiamentos da Misereor afec- tada a projects agricolas. "Nos vemos que as pequenas exploraoes agricolas adaptam-se muito bem s alteraoes climaticas. O nosso project tambm colher e preservar as semen- tes genuinas. Nas Filipinas, por exemplo, ha comunidades de camponeses que utilizam umas variedades antigas de arroz e at conseguiram desenvolver novas variedades que resistem, seja seca, seja a uma elevada pluviosidade", acres- centa Anika Schroeder. > Combater a pobreza A Misereor actua igualmente noutros terrenos que apresentam desafios diferentes, entire outros, na Africa do Sul. "E uma economic de emergn- cia, que apresenta dificuldades mas cria tam- bm oportunidades", explica Anika Schroeder, prosseguindo: "Ja sao grandes poluentes, mas ao mesmo tempo subsiste uma pobreza enorme. E necessario lutar nas duas frentes." Ja ha ONG sul-americanas muito activas no terreno e lutam arduamente para diminuir o teor de carbon das populaoes ricas. Nos bairros pobres, a Misereor trabalha com as comunidades confrontadas com riscos diarios, como o aluimento de terrenos. Estes bairros sao frequentemente construidos em zonas limits. Com um "credo": as iniciativas devem vir das populaoes envolvidas. A ONG oferece aconselhamento e fornece o financia- mento. M.M.B. M Palauras-chaue Misereor; CIDSE; Anika Schroeder; Araya Asfaw; Convenao Clima; Copenhaga; adaptaao; Marie-Martine Buckens. Dreclor do Cetr Am i[[!lReioa i I I NA[i * i- Aeba o a tpa e o- *-00 a- -e.ic -os pt-e I e z ent *s -leae O lmics Nm O OS O O - *I 0 0 N I (o. DN)'- o0ir0 ' [ildut,] izaos travo i[e,,m-. Io d ,s[en-i 0. '0 0 ,0,],O, I r X; - 0ie' to. t O 1 e 0.00 O i O I N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 natureza Uma reportagem de Hegel Coutier Alguns confundem-na com a Republica Dominicana. Quando se descobre a Dominica, o que fica logo na memria a sua "beleza selvagem". E verdadeira- mente aquela "ilha da natureza", como os seus habi- tantes gostam de design-la. Contudo, a Dominica ainda mais surpreendente, mais cativante do que este atributo, embora lisonjeador. O recent interesse em relao ao turismo verde -lhe favorvel e apesar ser human da crise financeira international, enormes navios de cruzeiro fazem ai escala todos os dias, em frente as janelas dos hotis beira-mar de Roseau, a capital. Outra curiosidade, esta pequena ilha foi governada durante 15 anos por Eugenia Charles, a 5" Presidente ou Primeira-Ministra eleita do mundo a primeira do continent americano. CIRREIO - Z tAF Dominica eportagem Apesar de muitas das paisagens da Dominica serem geralmente acessi- veis por estradas, a ilha seduz principalmente o novo turismo, atraido pelas caminhadas no seio de uma natureza virgem de uma beleza intacta, pela sua floresta tropical, as suas quedas de agua, os seus rios e as suas curiosidades tais como o "Boiling lake", ou ainda as suas fontes quentes e sulfurosas que escorrem ou brotam das profundezas geotrmicas. A Dominica a ilha mais montanhosa das Caraibas: quase sem planicies, com picos que atingem os 1500 m de altitude. Alia a modernidade protecao da natureza selvagem, inclusive nas cidades. E igualmente um pais que, embora baseado numa economic agricola com todos os seus imprevistos, nao conhece uma grande pobreza e beneficia de uma repar- tiao das riquezas relativamente equilibrada, de um nivel de instruao bastante elevado e de uma boa assistncia mdica. A esperana de vida, at bastante elevada, igual para os ricos e para os pobres, sinal de um bom equilibrio social e da preocupaao dos seus governor sucessivos em investor no ser human. O sistema de protecao social e de saude eficaz. A esperana de vida na Dominica 75 anos, ou seja 14 anos a mais do que a mdia mundial coloca a ilha numa excelente posiao. Contudo, o que faz com que este pais se destaque o numero bastante elevado de pessoas centenarias, 22 em 2002 para 70.000 habitantes, sendo na altura Ma Pampo a mulher mais velha do mundo, falecida em 2003 com 128 anos; uma das suas vizinhas era 13 anos mais nova. O pais oferece ainda uma certa qualidade de vida, segurana e afabilidade nas relaoes humans. E frequent um estrangeiro ser abordado, numa aldeia ou em Roseau, por um Dominicano apenas para lhe desejar as boas-vindas e a conversa alongar-se. A Dominica um pais agricola. Ao contrario de outras pequenas ilhas, a populaao nao esta concentrada na capital. Pouco mais de um tero dos habitantes vivem em Roseau ou nos arredores. Embora tenhamos assis- tido recentemente a um xodo rural, em consequncia dos ciclones que destruiram as plantaoes aos quais se acrescem as dificuldades dos produtores de banana (o primeiro produto de exportaao) causadas pela erosao das preferncias no mercado da Uniao Europeia. Sendo igualmente um pais anglofono, a Dominica fala o mesmo crioulo francs" que os territorios franceses da Amrica, o Haiti. Situa-se entire as ilhas de Guadalupe, a Norte, e de Martinica, a Sul, em pleno centro do arco das Antilhas, prologando-se entire a Florida e a Venezuela. Como em todas as ilhas das Caraibas, a Dominica possui uma populaao e uma I Catedral romana catlica, Roseau, Domfnica, 2009. Hegel Goutier N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 eportagem Dominica cultural mestia, apesar da maioria dos seus habitantes terem origens africanas. A ilha uma das poucas ilhas das Caraibas insulares a possuir ainda uma minoria amerindia (Caribes), um pouco menos de 2500 para uma populaao de cerca de 70.000 habitantes. Mistura entire o francs e o ingls, entire as influncias europeias, africanas e amerindias, s quais se acrescem as dos recm-chegados da regiao e da Asia; mistura reli- giosa entire o protestantismo e o catolicismo romano, mais as crenas de Africa e da sua populaao autoctone, sem esquecer uma forte presena do movimento politico-religioso Rastafari. Seis dominicanos sobre dez sao catolicos praticantes e o ensino desta religiao forte, tanto no plano moral como no plano politico. Aquando da visit do Correio, concen- traoes de grupos de oraao em Roseau, por ocasiao da Semana Santa, reuniam geralmente, num s6 local, cerca de duas mil pessoas, um numero consideravel escala do pais. Todos eles animados por predicadores que usam o cenario, o tom e a veemncia dos seus mediaticos congneres dos Estados Unidos e condenam os desvios da moral, tais como os devaneios sensuais do carnaval. O carnaval conhece, no entanto, um grande sucesso todos os anos. Cultura mista! Apesar de a Dominica ter sido descoberta por Cristvao Colombo desde Novembro de 1493, apenas um ano apos a sua chegada s Caraibas, a ilha so foi ocupada um seculo e meio mais tarde, tendo sido defendida com fervor pelos audazes guerreiros caribenhos, mas tambm graas sua topografia acidentada. Nao era, alias, assim que se chamavam os Indios caribenhos a palavra advm de um erro por parte de Cristvao Colombo mas Kalinago. A primeira chegada do navegador genovs teve lugar no dia 3 de Novembro, um domingo dai o nome Domenica dado ilha, que os seus ocupantes honravam com o nome encantador de Waitikubuli (Esguia a ilha/Esguio o seu corpo)* para designer esta ilha surgindo abruptamente do mar. Por volta da segunda metade do seculo XVI, os navios espanhois que navegavam na regiao tinham um local de abastecimento na ilha, em Prince Rupert Bay. O local foi tambm utiliza- do a seguir pelos navegadores franceses, ingleses e holandeses. Em 1569, viviam 30 espanhois e 40 africanos no meio dos Indios Kalinago. Entre os aventureiros ilustres que ai encontraram assistncia, encontram-se Sir Francis Drake, Georges Clifford Earl of Cumberland e o Principe Rupert do Reno.Alguns flibusteiros franceses instalar-se-ao na ilha muito mais tarde, seguidos pelos ingleses e os holandeses cada vez mais numerosos. Em 1625, os Kalinago iniciaram uma guerra defensive contra os ocupan- tes. Contudo, tiveram de se retirar devido sua inferioridade numrica e falta de munioes. Passariam doravante a arbitrar os conflitos interco- loniais, encontrando-se entire os ultimos da regiao a serem colonizados. Em 1627, o ingls Earl of Carlisle declara a soberania do seu pais sobre varias ilhas situadas volta da Dominica. Os franceses fizeram o mesmo. Relativamente Dominica, os dados apenas foram lanados em 1805, data em que a Inglaterra venceu, apos a destruiao complete de Roseau pelos franceses. Nesse espao de tempo, os Kalinago jogaram frequente- mente um contra o outro. A colonizaao inglesa, apos a Primeira Guerra Mundial, ira conceder cada vez mais liberdade de autogestao ilha, doravante habilitada a eleger os seus representantes locais. A Dominica passa a um sistema de autonomia em 1967, no quadro do Estado Associado das Caraibas (West Indies Associate State) e torna-se independent em 3 de Novembro de 1978, sendo Patrick John, do Dominica Labor Party, nomeado Primeiro- Ministro. Este demitir-se-a alguns meses mais tarde, devido a alegados actos de corrupao. Ao mesmo tempo, a ilha foi devastada por um fura- cao. Em Junho de 1980, Eugenia Charles venceu as eleioes, como cabe- a-de-lista do Dominica Freedom Party (DFP).Vencera mais duas elei- oes gerais, permanecendo 15 anos no poder. Resistiu a duas tentativas de golpe de Estado, apoiou enquanto Presidente da OECS (Organisation of Eastern Caribbean States) a invasao americana de Granada em 1983 e ficou conhecida como a Dama de Ferro das Caraibas. Embora perma- necendo membro da Commonwealth britnica, o novo Estado optou em 1989 por um sistema republican e o seu chefe de Estado um president dotado de um poder protocolar, sendo o Primeiro-Ministro o chefe do governor. Presentemente, o pais dirigido por um jovem Primeiro-Ministro, mem- bro do Dominica Labor Party, Roosevelt Skerrit, o qual subiu ao poder em 2004 com 31 anos. I * Tall is her body. Palauras-chaue Hegel Goutier; Dominica; Caraibas; Caribe; Kalinago; Waitikubuli; Sir Francis Drake; Georges Clifford Earl of Cumberland; Principe Rupert do Reno; Earl of Carlisle; Patrick John; Dame Eugenia Charles; OECS; Edison James; Roosevelt (Rosie) Douglas; Roosevelt Skerrit; Dominica Labor Party; Dominica Freedom Party; United Worker Party. C RREIO pq * f P2 NIIIIL iII''' 1 -il, omo que a Dominica esta a enfren- tar a actual crise economic mun- dial, a seguir ao seu proprio peri- odo de turbulncia da economic ha alguns anos? A nossa economic passou por algumas dificul- dades, mas o governor adoptou medidas fortes. Recebeu assistncia da comunidade de doadores, da Uniao Europeia (UE) e do Fundo Monetario International (FMI). Em 2004-2005 comeamos a assistir a algum crescimento da economic. Tal como o resto do mundo, e especialmente no caso das pequenas economies abertas, somos afectados pelo que acontece nos grandes pauses. A nossa economic esta muito ligada dos EUA e da Europa, porque muitos dos nossos cidadaos emigraram para esses pauses e enviam remessas para as families. Se o seu emprego nesses paf- ses for afectado, as remessas tambm o serao. Estamos igualmente preocupados com a actual insegurana no mercado do petroleo. O Governo indicou que continuara a dinamizar o crescimento economic e procurou utilizar o program governmental de investimentos para estimular a actividade no pais. Esta a impulsio- nar a execuao de uma srie de projects rodo- viarios e habitacionais, quer directamente quer facilitando o seu financiamento de modo menos oneroso. Esta a fazer investimentos na agricul- N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 eportagem F*-**- s-. Lai Mdimm t fili i II 166~L Cltl Rtifili in, eportagem Dominica tura e nas pescas que irao, esperamos, aumentar a nossa produao internal, a fim de minimizar os efeitos da crise. Estamos igualmente a ver como melhorar as exportaoes, especialmente na regiao, devido aos investimentos que fizemos na agriculture. Estamos a negociar com as grandes empresas de cruzeiros e pensamos que podera haver na prxima poca um aumento de 40 por cento das visits de turistas de cruzeiros. A 7-. .'.. ;.'- diz que no so aplicados recursos suficientes na agriculture. O investimento na agriculture num local como a Dominica pode nunca chegar, porque a Dominica largamente um pais agricola e, de facto, a maior parte da regiao, especialmente Antigua, Sao Cristvao, Sao Martinho e as Ilhas Virgens Britnicas e Americanas, procuram bens alimen- tares da Dominica. Neste sentido ha sempre lugar para mais investimentos. O Governo continuara a fazer esses investimentos, mas s6 possivel investor se houver recursos disponiveis. Em 2007, o furacao Dean atingiu a nossa agriculture, especialmente as bananas. O Govemo teve de reinvestir na agriculture e em vez de acrescen- tarmos valor substituimos apenas o que tinhamos perdido. Depois, em 2008, o furacao Omar afec- tou a nossa industria da pesca. O Govemo teve de fazer um investimento de perto de 5 milhoes de dolares americanos nas pescas. O que ha sobre medidas tomadas a nivel regio- nal, atravs da CARICOM, para combater a crise? Os problems da Comunidade das Caraibas (CARICOM) sao tratados por diversos minis- trios: Comrcio, Negocios Estrangeiros e Assuntos da CARICOM. Tenho a certeza de que a CARICOM e os Chefes de Governo estao a tentar adoptar posioes comuns sobre deter- minadas questoes. Trabalham em conjunto, por exemplo, para resolver problems financeiros, como o que surgiu na sequncia da instabili- dade no sector dos seguros. E os governor da Organizaao dos Estados das Caraibas Orientais (OECO) e de Barbados e de Trindade e Tobago colaboraram muito de perto num esforo para resolver o assunto. Por isso nao posso dizer que a CARICOM nao esteja a fazer o suficiente. A actual estratgia de desenvolvimento do Governor manter-se-a quando acabar a crise economic mundial? A agriculture fara sempre parte da Dominica. Provavelmente nao sera como nos anos 70, mas continuara a ser um sector important. Estamos a centrar-nos no turismo e a investor no melho- ramento do nosso aeroporto, para podermos receber mais visitantes e facilitar o acesso dos Dominicanos, sobretudo dos que residem no exterior. O turismo continuara a ser um sector important. O Governo articulou os seus inte- resses no sector offshore. Demos igualmente atenao ao desenvolvimento das tecnologias da informaao e comunicaao. Mas no future imediato temos de pensar naquilo que permi- tira manter o pais tona, apesar do que esta a acontecer. Espera-se que o Governo prossiga com mais programs de investimento do sector public mais rapidamente do que no passado, porque important combater o crescimento lento. H.C. M Palauras-chaue Hegel Goutier; Rosamund Edwards; Roosevelt Skerrit; Domfnica; CARICOM; OECO. PSICOLOGIR Francis O. Severin .j siiM J tipiniir .i 1 I l'minn.j iJiiiii- l'lti- *ir-udq.ii.il'' iand' im 11111 p ji d iri lilh'ia .i lil ir i iielill- lita-ci tldtdtlltTTlT1 ll killllt 1ill c\i ilipll t iilln illnr, t.ida i i 1 i tul li lini.i i pllllh l- 1i- I IL I )* D lil1111111lll in l I. l il- tic dt qiir crl. pllaidi/ dc't ,ir I'i~ .ii.i iltll i.u iiltl'r'L ;ad " 'la 'I L dti[ llL ., l idda a *t'llt' '' C( i llllt l Pl'dit ,rlld t' ;l lIl; i ~L l. 11111 Iiiii'l ll, I',id, 1 i ,' l .1.ll - triii q.iL.lqit r ih .il t-cilir- -. .gLir..i \iti du iii1 c iii li ,t ried: 'dad' ultraii-a',,a ., hja tiii di i'l "" L'i.ll tii 1 r Sl' llli dil -1 .wrniplti 1di II Jll Ll.ikdl J Lit LiI, qui lu i .i ,t .'lll['ri' i pi(iii.i l il.idtiLtj. .' f ,iitl urr-lhr l~p Liii 'L.I dL lIU IIIll C11111 qiialql iiL r I 1 t* ildI - C. t il i .ln l.lt.i I t in. "Il rJ ilii x.i-iitl, ,iihlilih.i iildj p irqfl piiL''i .i iiiii .iJil U 'ii .i IlCla.I di t qitr icl diC'ajrtia jdllnc.da pil d lii drni- dJad .. i..lidtl. t (l t [UL' I.III i l.lllUtl ill t qLk trllull-l n 24 ill li.it pil dl. iia '.ltil.i., i. a.ll.il' Illlpu ;llad i l .llla i, p l i l Ulil t l.llll n, i l i' L l' iij ',T I ll r i i Iti il. iiii llltill i liuiilliiiii rrcttilhrii ill t. uilidr Lluma ila.d.i t ui. tmi . pililI. i ([d i pdi- IIli .l-L ia Id dI i t ci .cida Lai Lnllti 'l Mt drt Iiul' rtL rri \ c rtriilil ilt r t rf"[',lLidJ '.ilLLtdt i hahl hl[i d< ir if .ll i t.'iili trial urn -'tluit liit' Lit rt ti niil iil l i l'l tl -i rtla- k., a pi 'I 't que i.L' l i" I. ,i ii i I aj rill- d.'i' po.li r\cii ipi. i i i.'cL uni.i'. i iniriim l ii qui I l t. i. ll q Il llllJ ill.ld.l I. i'' ill, 'illllld. pi'rLi d.i riiiih.a .ild ii c iini iilinii i il tii p ir,, iri . ItL ti. 1 lI i t l'[d p ',i c i i 'll J lJ .i I. l'I1[ld li.lll 'LI[1' It i .llct i li t ll.I itt l ii.i. l t' quit t dt id,.i \ '-li -i i LI UL :11 lh;Ii ll I I i. ii.iin-,i v ilV L tilli Jqi.. l 'll'* qLit ll.t i.i' ialt .i..rl, i .iquilt qLu pludit ptrd laLd lL' i lk':i l t qa t ilUllo'' p'ilI[IIL' pd'"t'ull d iiuni p rlildi para t t IIi i iir iii a.1'. i oli ii \ llittitil.It llni'i. il Lilhulll L11ui i.i lllpjllha tlll itliilt Iiti di Itr, prigriiiia H.C. Palauras-chaue I Itr 'I ii ll 'r. I l.IIIIIIIIt I i'jiti ( 'r C'llln. ( ) t)IIn t I_.lll)ll- {I I ) Il \ '-I nidl,, t \i, C.RREIO Dominica eportagem exige mais o chefe do principal partido da oposiao da Dominica, o Partido Unificado dos Trabalhadores, que conseguiu eleger oito deputados nas eleies de 5 de Maio de 2005. Fez .... .i ao governor de mai .. ..... . As eleioes de 2005 tiveram imensas irregularidades e existe igualmente a questao da grande corrupao na classes dirigente: fraude fiscal e aquisi- ao de bens e uma srie de questoes a colocar nossa nova Comissao de Integridade, mas que nao pode, de acordo com a lei, debruar-se sobre as irregularidades que ocorreram no passado uma questao de retroactivi- dade. Cabe ao Primeiro-Ministro esclarecer as questoes e prestar informa- oes num espirito de responsabilidade. A segunda questao a economic. Existe uma crise international, mas como nao estamos ligados muito profundamente ao sistema financeiro international essa crise ainda nao atingiu a Dominica. No entanto, nos ultimos quatro a cinco anos atravessamos um period econmico extrema- mente sombrio perda de postos de trabalho, perda de rendimento, impos- tos elevados e falta de qualquer investimento produtivo na agriculture, o nosso sector principal, e no turismo, o segundo sector para permitir que as pessoas tenham uma vida capaz. Possuimos vantagens naturais impor- tantes, mas por qualquer razao nao conseguimos capitaliza-las. O que que esta mal no modo como o pais governado? Pedimos cartes de identidade e que a lista de votantes seja limpa. A nossa lei diz que um cidadao dominicano deve ter visitado o seu pais nos ultimos cinco anos para poder votar. Devem tambm ser solicitados observadores intemacionais. Pensamos igualmente que os partidos da oposiao devem ter acesso equitativo e razoavel aos meios de comunicaao do Estado (Servios de Radiodifusao da Dominica e Servios de Informaao do Governo). Se ganhar as proximas i. .'. .. o que que fard de diferente? Pensamos que as vantagens naturais da Dominica sao tao extraordinarias que o titulo de "Ilha da Natureza" devia ser plenamente valorizado. Em segundo lugar temos a questao da integridade: precisamos de uma demo- cracia aberta e transparent e de reforar o nosso sistema de governaao local. Temos o melhor sistema de governaao local da regiao, mas foi sufocado. H.G. I Voltemos questao dau irregularidades eleitorais. Ao long da nossa historia political contempornea, desde 1960, tem havi- do irregularidades, mas as eleioes de 5 de Maio de 2005 foram as mais corruptas da historia da Dominica. Recorreu-se largamente a dinheiro para comprar votos. Ha casos de cidadaos dominicanos que vivem no estrangei- ro a quem foram oferecidos bilhetes para virem votar, o que contraria a lei. Parece que houve um numero elevado de votantes em i .! .. .. . com a ;*. -! i.. .-.. Na lista de votantes havia 68.000 pessoas, quan- do sabemos que 20.000 nao tinham 18 anos e por isso, por lei, nao podem votar. No moment da eleiao a populaao situava-se entire 60.000- 65.000 pessoas, portanto a lista de votantes devia ter cerca de 48.000 pessoas. O Governo diz que existe uma ;.. q! ..' eco- nomica. Bem, isso o que diz. A migraao um indicador de pessimism econmico. A nossa populaao esta proxima das 60.000 pessoas, quando se esti- ma que eram 90.000 (ha dez anos), o que significa que se verificou uma migraao em massa dos nos- sos cidadaos para Antigua e outros locais dentro e fora da regiao que partiram em busca de melhores oportunidades. Generaiidnadc % P,, 1 1 >il C 1 -111 LIIi 1, 11i l1l'1I 11 1 ~ > II C\I 'iI c i.L k CII LJLJ In JUl p .l r i c L I. i1 1~ ,iJ.., pi ri. ..U L j i ? *.I r1Ii N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 Palauras-chaue Hegel Goutier; Ron Green; Dominica; PUT; migraao; SRD. Dominica e Granada em numerous Granada rU. 'i',' Doninica 1",4'. '- .1' Financial ento da U E' i ir-ii.ul I.. .iu illlli.'.I I .1 . J.I. l l ..m ,-.t, 1 1 1 i.ii r .. di I i.-rn ili 1 fur- F7qzr1--: P*i -9p .. ..... .. . .. . .. .... ... n'I7iT i j _. g ; i;;,r,;;. _________'r:;:.; t':ii! k ' Depois da grave crise economic que afectou a Dominica no final dos anos 90, sucessivos gover- nos tm-se esforado consideravelmente para assegurar uma base slida da governao econ- mica e political. Estes esforos foram de tal modo apreciados, salienta o Embaixador Valeriano Diaz, Chefe da Delegao da Comisso Europeia para os Barbados e as Caraibas Orientais, que a Dominica beneficiou de um aumento important do oramento. I rnc .iJ iitcri.Il.r J., ." lund,, I l trir'p iL I '.'i i il, inliLulltii i l'I'l ' Il ii 1- ii II- .1 i i ii rii i. i ultii Il i.i .irlIbiU U Ll i l i LIiilii.'i dJ I.LUi ,ii li i li t ij, .i Jii ,n i .i '-, h fI iri ii du l i ti , ,iriJiilr il qi i liti Li LL L i. I p ', hP iik' i .i r ai .iill i ilh-dI l\ l 1 .1 'l ,j oli r -i . liii liajl crad pris 't iii l Iii. -1) ,. ii .D c2 l- 2<1ii i Ji'ti i j t J.' i .i iad 'ii ip a L.jinj Iii i.-ii.' 111 11 t i'de ul,-,I d i l-,d dj i ll > ... 11i jil dhdi.li. 5 ..t ,ild PI i 1para a I 1 ,'rl ll d. i r d 5. i ,liii di ii- n,. n n r- ilJli i d- d ii td .li.i ,.1 ii dli.l. pJrL' I1iiii' tk ~5 1 i1i ilr,,- iiill pJrJa j. I,- iuiilh ,i- itc.d i p.il.i ii '.'i, rd-r di i r d 'i i ia i i i , ri.. r,..i Ipi ii ilr d(, 5 i liiii r. '- l,-i ils p,. I.i ,.i L - (piri t k i I li.pai ii i iiilJr ji i i. tl I I tc tra t a.a I ia i 1, a T ir ',raidt a ri tl a d. i .tI l , ', ip iJr J, 1 1 s .'i 1. I i 1'i " Ir rd ld i.J F, p rlJ I,. tui 'u.l ni a pru .t, di ti dadi t vil I'll'l1 alill m d Il 1 1 1 -fl7 l .11'l t LITlhtI ll [ llrli- il'. n dI ,t iddri I r p ai -' I l \ sisiit' I-i I t., i pl r. pli,ldiitilu lrad.i ll.ai. d. ljiilan.t di,, \ '1 i I' paJ, ullilliiu cl", ru.! ,rs.is (52 Illllh,'l dj lir,, p i'l.a t p n;id 'r ')' )-21lilS i,,i, -.adainiili p[ara ii nlh' rar ja c.,rip il i, Id.liid JI i. ,.ir d.i I .aindi. r ir J i .'r'ilil.'.tixt i d L di 1 ni, ll I.II. LIII pi.il i. d li tlr d. Ci .ir li- dio ,i ,i.tru da l'in.il v da aj rii .illiura. , piri i c l, t'.[ r prni d. I I risln. S 5, p.r.a IL Iv lJJJ '. d i, i lill pa' r. d.i) r L Ltnpl iL. t L i-'. paa ci dehii nui'i d1 l [. 1 i i , ' I nlini. lJ '- 4 1' -, 'lilTi 11n ldltl~ -j4 ii1lh.,. dk CuLr.is uni luild.,s S'I lA.IX [l di il, 1 iii Lili ' ri' llli tloit' para apitl r ir Jllk'lild l _I 1i llill i , di uiiri , pa. a itil t 'rl r nii \iat nL il di i 'tl i t uiii ini t ir Ji di'i id ii i i tiU iE .'lr i. ; i i ii.iii iit i lnl.iirt Ja dt" lf nlt di I t rilut a t 'i tlla, r 'i. lliii. i .1 ni.li i i li l .i j li i.iii l iii n ilr l lii, iki 1 ;.ilCi I lir ii .'li d Ili t." lllllbi iiL i I1 Jil i n.111. J L I ' 'inl\tni i n1 nii l -iiipr-.ir.ia l i l, l'ii.i.i .l I'riIi t'sl, i -iininicL i htl' lii.i i utlrllni in ii t iln pr, r.aiiii ii.'i n.il Jr 1F i p.in. a.jutlr i IlllL 2I'.'ci' 'd d, 'jaul bas I nire' c. i, idL" piiit 1 ii .'1 J finailt.i J iii- i 11hil], j, I l l" 1 l'I l Il.]ll 11l -I'L ;l (ll; l|l lL,. ll[\. I k.H ;.L di i .in.I I Ia, |lii '(ULli 1i'-Il-i iii i.i ii ,.il.lld i"i d'i a. r lld n ~d \c( l ll.11l,1 ia' p ila al, ,i.t IilliILI, inf,- 'i'ii 111.1- di lire.u,.' 't i '. rn.- .1 L pitl.i c.it i III ll .iiii piii, t iit L .i al ri i' u .l i[ ipai r L' I lnil. I'r .%ril LJa ,t i dli1ldll m r-1.) IUf d L illl a.1 i a.dastiiu J .i I.I I T 11p1 h ji.l ,.Ji aJ i al.i al i iii i s, .\.r pir.ii i 1.i dL I lu i lljl Iir ilui 111 1 i '..i pi ,l. Il. ,'\ alll . .k i. ht .i.l - p1arliLa Ll UIT1J iii,,'.j h-,rrn .i" i.iU,, iiiiic.i l.,-n i,'riiihiml.ii qLUi- i ni' dl C.i- llil'Lll p.i. i \.i hitn t r..1-ri .uir ii- i ii ll lt i ,lll. dii uI'1 ll i l .' .i i p.l i ,i'l dLL di .1 Lilt li,,ii d ii ,I1111 n 1. 1 1 t i j, 'jul iiu i.in, m i da i irnii. in. i a tildri i II j i j.. ipijI ci i li r i niiii - tii l~i nini \i. l i Al\ idi Jd i sei iJ iid .'in pi 'I p ILu- ah i' .iiJIdar., a .i .i\.iI i 'rid ni pri .i lai dl pro- .1 -lr ''.i ll, j UIT1.d I 1 pJIT1. dJi phlIn Llti LL', I I ii l-,t -' i l J Il l. lIL '., ,i I id,' l.l 't J h .da- di i. T nii ..i n.i f jr.j \ ir ,i.lI ill'l i ii I i -Ili it Ili ' S.uai il [[ 1 L, nl 4 nilh,'i' di L 1.1, pli '. rnirl- 0 i 'l i'uLatinti |'pia il it .'I 'l'it iKl.u l t 'I para utlilLnpln .l i' iiplItii d u ,, ir.ld dai, 'Il- .i iii di h.ii.in.i i' i ni.ii idi'.i,' a. i ri.iii "i l i . l 1** i-k i iil.I r t .i rnulhi ii i iiiniiidiia.i ilia t ITk1i lli hi ll iilara.ll Id da aj-'i l ni .ia di, 1 15 htin iiMi Il' pt'lud.,rs o' v u[Lra, pL',,.a, al'r ,. Lad[ i pali,. iLk uIta LLILa"l urri i l nhtiri- l p ri i i. iiii L i l' i i i; i coni ,.i|.'iriin l' 1iii1i .i, ridLi/id i,. ,1,, ii i iii..j i-i i il1 'i[t lil. L d h l,'illidj pi ara .' q JI dl l) 11ii ' . i l.ii Luni pli c.iLtl' di i L.'iiiL dr riidiiii iiI- d ii, Uii .i piitria i. i ai.i L ii. iiiinpi l .i pjar ifltrlii.,.ir i rri.iquiil di i ni ipr a. Ili.u1- i .I 1 1 r Iiiui.~ fi lllll .la }. i .I 1. I I e'Li..i i itlua i runl a '. .uiiicir u nl iriti.r pre I t.,,i i \ I), inn ll_.i h'I IL'' 11ci I-.i I l l ii it d ,i ,- g tailln. de' Il''lalL| ia nII i' I dl l araiihai I L. 4 ri -ni d r i ni riilitliiitil di lie5 niilhii-, di LUIt o i ,I qlLJdri drit J 11 I ) pari a iii':rayi ILt i..in l daj I '.li.ilb.l i p al. .a lnIplr I lliaca. di llit' ti' ic.'L itd d L I'.til(.c ll. i C (.'i'lli1l(. i \['JI' .a-inf.adt iIni1 i dr uililhr.i di ,ls H.C. Il nml r. hr,;d ,Jj <' \Ri l .l '-1 q, .i ;. in.ir m ni \}'i. Ir.Lll. 'inlip.u t li. bu.l iL.L.lln.L li rl'.-h r l, lit" I n.umini. In lLhli.. I 1 nm iiii.nna i r.mrajd.. iLJu Ii... ilJaii .iallIL a %JnLa [ in ... .%l'j iMt -ni ,r. r niJ lll;ii .in i I-rll''.ji L l ulll l. l t I ririd.d I n l'.n Pdiduras-chaue I ,'t.u I ..uller. \ .li 'la.ll I la. ,. 11 1 ). \l '.l).l'hi (Irl d hlI Ih' I lall. I)'l't a"r - |)ed(l~Il ~ IIhnlel .Nl. IC .IIle .llll h ll. I )ln lllll.I C.RREIO "O meu project este, a Dominica, e sensual para a sua revista." E colocar um mapa da ilha na parede tal como esta organizada para desenhar circuitos que ligam e evidenciam as riquezas e maravilhas da natureza, bem como os sitios de alto interesse hist6rico e cultural do pais. Yvanette Baron-George a responsvel pelo project do Waitukubuli National Trail Project, implementado por uma ONG local e destinado a construir um circuit pedestre serpenteando pela ilha, atravessando-a de norte a sul e de uma ponta outra, permitindo igualmente descobrir as maravilhas da natureza, bem como os sitios de alto interesse hist6rico e cultural do pais. project financiado pelo governor da Dominica e a Uniao Europeia (5, -* !. em colaboraao com o Conselho Regional da Martinica. Varios troos da pista, que tera uma distncia de 184 km (115 milhas), ja estao praticaveis. Grande parte da pista ja existia, tendo sido traada no passado pela comu- nidade indigena da Dominica. O "Trail Project" efectuara a ligaao dos diversos troos. Uma boa parte da obraja esta concluida. Muitos turistas ja visitam a ilha para os percorrer. Contudo, para os mais apressados, existe um meio de descobrir a maioria destas maravilhas de carro ou efectuando uma pequena caminhada. Um dia suficiente. Claro, nao chega para visi- tar as fumarolas e os vapores do "Boiling Lake" ou as altitudes vulcnicas, tendo em conta que a partir da estrada, sao precisas longas horas de cami- nhada ida e volta. Nada que nao se faa. No que toca a Roseau, a capital uma pequena jia, fora do tempo com as suas casas gingerbread ou o seu bairro francs envelhecidos, as suas ruas estreitas e ingremes, todos eles locais propicios para o passeio e a desenvol- tura. E ainda a exuberncia dos seus macios florais, bougainvilleas, estrelf- cias, poinstias, hibiscos, em frente a cada varandinha, cada balaustre! A floresta tropical comea s portas da cidade. Podemo-nos aventurar na floresta, mas a tentaao em seguir a imensa estrada que ladeia a costa Oeste e forte. Dirigimo-nos para Este, passando em Canefield, onde pode- mos visitar o magnifico Old Mill Cultural Center, que ao mesmo tempo museu da industria da cana, museu de arte contempornea e centro cultural polivalente, com biblioteca, palcos de teatro e de concerto. Sem esquecer o prazer de deambular pelos patios impregnados de fragrncias cativantes. Um pouco mais adiante: massacre, aldeia histrica, palco no inicio do period colonial de uma cena shakespeariana, opondo dois filhos de um governador, um deles mestio branco-indio que sera massacrado junta- mente com os seus apoiantes pelo seu meio-irmao europeu. Um fresco mural de Earl Etienne comemora esta pagina da histria, ao que tudo indica tornada lenda. Da-nos a conhecer um pouco da arte do artist pintor mais famoso da ilha. >Bf Os amantes de jogos farao uma paragem em Mahau, a cidade conhecida como a cidade que nunca dorme. A seguir, nao podemos falhar a Boca do leao, "lion djel" em crioulo anglicizado, enorme rocha qual tiveram de cortar um bocado para construir a estrada. Como cidade, imprescindivel ver Portsmouth, magnifica de nostalgia e de romantismo, situada a alguns N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 Il. .. , 1i . 11i.. .I !ii . .. ii I .1, i i i I ii i 'Ia r i |i i .ii.11 .. . ll I... l li 1. 1 a l In I Ii. Pld Illl.-c h.u n .. h .I. I .. 1 ... 1 111 l,. I I i ...1 l .. .h ..I. .1I.. . ii II.. I l .ll i .1 l .... I'i. I ..,.ll 1 1.1'. illl I'.. ,h .I . . I I'I. I I ..1 I .l.. 1 1.1, I.. i. ,. . i '.... ..... Ii.l'.. -. i l.. I . I.i h ,I i .. I. 1.. I I i i Jl i I n II i .l .I ,, i l I I ..... '. .... i l 1 I,11,ialll . II i .I. D hl l i .l. ,. I. II"" ,.. I ,li,. i" ,,~. ili ,l.. I r... ,i. I, I, 1,, . 1,. I',, I. I, ..h ll . H ,.. . S. I i .. '.. I 1.1 1. 1 .Il ll.Ii.. i11i1. Ii i l h ,,iii 1..,11 II .1 IIii i.. ..iiiiiiil,,iil, .iii , .. I i iiI ,,,,i. . .Ii IIIl l l ll .' i i '... i ll I l .l. I I l i.' l' l.u 1 ''.I111 i' 1 1.i 'h 1Il i ..l i .. i li. l ..i IIIII .ll l "hIII Ill'. . ,lh I, .I .. I I l'.,l . ll,1i . l, ,,J.i .. ,l .. ,I ',,l .I. .li l.. .i l .l - ii,.h l .. .. ii ' ... i". ..... l I, I' .. ,,h ,,,. 'I, Jl, : :.... ...I ,,,, .I', : ,, I ..... l, 1. .lPd ld U rd S- Ch d U e 1.illiu l.l I it.ill I'i',,l' .l. <.ilii '11.l. hi-ln'ai . . II..1h ..h. lhi ll \ i lhlll. I i Illll iiiii .. ,' .I` Ii.i .lhl i ..h i. .I, i..- l. Il .lul. . l "iil F Ii UmI GR g Etlenne e d expostas NO Mili le r ter e Scentro e e r er tvariada. A sa is proxime de enne nesrr .., eonnecidas qa pintuir d as le sifue dade que diri "que fascin t S* :: ^ dulas obras is e uma rd t op D6, o verdadeiro ponto de partial imecu por ill em.que Lodoos .cun l Office, noe O UE. decidiu i iL leaste dE renrtwi- ~~~ii~~IIlF~ .Srrs-e esm eu d ee e et-- es eea s-- e -e e e ea eeviili e eaitas e e. ela dae eeribse fiao 5--pren o..co e eeeaa As- pesa m -s vels qe- je- eeum dege-e- a -eitca eebW, se e see suirp eeeda eo e e aideee e-eemoceac eo pais. em s eee------------ iulipaao1sqe foanae c o se' eee - de q eeee -no eel d evsa o doseeclr e qeee enota um pai* s -ag.et eund e ee e ar est- eft de e ax e- rndaqense eese ge eee-------------5ca Noz-moscadB7 20i09 RB^HmnrtersbLA mais pequeno pais independent do hemisfrio ocidental extravasa de vida. A sul do arco das Caraibas e exactamente ao norte da Trindade e da Venezuela, Granada um conjunto de trs ilhas: Granada, Carriacou e Pequena Martinica. Cada uma delas unica e tem encantos especificos. Saint-Georges, capital do pais e da maior ilha, Granada, caracteriza-se por uma modernidade de dimensao humana e uma das cidades mais bonitas e mais elegantes das Caraibas, aninhada em redor de uma bafa de uma beleza excepcional, com portos e marinas de sonho que convidam ao passeio por todos os seus recantos, sobretudo ao cair da noite. >B O pais habitado por uma maioria de descendentes de africanos e em menor numero de descendentes dos seus primeiros habitantes, aruaques e sobretudo caribes, mais umas pequenas comunidades de descendentes de antigos colonos europeus ou de trabalhadores vindos da India no sculo XIX. Como todas as ilhas das Caraibas habitadas pelos caribes (Kalinago), a colonizaao foi tardia. Porque os guerreiros caribes eram ferozes, mas tambm porque criaram uma fama que aterrorizava os colonos. Caliba, na "Tempestade" de Shakespeare, escravo e filho de uma bruxa, testemunha entire muitas outras referncias a surpresa que a fama destes guerreiros provocava. Cristovo Colombo abordou a ilha na sua terceira viagem Amrica, em 1498, mas verdadeiramente s6 em 1650 esta foi ocupada pela primeira vez pelos franceses. Portanto, em 1498 Granada era habitada essencialmente por caribes. Os espa- nhis nao puderam instalar-se la e as tentativas dos ingleses tambm nao sur- tiram efeito. A "Compagnie des Iles d'Amrique" do Cardeal Richelieu, por intermdio do seu representante na Martinica, Jacques Dyel du Parquet, tenta apoderar-se de Granada desde 1636. Depois da falncia da Companhia em 1649, Du Parquet "compra" estas duas ilhas e lana nelas os seus soldados, que depois de inumeras disputes acabam por vencer os guerreiros caribes, cujos ultimos sobreviventes se atiram ao mar para nao se renderem. > 'e . A ilha passou a seguir por um pingue-pongue entire ingleses e franceses at ao Tratado de Versalhes de 1783, que a atribuiu definitivamente Inglaterra. Inicialmente era uma colonia produtora de aucar, mas no final do sculo XVIII conheceu uma diversificaao com a introduao da noz- moscada, sendo ainda hoje, juntamente com a Indonsia e a India, os trs produtores quase exclusivos. Tornou-se assim numa ilha de especiarias. A escravatura foi abolida na ilha em 1834. Aps diversos regimes de admi- nistraao colonial, em Maro de 1967 obteve uma autonomia complete no quadro do "Associated Statehood Act", antes da independncia official em N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 eportagem Granada 1974. Mas continuou na Commonwealth e mantem como Chefe de Estado o monarca britnico. >T e O seu primeiro Chefe de Governo, Sir Eric Gairy, viria a ser derrubado cinco anos mais tarde, em Maro de 1979, por um golpe de Estado dirigido por Maurice Bishop, inspirado num marxismo-leninismo tropical. Foi o inicio de um grande traumatismo, porque Bishop, que tinha acabado por ganhar a simpatia de uma boa parte da populaao, graas nomeadamente aos seus programs sociais, acabou por ser derrubado por uma facao radi- cal do seu partido dirigida por Bernard Coard e seria assassinado em 19 de Outubro de 1983 com oito dos seus ministros e partidarios. Seguiu-se, alguns dias mais tarde, a invasao das tropas americanas, com a bnao da Organizaao dos Estados das Caraibas Orientais (OECO), na sequncia da qual foram condenados morte dezassete suspeitos. Esta pena de morte foi depois comutada. Os prisioneiros foram libertados recentemente. Bishop continue a ser um simbolo e uma especie de heroi romntico. Mesmo os seus piores adversarios lhe prestam homenagem pelas suas rea- lizaoes sociais e pela modernizaao das infra-estruturas do pais, embora condenem as restrioes das liberdades individuals impostas pelo seu regi- me. E esta, por exemplo, a posiao que Georges Brizan, antigo Primeiro- Ministro e antigo Co-Presidente da Assembleia Parlamentar Paritaria ACP - Uniao Europeia explicou ao Correio. As eleioes de Dezembro de 1984 restabeleceram a ordem constitutional no quadro do sistema bipartidario traditional, como em Westminster. O partido actualmente no poder desde as ultimas eleioes de Julho de 2008 o Partido Democratico Nacional, estando frente do Governo o Primeiro- Ministro Tillman Thomas. H.C. M Palauras-chaue Hegel Goutier; Granada; Carriacou; Pequena Martinica; Caraibas; aruaques; Eric Gairy; Maurice Bishop; Georges Brizan; Tillman Thomas. Granada eportagem "nao se deue colocar todos D tr s _rru s t t r'L Entrevista com o Primeiro-Ministro de Granada, Tillman Thomas O novo Primeiro-Ministro de Granada ocupa o cargo h um ano (foi eleito em 9 de Julho de 2008), depois de o seu partido, o Congress Democrtico Nacional (NDC), derrotar o governor anterior de Keith Mitchell, que esteve no poder durante 13 anos. m que que o governor do NDC dife- rente? Na nossa abordagem da govemaao: acreditamos no respeito da independncia das instituioes. As foras policiais estao mais bem organizadas, sao mais independents e ope- ram de modo mais eficaz. Defendemos que os funcionarios pdblicos devem ser promovidos por mrito e nao pela filiaao political. A admi- nistraao anterior teve uma srie de questoes litigiosas com os meios de comunicaao social. A nossa abordagem da comunicaao social diferente e a nossa abordagem da governaao uma parceria com outros grupos de interesses da sociedade. Qual a sua estratgia de desenvolvimento para Granada? Temos grandes potencialidades na agriculture e sao possiveis grandes avanos na transformaao dos produtos agricolas. Temos noz-moscada, uma fabrica de chocolate e uma industria cer- vejeira. Sao pequenas, mas podem expandir- se. Temos grandes potencialidades nas pescas - peixe fumado e transformado e estamos procura de novos mercados. Queremos desen- volver o turismo comunitario e cultural para alm do mar e do sol. Por exemplo, o project "Sexta-feira de Peixe" em Gouyave (uma "frita- da" de peixe semanal). A formaao essencial para os nossos jovens, para poderem contribuir para o desenvolvimento national com diplomas profissionais de electricistas, pedreiros e canali- zadores e para a industria hoteleira. E quanto ao desenvolvimento da segurana social? Gostariamos que existisse um enquadramento juridico na regiao tanto para a segurana social como para as operaoes empresariais. Assim, se algum se deslocasse de Granada para Santa Lucia ou Sao Vicente, continuaria a ser benefi- ciario (da segurana social). E dada demasiada nfase ao turismo? Precisamos de uma abordagem equilibrada. O sector agricola o sector mais sustentavel a long prazo: para fazer com que as nossas comunidades rurais se envolvam em actividades empresariais e industries artesanais e consigam novos mercados para os nossos produtos. Nao devemos colocar todos os ovos no mesmo cesto. Acha que existe um abrandamento do ritmo da ;,,.. ....;. ..l da CARICOM em ..,.... .. com o ritmo de hd duas dcadas? O entusiasmo e a energia iniciais ja nao existem. Apoiamos firmemente a iniciativa de criar um espao econmico entire Trindade e Tobago e a Organizaao dos Estados das Caraibas Orientais (OECO)*. Port-of-Spain a capital financeira das Caraibas Meridionais, por isso penso que existem potencialidades para a integraao entire Trindade e Tobago e a OECO. Se olharmos para o que esta a acontecer com a cruise financeira, precisamos de ter um enquadramento regio- nal para as empresas que operam na regiao. Devido inexistncia desse movimento de integraao existe uma "abertura" para a discri- minaao. Precisamos de olhar atentamente para a CARICOM e decidir para onde queremos ir. A regiao deve negociar como um bloco com as organizaoes internacionais e nao devia haver um pais a estabelecer relaoes com a China e outro com Taiwan. Podiamos ter uma autoridade juridica supranacional na regiao e um sistema parlamentar regional. Mas as economics de menor dimenso nao sero absorvidas pela Trindade? Trindade pode ser um pais de maior dimensao, mas o nosso produto turistico muito diferente. A estrutura econmica de Granada e o sistema de propriedade fundiaria que temos aqui, em que as pessoas possuem terrenos em todo o pais: nao penso que haveria qualquer movimento de migraao de massas se decidissemos unir-nos. Pensa-se sem- pre que as pessoas querem ir para um 9 pais maior, mas nao penso que seja esse . o caso porque a qualidade de vida em Granada, na minha opiniao, nao tem ...- rival na regiao. r. Qual a.. .. i... que preside poli- tica externa de Granada? Ja nao existe a Guerra Fria. Nao existem na regiao dois pauses que estejam mais proximos em terms culturais do que Granada e Trindade. O que conta um empenhamento srio e partilhar e coo- perar em areas que promovam as insti- tuioes democraticas e a humanidade. Existem actualmente alguns dominios de rela- cionamento 'i;fT ;i com a UE, como as bananas e o Acordo de Parceria Economica (APE). Que opinio tem sobre as .. i-.. Granada-UE? O APE tem vantagens e desvantagens. Se puds- semos trabalhar efectivamente em conjunto como uma regiao, podiamos beneficiary do APE. Temos acesso (desde a assinatura do APE) ao fornecimento de alguns servios UE. Devemos obter o maximo beneficio nestas areas de vanta- gens comparativas porque nao podemos de facto produzir como a UE em terms de produtos industrials. H.G. I * Sao nove os paises membros da OECO: Antigua e Barbuda, Comunidade da Dominica, Granada, Monserrate, Sao Cristvao e Nevis, Santa Lucia e Sao Vicente e Granadinas. Anguila e as Ilhas Virgens Britnicas sao membros associados da OECO. Palauras-chaue Hegel Goutier; Granada; Tillman Thomas; OECO; NDC; APE. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 > Diagnostico Podemos agrupar os problems em trs grandes categories. Primeiro, verificou-se uma queda do investimento director estrangeiro. Muitos dos grandes projects de infra-estruturas turisticas que estavam previstos (e que representavam investimentos de cerca de 700 milhoes de dola- res) nao se irao realizar. Segundo, verifica-se igualmente uma diminuiao na propria industria do turismo em terms de chegadas e de gastos. No sector do turismo de cruzeiros ainda assis- timos chegada de grande numero de turistas, embora gastem menos. Prevemos que havera ainda uma maior diminuiao. O terceiro dominio tem a ver com as remessas do estrangeiro. Os granadinos que vivem no estrangeiro, na metrd- pole, estao a enviar menos dinheiro para o pais do que enviariam normalmente. Pensamos que a diminuiao pode ter sido de cerca de 16 por cento no ultimo ano. Devido desaceleraao em various sectors, incluindo a construao, assisti- mos a uma queda do emprego. > ijustamento Lanamos uma amnistia fiscal: um perdao total dos juros e das multas para quem pagar a totali- dade do que deve administraao. Iniciamos igualmente alguns projects de cons- truao a curto prazo e a renovaao de edificios publicos, especialmente nos sectors da saude e da educaao; intensificamos as obras do progra- ma de conservaao de estradas. O nosso objecti- Caraibas autnticas. A empresa "De la Grenade Industries" represent uma das prestigiosas imagens de marca de Granada. E dirigida desde 1992 por Cecile La Grenade, uma empresria que tem feito, juntamente com alguns outros, com que os grandes runs das Caraibas, que ganham frequentemente os prmios nos concursos internacionais de bebidas espirituosas, sejam mais conhecidos dos consumidores. vo manter o emprego. Estamos prestes a iniciar outro program que ira proporcionar apoio ao rendimento dos agricultores, melhorando assim ao mesmo tempo a segurana alimentar. E preciso realizar uma revisao dos principals projects de capital a mdio e a long prazo. Poderemos identificar aqueles a que deve ser dada prioridade e os que podem ser realizados mediante parcerias sectoriais mistas publico/pri- vadas, ou atravs de emprstimos em condioes favoraveis ou mediante programs de coopera- ao bilaterais. H.G. M Palauras-chaue Granada; Hegel Goutier; crise fnmanceira; Nazim Burke; Ministro das Finanas. I NI) L 7 GR< *^""^tJ -.,T R - c-l ,i* lirLii.idL n"iL11tii il.il dIALIII LUTI2r I i' nt ii, s t'u iI lJi i iir. dti iii L. It- 'aitiLi; .1 .I l dl [il L. l i [,itlr cjj Jiir iiisli- i I hl.dil. I i tii, lr. Ilili/dili-l pdlIi, quk ,i fl uit ipir *lI, LUii iiii:iii~ ~ii. iti.cvi.i duj iiiiia :Llh.i ilCLIta LIUL lai iiil s Vi iii s iLuit i.riiii ti. Ill JiiiIi.pl.vsa [ropri.d Iiiir r.i i 'c IJ l uI u Ili I u I iid IInIv1i.lair. pui IdI-. l l IrticI dia ,c,,r Idil iiai, Ii.rii tiicLLidu d1 i njiiidjdi I)Ii~r~i Il l pii IiiilIiih Li Tiui.ii Iu Ir;ji~i ~r- 1111111 diiiIlii~ j iiiJiiIn.i d.., 4cii 1%11, 1 1, r 4ii riciA c fiqiicti Luis i illud.11 1nl k otiro I i rciiudu iu'ni.s I' ati ir.,-ts Je l-v-2I" '` i qllii Iliii je 1.1[ljIis L.i 'MI tL[rjl iidupii. 'i H.i V. Il,% ll rV. I inia .il L d. iI i. q Li i di, 1 r Ln1 prI 'CaillaP iii a .- rJL1-1 i 1 Pdldurds-chdue II e-( *..ilil. La el I .i(e *ieimie. I e l ( l ea uule Iiili lue-. I I ID. a.iMi,.. BauIiaum,.iuuI t .ipll.'* I **i- I .i( *iejLIa. e. La.i le i C.RREIO Granada eportagem :0 perdeu milhoes em alega a oposiao Keith Mitchell foi Primeiro-Ministro de Granada durante 13 anos (1995-2008). O seu Novo Partido Nacional (NNP) foi derrotado nas eleies gerais de 2008 e agora tem quatro lugares na Cmara dos Representantes do pais. Agora, como lider da oposio, diz que o governor res- ponsvel pelo afastamento de potenciais investidores. uais sao as principals preocupaoes da oposiao em relaao ao novo governor? E precise a maxima unidade e associar ideias a todos os niveis e sobretudo numa altura de problems financeiros. O meu governor estabeleceu bases solidas para isso. Quando o novo governor entrou em funoes tinha apenas de se apoiar nisso. De facto, o que fizeram foi exactamente o contrario e procederam a uma caa-s- bruxas dos seus opositores e exerceram represalias sobre os apoiantes do anterior governor. O actual governor s6 venceu por 1800 votos. Quase todos os grandes projects foram suspensos. Estamos a falar de centenas de milhoes de d6lares de investimentos. O corredor de automveis da Formula 1, Lewis Hamilton, cujo pai de Granada, estava interessado em fazer aqui um investimento, mas a oposiao [da altura] disse que havia corrupao entire ele, o governor [entao do NNP] e o anterior Governador- Geral. Algumas pessoas alegam que os investimentos esto suspensos devido crise financeira mundial? E evidence que o governor tem de dar uma volta s coisas, mas os factos estao vista. Eles atacam a reputaao das pessoas essa a questao. Apesar do context international, poderia haver uma actividade muito maior e havia um conjunto de projects que estariam a andar. Atravs da difamaao estao nao s6 a atacar os politicos, mas a pr em perigo a possi- bilidade de investimento. Porque que nao intent uma .... judicial contra o governor? Tenho cerca de 20 processes em tribunal por calunias. Tenho sentenas que me dao razao, mas o sistema anda com muita lentidao. Qual a sua opinio da CARICOM? Parece que esta cada vez mais enfraquecida. A necessidade de laos econmicos e politicos mais fortes entire as pequenas naoes de uma regiao torna-se cada vez mais fundamental se querem sobreviver nesta aldeia global. O meu sentiment que o ritmo de integraao demasiado lento, mas o desenvolvimento econmico dos pequenos Estados esta a tornar-se cada vez mais dificil sem uma aborda- gem integrada. Sempre que sao tomadas decises a nivel da CARICOM para trabalhar em cooperaao, ha algum ou algum grupo de pessoas que tende a enfraquecer o sistema e os rgaos da CARICOM nao sao suficien- temente fortes para obrigar as pessoas a trabalharem no quadro em que as decises sao tomadas. E precise reforar as instituioes da CARICOM. Tornou-se muito burocratica na sua abordagem de uma srie de questoes. Ha necessidade de um sentido mais profundo de integraao political, mas algo que nao acontecera do dia para a noite. Como que se pode transmitir esperana aos jovens nestes tempos i;, ;. Se nao for transmitida esperana aos jovens eles ficarao com um senti- mento de serem marginalizados e podem ver-se em situaoes em que as suas acoes os prejudicam permanentemente. Existe um sentiment de desespero a nivel das bases no pais. Tinhamos um sistema de transport das crianas cujos pais nao podiam pagar o bilhete de autocarro e uma autorizaao uniform para os alunos, mas estes e outros programs foram cortados pelo governor. H.G. Palauras-chaue Hegel Goutier; Keith Mitchell; NNP; CARICOM; Lewis Hamilton; Granada. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 S eportagem eportagem "cI "Jj llllli" i Uma aposta A ajuda da Unio Europeia a Granada c seguir aos devastadores ciclones de 2004 e das infra-estruturas sanitrias, que j eficaz porque Granada se empenhou1 que salienta o Embaixador Valeriano Di Organizao dos Estados das Caraibas ir se nos ultimos anos na reconstruo a o melhoramento do sistema hidrulico Smuitas vezes ao period britnico e X~~'auda international foi ainda mais ff~go na reconstruo do pais. o da Delegao da UE para os paises da lr .. " : ......... .. ... . Sii 1..' 1 1114 .I i i l [ 41 h.l | iiI l. til'tii I-,. 4 .1-i i. 'iii. lii 'j i. i iii i'iii i d .ii i i.I J '. l 1'i l >l i .''' ,r,. i l',,iii I iii 1 I d I il, ir' de .l..iiiiii'. i 1 ri 'i ii,1 i, l i k i. 'r- luit i do 1 irilda pi lk i Jr L dc Itct > A. t ti |i.' |Ji |tr |4iI Iu ii i. p iliill- i. iii i .n.l Ji i i rii..Lii-Liit itlt li ,I_ ii' i"ii.ii i r i -i tl.r iii.ii i aIi l Hi i niIi .ii i, a iill1 -u l. L i i I I .i ,Lial ^1 1 ii 1- 1 i a rt1li i [I i' l| i"ll.i uli.i'. l'i M i |i i |ki itu 4 li. t.lC il n.i'.' i ]''i d*l B* lH\'^"': ir iT ii- ii|iij-| nlltl. i iuui ^ i i u illii .ip.iI iii llni.l l 11 I 1 .iiii.< ila' ll tt ii" t i iii. iI l n ni l Lih lliii di"i t i ii.irl J i.i li' il'H iii w r ll 1 'lIu l i il.ilt..i |lill.irirn ll niii i ,z pI i d m ll * i 1 1 i 1 1[, 1lpil. fl i I 1 LIl1Ilde t1 i', e 1 1fi., e r , j ', iiI 1.1 .1 i III - 's ilr.ir lad ', a Ci. II i l' IIjl re1. I IL. i la.I' iaelil iI ii I i hiJrilic.i i iiili. J ,e ,uli s l', IL i _.U'C' 1l Fl-f Il1 ir ii l1- a Li i.i. IL. i i i t l i i i I 1. i ii Tiii i Ji L .ira iL j i 1 i y. iiiii Ls iiii di 1 pa jri n 1ii. Ii cr, ri i. fil i ii. L.i d.,, ii.teiip, J L liieiK' '1 iii l', ii . n L' |L 'ii.jl_.0 'i Ln i'. d I l s ii.' il .i" li 'tunni doi ai- 1 in -h [ idi i'-. SI ,,I' il (par a resltaije di I t s ii ut'il prcvi-li pli. l c t'IL ptlo 'Lr'ib1 i d&? reT Las lii t-\ t\yrlad du? pa.n'w '. ['i que ii i niam HJiiLu .-iindi.i e r i i, I. 21 il 'i il i ix "In in t d J hl eu queder ii cm pi i r liiir i iit i de. i idas. Q 'i 'an re i J'IL jre'j lciL I '. l ui Ii ktor la llik i u l i nte i h, de Uui aIdas ou f geuis, ct'ncert'ieu entrc a1 ')L I < 111-PL .1lillH IH K do i-a'enu tro parta icri etn l l iii a i llr,, .... .I l I dL C rL IF: r d L. C L .. D I.1ll AI V 1 i.LiM i klti i .'-el i L i, r,,j,,,,,c... s qara prLder a..el A N N 1 S lin r :, " Granada eportagem Descoberta Uma resplandecente Se quisermos escolher um dia especial para descobrir a ilha de Granada, uma boa escolha o domingo de Pscoa. Em cada cidade e em cada aldeia h ajuntamentos, festas de rua e encontros e os estrangeiros so bem-vindos nos sitios em que entram. As praias so muito frequentadas e em todo o lado se podem provar bebidas e pratos. O pais aberto festa e aos encontros. *1ii., Se fosse um fruto, Granada .....1 evidentemente uma roma que i',,ilia do exterior e que quando se .ii.,.. deixa aparecer uma mirfade de pequenas joias vermelhas, como todos estes estribilhos que animam as aldeias neste dia, como todas as casas de estilo colonial cor- de-rosa, vermelhas, com enfeites, pequenas e alinhadas em ruelas de aldeias, opulentas nos centros das cidades maiores ou penduradas nas encostas abruptas das colinas como as grandes casas burguesas. Cores com o mesmo brilho que os sorrisos que existem nas faces e que so querem ser partilhados. E preciso iniciar uma visit de um dia pela capi- tal Saint-Georges, que acorda nos braos da sua bafa adornada das cores azuladas e enevoadas da manha. E ver chegar os cruzeiros de onde desembarcam muitas vezes jovens casais para o seu casamento que sera celebrado um ou dois dias mais tarde neste cenario idilico de Port Louis, sobre as antigas docas de Saint-Georges. Port Louis so quer "concentrar todos os encantos de St-Tropez, da Costa Esmeralda, de Portofino e de St Bart's com o toque especial e a atmosfera de Granada". Da beira-mar admiram-se as numerosas colinas que constituem a "city on the hill" ["cidade na colina"], como chamam cidade, que cercam a baia e no alto das quais podemos encontrar, entire os sftios a visitar, os Fortes Friederick e Matthew a leste e a norte o Forte George com as janelas da prisao "Her Majesty Prison", que proporciona uma vista magnifica sobre as docas. Sera que os prisioneiros, entire os quais estao os assassins de Bishop, podem admirar vontade as belezas de Port Louis? Quanto ao Forte Matthew, que servia de hospicio para os doentes mentais internados, foi bombardeado por engano pela aviaao americana em 1983 e muito dos seus ocupantes morreram. A norte e a sul de Saint-Georges, situada a sudes- te da ilha, estendem-se praias interminaveis, a mais representative das quais Grand Anse. E o ponto turistico mais frequentado. Um pouco mais long, uma praia a nao perder e Morne Rouge, com a areia mais branca que pode existir juntamente com o mar mais cristalino. Ha poucos habitantes nesta graciosa cidade, integrada numa natureza virgem: apenas dez mil e sobretudo poucos turistas. Mas a ilha tem imensas praias. Entre as pequenas e lindas enseadas conta-se La Sagesse, a sudeste, que se tornou simbolica por ai se ter escrito uma pagina de historia. Quando o proprietario de entao da grande residncia que ali fica quis fechar esta enseada, o militant Bishop organizou uma grande manifestaao que levou o Estado a garantir atravs da lei fundamental do pais o character public da beira-mar. O proprie- tario actual, Mike Meranski, que a transformou com bom gosto num hotel-restaurante original, "La Sagesse Nature Center", tem outras preocu- paoes, como explicou ao Correio: a diminuiao, com a crise, do numero de visitantes e sobretudo da duraao das estadias. De entire as outras cidades costeiras a visitar, Greenville na costa leste a segunda maior do pais e provavelmente a mais animada; Sauteur, no norte, tambm historica, porque foi do cimo do seu rochedo de 40 metros de altura que os Caribes vencidos se lanaram ao mar para se suicidarem. No interior das terras, o brilho avermelhado o das flores e dos frutos: os cachos de caju, cuja noz apenas o nucleo exterior; o vermelho cardeal estampado com desenhos em relevo, estilizados com a cor negra do caroo das noz- moscada (nutmeg) faz pensar numa obra de um artist minucioso. E o sfmbolo do pais. A oeste, entire Saint-Georges ao sul e Gouyave mais ao norte, estende-se a "Grand Etang Forest Reserve", com o incontornavel "Grand Etang Lake", tao calmo numa natureza repousante, e nao muito long das numerosas quedas de agua, as Concord Falls, ao long do rio Concord. Resta Carriacou, nove mil habitantes, dez vezes menos que a ilha de Granada, e a Pequena Martinica, apenas com mil almas. Tambm sur- preendentes? H.G. 0 if-i,,,,, Palauras-chaue Hegel Goutier; Granada; Carriacou; Pequena Martinica; Forte Friederick; Forte Matthew; Forte George; Port Louis; Morne Rouge; Grand Anse; Greenville; Sauteur; Grand Etang Forest Reserve; Caraibas; La Sagesse Nature Center. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 eportageM Grna firt. I icr pi n~ iit, liiI.ir I.irii I I rnii 'ri ttj ifnlich idii p[I la h,.iriir iiia;2 ri Lt 'i 0'i p.ti' lit pitL 'I., ,.,ill' 11aJ cIlil J1 illlll I ili .i ', i 111 U P l' pJ~t ''. ' 'iiil idi rani qlic riiinh.i .Lric iij,, d.in '.'- rit'ia ii p lrillt J I.i pintlu .i ah [i Lti. La ' tI iii1'ia l ll l' i liiI l i riii 1 jl i i-.iii di.i pr'- .ii. la. 'c Ji..i ,iiiiiiii d i. Ill lrlld J ilJ lidi j Ji qUL Ll 'I LLIi i qiz IL' Ii l' l' .ilJ \ llhd ,ill ' inti rprt lu ii.i a i i ihi.a i ih. i l L.a .illa.ii' L .itt d.i 'ipi i-rii i lt la prin iii da r 'JliJd td' Ji JIJ dij- \ Iiii JI i i .i iilld i id i[in cki a till( .1 .tpii i Ul L Lid. i liJr para ,vi .[ L ili i a lt 'i- t tILL qu cli q r pr, t.ar. 'i - LiLar .a iliitrr''ai' di Gil .tl daiid' J aJ'i j1i 'in1ii Lliiipn puilt i a% niliar ''ii r J~ri .jr .ia p['i'' i qui .ill.ri parJ. rii inh.i rti il ii '. lr ririi- 1 I qiiidr. \'il. l LiiI .1 iit iiai -int liii pip'a~ l (l.i p il iiic. 1 ii d,'J i i. iiii i J i di '' ~i tia t da ,rii. l .l 'Z.i I' i iI d1 d hl a .i S 1i1i i J ii .ir du 1 i i- S i l iiltituil.i-,- "I ,ill Ir i, il ii iil 1 qil". l ila dIj ,ii. du ir L ii,, i Itl .,.i dI .1 jl acit',- d .i i rrtipc.j, iL ,i itrj uni .in li n p' ililiL . d I ii L, adi i.akt '.i ta ir' jI 'rL J lJ k pr I. ia "I raLa -t< dJ,' niia ihr p' lil I I pI'1i ilci -,, n,.i',.i c I rii,,i a 11 ,l l i,., ]a\pIli quL n.i j i.. l 4i lii.I n. ll L. I ll l ilo t .1 il L I IL .'.11(. I. II..1 < I l I [ i i'l' l. l ll% % t idjad ii in 'du i i'tLnriti j i laicria 1 r i l N in \' J |il iiktl (uiL l repr' ,iiiau lIl %'ill' ni 'uI i ail - ria % irti ll. % u iiu rhc .ii t Iit p i d lil i C.'111 L riipl.Ll- 1 iibl.L iiiti rida. t ll 'i l' tilil, "J II I. 1 .tilld i'111 ill ill ', d I' q li I i .tiTL I IL i it ,lTL k , %"i C "'_ ltr ] .i n rt i .iriii L ..1 l] n ilhi.Lh ul il) jd "''irtiii n tiul ,l Id1LI%1 L I 'llLhUI L H .G . Pdiduras-chaue li 'l ( ii ill 'r. I li.lll.(.il. .11 rl ( )Ili ici Iic.inul .e a; rl " i .-... ., t' * l ' " .,..'. ' ," .,- ^^-, llf- , C.RREIO 1I IIil I 'n il, IIII .I I ll. 1.1 .I_ III ,t' t i, ii I .I,, I ,lu't li r'i .I ta t-l,.t- I ._.,,i ..i ,,u1i .,i I I t t,. .. tI r it.,i t..i tj.L i.. i i ltli L.i t L I .i .' i i.i .I' Ll..i t' t- t.. t ii '. l t ilu i .i-.' t' I.iii.i Ii t .i j-iJ 'l l Ul it I..h1 Jl i lit. i l.I Il '1 m . ji, Ill,.lj li, i l,. i tI j l, ll'l ,,j L 1 1. il,, I I Iiil.l.1qu i k l il L | ui illllrl il, iiil, , il,, ll ll, i 1, IL l 1 ii i L I iL iib ,1 l..ii 1 ij IIII 1 I I 1. 1 1 -i II.11 Lu-i i jI 2. 11i. I 'l2 ,.h l ti',iI *. itL a Ill i ." L II LI i' I d I .I. 11, 1. i .J- I, 1 '. 1.I L I- l L i i 1, ' . lj l't.t ', 111 I I Lt ,,' i i. . I LlLU I.II l I I' I 1'll. l ulIL l J l l. i JI- J I 1 'L [ tI'Il,+ '"..i, i. I. d,, i i. iiit. j.-l "' i' t ii. t ii iili- ' i.i l, '] Ill. , ,'t i L '. i ,1 lJ .u IkI lll. J 1 L 1 L 1j 1 I 'lI.l .l l I I |. 1 I j. l ,-i S L.1 i. I I I "L 'tLI.t t 1i LIt IL i I Li I lj i .1 l ' "il' i L .ll i.t i''J LI 1 tl. t- tjl. l' aI t .lljll la tI-il tl . ll. iiL 'L j L i' i t iLt. t.J IL ',i L i JI.J I L ,.iL. 1*j i ,,j i I. i. ihL i I 1,1 d-l j. L II Iun II I. . , 1lI I, ,L L Il I I 11 llL l ", I ll i 1L i I .j II II,,1 jI ..I,1 .1 L, il I LL ,, l l- 1 - L IL l l, 1 i l 1.111 l i, ill. I j .L- 11 , ltI l L ul, I t -, LI a )j I t-Lt i' t-li I 1 i.'. 1, 11.. ,. 1. l 1,Il. I L I I ,l t Il 'l L- 111 I 'll i .- ,. i H lljLi - i. p i't i lt .t i t .t i i t- i d.' i ,iL|I li i'l, ,. ,,,.,, l LIii I LI 'IIL' I IL IIIILL Ill'. I' '.- I i II' l I l 11'.i'. t aJ 1 .i[L. % Ill iL IIILIj-ILI I 'L IL 1 l I+.l h110 l' 'i . i iL I.I, - ,' 111 t 1 11' L i i l i t j 11 ji t a' t'it ILLt- t ill. i '-'l.i l \- IL I L I 1 I 'k1 1. I ' I.l P, .Jl ,d.J I, ij ,,- ,, i j ,, .. I il, ij. 'IL '- iLi.ll i i I j , I I l I' L I. i .i II. I, ll, l i .L11IL 'L' I .I 1,, l ll l n IIl ,ii,, i. u Pdldurds-chaue \1.iii-'.- l e.i l ii l lie i ti le. i l-,,t -iill-. t't i.i. \-IidI li1llit Il 11 I E ,,1"iO JLI JHO ":-009 Por vezes e arado com suspeita, sempre com inveja, o "modelo/ eco" de Estado providncia, mas sobre- tudo de Est o igualitario, influencia todas as politi- cas. Para co ear, a da cooperao para o desenvol- vimento. Es colmo orgulha-se, com todo o mrito, de ser a rn generosa ern terms de percentage do seu rendime to national bruto (RNB) para com os paiss do 'SMul Na base, a Agncia Qficial de Cooperag (SIDA), mas tambm inlmeras fundades., Encontros com uma dss fndaa s,. aDag Hammarskj.id. om uma taxa inigualavel, 0,98 % do RNB destinado ajuda para o desenvolvimento em 2008, a Sucia ultrapassa, de long, os outros pauses industrializados (0,42 % em mdia para a Uniao Europeia, 0,25 % para os pauses do G7) e supera o objective de 0,7 % do RNB que os pauses industrializados definiram religiosamente para si at 2012. E sem margem para duvidas pelo facto de os suecos conceberem, antes de tudo, as suas relaoes com base na igualdade que a coopera- ao assenta numa parceria real, cujo objective final o de tornar os pauses parceiros totalmente independents. "O nosso objective de acabar com a discre- pncia entire o Norte e o Sul, fazendo alianas globais com pessoas que partilham os mesmos valores em matria de democracia, de direito human e de segurana", afirma espontanea- mente Henning Melber, director executive da Fundaao Dag Hammarskjold. Instalada na cida- de universitaria de Uppsala, a cerca de quarenta quilmetros a norte de Estocolmo, esta fundaao (http://www.dhf.uu.se/Default.html) tem o nome do sueco que exerceu o cargo de secretario-geral das Naoes Unidas de 1953 a 1961, ano em que foi vitima de um acidente de aviaao quando se deslocava em missao de paz ao Katanga. No mesmo ano, recebeu, a titulo pstumo, o prmio Nobel da Paz. As suas intervenoes na crise do canal de Suez, em 1956, e na crise da Jordnia, em 1958, valeram-lhe a reputaao de fervoroso defensor da paz. O espirito de Dag Hammarskjold esta present em todas as aces realizadas at data pela Fundaao. Ha desde logo as conferncias e as publicaoes, entire as quais a revista Development Dialogu em que se cruzam anlises de autores de diferentes correntes e cuja ultima ediao referente ao neoliberalismo. "O nosso principal trunfo", prossegue Henning Melber, " o prprio nome de Dag Hammarskjold, muito respeitado, sobretudo nos pauses do Sul. E nos utilizamo-lo para reunir pessoas, o que de outra forma nao aconteceria." Um exemplo: os encontros ini- ciados desde Fevereiro passado entire represen- tantes chineses, de pauses africanos e da Sucia para discutir as relaoes entire a Africa e a China. "A China esta bem present em Africa, alm disso tem assento no Conselho de Segurana das Naoes Unidas, mas os seus peritos sao poucos face s realidades sociais em Africa, o que causa tenses crescentes com determinados pauses africanos." E continue: "Usamos esta tradiao de dilogo noutros dominios, nomeada- mente no dominio agricola. Assim, a Revoluao Verde para a Africa lanada por Koffi Annan CRREIO Estocolmo escoberta da Europa apoiando-se em agncias filantropicas faz com que alguns receiem que apenas va servir os interesses de algumas grandes empresas agroali- mentares, sobretudo as especializadas nos OGM. Pretendemos organizer um seminario sobre esta questao no proximo ms de Novembro, aquando das Jornadas Europeias do Desenvolvimento. Os participants incluirao nomeadamente a Universidade Agricola de Uppsala." Jornadas que serao realizadas em Estocolmo, uma vez que a Sucia estara na presidncia da UE. Por fim, ultima acao, recent mas nao secun- daria: a instalaao de um gabinete da fundaao em Nova torque, onde estao sediadas as Naoes Unidas. "O nosso objective o de fazer pressao para efectivamente democratizar o sistema das Naoes Unidas, fortalecer as foras que pre- tendem verdadeiramente a paz e a segurana", acrescenta Henning Melber. M.M.B. Palauras-chaue SIDA; SAREC; Dag Hammarskjold; Henning Melber; cooperaao sueca; investigaao; Marie- Martine Buckens. SIIGRffO: uma sensibilidade Ill Ill i ji ii L jiii ij j.. 1 LIiii 1 i I. i[ 1 LI l Il--11 1 Ilj [IL111 i jI -'l l 1 I-.I. 11 I l 1. 1 1 ii Ii 'i IIIi I' 'ih i Ii l.u i I I *i Il 'i Ii i. Ir Il *Ii ii. i.ii I' 1~ 111 1~ ~1. 1 111 1 'N 1.. 1 t. 1 1..1` 11.1 1 1 L 1. C. lh.!~ .ill.li~~ l i~ lilllll~~!1. I!I_.ic;i. !IL . l i- .1 It 1ii% ', 11 i [ .ii ,- ii ; l i i- 1 1ii II i I 'il i I l% %.I Il l i. i -i 1 f'. i t. al iku i. I liI\Iii '), l-.' Ii dl i ili 1 i'i 1 ia' 1. l L t 1 It 1. 1 LI 11 1 t. - 1 -1 -11. L 11 11 1 %. 1 %. i i lii c ~I I l l ll.li i l li i ~ Ii i L -_ 1 'l l'- 1. IJiI i i~ -J 1 j jl 1-juilii~.~ .~.i 1 L qui 1i1' i i -J j 1 111 j 1 L 1 1 lj 1 L j i i i 1 11I- 1 Il Il Il.1, IL J.1 11 1 2 LI 1 j 111., 1 1 j iak I 1 L 1 LI L 'l Li 1 'l -11 Mi)l "i LI- '.21 I L 1 l M B. Pdldurds-chdue I II. ii.ICIIIIIIII ICII)CI.. 1).i%% l N larle\ N Ille Bild'ellii 1i J E 1 `1zC J L1JHD MG >ID escoberta da Europa Estocolmo PONTO DE VISTA 22 a 24 de Outubro O texto seguinte uma comunicaao da Comissao Europeia (Direcao-Geral do Desenuoluimento). Com a Presidncia Sueca da Unio Europeia a aproximar-se, Gunilla Carlsson, Ministra Sueca da Cooperao Internacional para 1 o Desenvolvimento, j est impaciente por poder estabelecer as dreas prioritrias da presidncia sueca no dominio do desenvol- vimento. Est na ordem do dia o desenvol- vimento da democracia, a coerncia das political para o desenvolvimento (CPD), a eficincia da ajuda e as alteraes climn- ticas. No dominio das alteraes climn- ticas, Gunilla Carlsson tambm presidiu Comisso Internacional sobre Clima e Desenvolvimento. sta previsto focar questoes relacionadas com o desenvolvimento durante a presidncia, uma vez que o maior event, durante os 6 meses, serao as Jornadas Europeias do Desenvolvimento. Em poucas edioes, as Jornadas Europeias do Desenvolvimento tornaram-se uma referncia na agenda international que acolhe mais de 4000 visitantes vindos de 1500 organizaoes e 125 pauses do mundo inteiro. Neste ano, o tema preponderante do event sera Cidadania e Desenvolvimento com uma atenao especial para as i. ...... clima- ticas e a crise economic. O event tera lugar na Feira Internacional de Estocolmo, de 22 a 24 de Outubro. Gunilla Carlsson acredita profundamente nos assuntos de cooperaao da UE relatives ao desenvolvimento: "Estou convencida que uma das con- tribuioes mais solidas da UE para o desenvolvimento global equitativo e sustentavel sera evidenciar todo o potential da agenda CPD. A UE deve procurar utilizar melhor e mais coerentemente todas as suas political e instruments. De moment, todas as questoes prementes da agenda international por exemplo, a recessao economic mundial, o desafio das alteraoes climaticas e a questao da segurana alimentar confirmam claramente esta necessidade." Gunilla Carlsson regozija-se por acolher as Jornadas Europeias do Desenvolvimento em Estocolmo. O objective fomentar um debate sobre o que impulsiona o desenvolvimento e como poderemos, neste period de cruise financeira, respeitar os compromissos ja assumidos em matria de ajuda. As Jornadas Europeias do Desenvolvimento sao um forum unico onde surgem grandes ideias. E uma plataforma aberta para debate de ques- toes globais e nao de negociaoes porta fechada. Todos tm a palavra - militants e peritos juntamente com parlamentares e ministros governa- mentais. Gunilla Carlsson destaca a importncia de envolver a sociedade civil, as empresas e as universidades nestes assuntos. www.eudevdays.eu CRREIO i i l Mi ;1 Kista, a cidade das cincias com mais de 4 700 empre- sas, tendo a Ericsson cabea, simboliza s6 por si a inveno " sueca". Campe em todas as categories em matria de inovao, estando mesmo frente do Japo e dos Estados Unidos, a Sucia deve este estatuto a uma combinao de praqmatismo e de audcia. vista um nome viking, que significaria caixao!", expli- ca-nos, com alguma malicia e a titulo de introduao, Mats Hedenstrom, responsavel pelas relaoes inter- nacionais desta cidade das cincias, cuja ori- gem remonta a 1976, quando a unidade SRA, Svenska Radiobolaget da Ericsson ali se insta- lou. Dois anos mais tarde vemjuntar-se a IBM. " verdade que algumas pessoas nos veriam bem num caixao, prossegue Mats Hedenstrm. Desde 1976 Kista ganhou uma verdadeira dimensao. Com cerca de 64 000 empregados e um total de 4 731 empresas, das quais 70 criadas em 2008, Kista o primeiro centro de inovaao em terms de densidade humana. Isto muito important, porque permit que as pessoas ali se encontrem facilmente, num ambiente que alias muito international". Depois da IBM, grandes nomes como a Nokia, Intel ou Microsoft tambm se estabeleceram no local. Porque Kista sobretudo um centro de TIC (tecnologias da informaao e comuni- caao). "Estamos nos primeiros cinco clusters de TIC, a seguir a Silicon Valley e Boston nos Estados Unidos", indica Mats Hedenstrom, que continue: "na Europa mantemos uma forte cooperaao com Sophia Antipolis, no sul de Frana, que agrupa o mesmo tipo de empresas". Com diferenas, no entanto. Em Sophia Antipolis, o numero de investigadores sensi- velmente mais elevado do que em Kista (cerca de 2 000 investigadores). ainda que a cidade sueca abrigue a i ,. i i.I. l.. .1. i i..... .1 . e o Instituto de ini .. i..r i Ii ....i l.'...... "Funcionam os di. nii ii..i .li..i.l. i.. i orientados para a '.ili i|"'. I "l..... i - ponsvel pelas relI .. iiii. ...h i .i i Ii sum a, K ista urr i '.'." '". i i i ,i,. ....i...,... rentes para permit iii, ,,.ni .. i .. ..i. ,i. M elhor ainda, K ii. ... i. i. i iii, i i, pessoas que se qii.. ... i I ,. 1 _-. 1, i i ,., oram ento public( i .. i. .. .. I.... .ii i'.- sas e depois, em c i ... . .i . i.ii'. i . . financial ento. ">- i ..ii. I.. I .. ii .111 Kista cerca de cern ,i... i '.i'i i"'r i 1i11 i',.i. todas sobrevivem -' i, "ii. .i ii. i i..i..l foram de 30% Tet l i ii... i i. i. ..,.,,.1.. - rial e jam ais alg.iuL. I ,. i ....I.l.. 1.,.. . i i. i., falido". Sinaldosl..,li,. hii i .1I i i .... em press especial, ,, II,- .. ..,I, i.... .l...I i .1.i am biente e da coiinii,.. ii.. .... iI I..1,ii, .., em que a Kista se .i.ii'.. *. .i1" ii,,, Palauras-chaue Kista; TIC; inov.aca.n. .iiet i.. .iil Hedenstrm; M.ii-l.-\iiliiic lit ikeiin NI J I. i, I. llll,,i 1 .IIII .. 1 1. 1 y '. I .Il , lli i .,.. I. ILIIII .1 1. I ,. llh .I '..I l1 - 1.1 III...I h l .l ,. I . 11 ,.. 1. 1 I. I 'u ul .I . I -I 'h I i ii .llllII. nologias limpas", prossegue Ulla Hamilton. Tcnicas que. j permitiram aperfeioar um sistema... de gestao dos residuos a triagem dos residuos j foi lanada em 1960 o que, por um sistema .de canalizaes que le.a os resi.duos para as incineradoras, permit, entire outras coisas, dis pensar a utilizaao de camies do lixo. As incineradoras "a nossa primeira tem mais de 100 anos!", sublinha a Vice-Presidente da Cmara desempenham um papel important no sistema de climatizao da cidade: a . gua quente alimenta os apareil'hos de aquecimento e, depois de fria, ' Iil.lh , .-. .. l',. L all ,. ,. I.i IIII. ',.. *I. ' .. '. ,. .II,.. .iiii l i.h .l h I,. .I J l, ,h.l. ,I. li.h ll' .liih , li" . I ,,m .l 1,, ,. ,..i ,iiiii. .l',, .h ,, i i Iii . . ,,. _ I. ,,. ll ,.i lh .,lh ... . I . i I i ,,., I .I lh ., llh . serve para arrefecer os edificios no Ver i o. Finalmente, o tr fego Embora a bicicleta e os trans.-., lportes colectivos sejam muito utilizados, a maioria dos carrots console combustivel "cl.ssico". I.",i IIIIIII, I l*<.n i el <.1, ..l h .I .. I' l ,' ,.. h hs.. Il. h .III I.,. ,. I. l I.i. l,.Ihi ...l.,.l i ,,l',l,.,.h .' l ..I Il .I' It tt I .. i iii .ll, ..I ,iil. .... i .lI, ".' ', I IIIIIIi.i.l. ,.I "l| "',i. '. .|',, .,.i. lh l .l ,. iii I.. - nologias limpas", prossegue Ulla Hamilton. Tcnicas que ja permitiram aperfeioar um sistema Prime gesto dos residuos a triagem dos funcionduos a foi lanada em 1960 o que, por um sistema verdes (biogde cans para comear). Depois, resduos pneceara as incistalar tadoras nos, permit, entire outras coisas, dis- pensarvis com vista future vagami do lixo. As i ncineradoras "a nossa p meira tem mais de 100 anos !", sublinha a Vice-Presidente da Cmara desempenham um papel important no sistema bairro de Hammarby, generalizar gua quente alizao de barcos aparelhatuitos de aque efctem o traje, depois de fria, serve para arrefecer os edificios no Verao. Finalmente, o trafego. Embora a bicicleta e os trans- portes colectivos sejam muito utilizados, a maioria dos carros consome combustivel classicco. Primeiro objective: a utilizaao pelos funcionarios da cidade de carros exclusivamente verdes biogass para comear). Depois, necessario instalar tomadas nos apartamentos e nas esta6es de servios com vista future vaga de carros elctricos. Finalmente, e isso ja uma realidade no bairro de Hammarby, generalizar a utilizaao de barcos (gratuitos) que efectuem o trajecto entire todas as ilhas da capital, evitando assim a construao de novas pontes. M.M.B. Palauras-chaue Capital verde; Ulla Hamilton; aquecimento urbano; energies renovveis; residuos; Marie-Martine Buckens. C RREIO esde o inicio, a ambiao era fazer deste antigo sitio poluido um modelo de urbanismo ecologico. Nesse moment, Estocolmo batia-se pela organizaao dos Jogos Olimpicos e sabia que o desempenho ambiental tinha sido determinante na atribuiao dos Jogos a Sydney. Fomos ultrapassados por Atenas, mas o project prosseguiu", explica Erik Freudenthal, que nos recebe no centro de informaao sobre o ambiente GlashusEtt, em Hammarby Sjstad. " partida, o objective era reduzir para metade o impact ambiental do future bairro em relaao aos edificios de Estocolmo que datavam de 1990. Foram estu- dados todos os aspects: o ruido, a poluiao, o trafego, o trabalho, os residuos, etc." Apos a descontaminaao cuidadosa dos 200 hectares de solo, as obras arrancaram em 1997. A maior parte dos edificios industrials foi arrasada ou restaurada, como a fabric Diesel, reconvertida em centro cultural e desportivo. O fim das obras esta previsto para 2016. "O project construir 11.000 apartamentos para cerca de 28.000 pes- soas e proporcionar trabalho no bairro a 10.000 pessoas", diz-nos Erik Freudenthal que prosse- gue: "Actualmente, ja foram construidos 8500 apartamentos, onde moram cerca de 18.000 pessoas." Os edificios nao ultrapassam cinco andares e dao simultaneamente para a rua e para o parque. Trata-se de um trabalho de planeamen- to indito, fruto da cooperaao entire arquitectos, engenheiros e urbanistas. O novo bairro construido num terreno quase virgem, o que permit aos seus promotores enquadra-lo de transportes colectivos e propor o transport partilhado. Sem contar um barco que efectua, gratuitamente, de quarto em quar- to de hora, a ligaao entire o bairro e a ilha de Sdermalm, proxima do centro. Assim, 79% das pessoas vao trabalhar a p, de bicicleta ou de transportes colectivos. "Isto permitiu redu- zir a utilizaao do carro de mais de 40%. Esta percentage nao teria sido possivel se a rede de transportes, em especial o elctrico, tivesse sido construida mais tarde, forando toda a gente a comprar carro." Hammarby Sjstad responded a um program ambiental com seis objectives: descontaminaao dos solos, utilizaao dos solos ja construidos, materials de construao saos, transportes colec- tivos, limitaao do ruido a 45 dB e optimizaao dos servios energticos, de agua e de residuos, imagem do que prevem os vereadores para o conjunto da cidade (ler o artigo acima). " a primeira vez no mundo que se consegue reduzir o impact ambiental de cerca de metade numa superficie tao grande. E, no entanto, os objec- tivos fixados tiveram em conta as normas de 1990. Hoje, seria possivel fazer melhor." O pro- jecto sera duplicado brevemente noutros bair- ros de Estocolmo, tambm eles relativamente degradados. O custo esta altura dos objectives e a cidade esta disposta a investor mil milhoes de euros no project. M.M.B. Palauras-chaue Erik Freudenthal; Hammarby Sjostad; impact ambiental; Marie-Martine Buckens. N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 uem nao conhece a Pipi das Meias Altas? Esta famosajovem de tran- as ruivas uma rebelde e ha 64 anos continue a emancipar as crianas em todo o mundo. No seu universe fantastico salvou as crianas das leis dos adults e da "camisa-de-foras" da escola. Nao admira que tenha sido vitima da censura nos pauses conservadores e nas dita- duras. Nascida em 1945 da imaginaao de Astrid Lindgren para prazer dos seus filhos, as aventuras de Pipi foram traduzidas em mais de 60 linguas, do arabe ao zulu. Astrid Lindgren tambm foi uma grande mulher, que at morrer em 2002, com 95 anos, nunca deixou de se bater pelo direito dos oprimidos, crianas, homes e animals, o que lhe viria a valer, entire outras, a medalha Albert Schweitzer. Activa na political, esta mulher considerada como uma lenda viva na Sucia foi igualmente instigadora de novas leis a favor dos mais desfavorecidos. Astrid Lindgren tinha como antepassada uma outra grande senhora das letras e da humanidade. Selma Lagerlg a autora de A Saga de Gsta Berling, uma epopeia lirica, mas sobretudo de A Maravilhosa I.~ .. 1 de Nils Olgersson atravs da Sucia. Esta outra epopeia, que apareceu em 1906, foi-lhe na verdade encomendada para explicar a geografia da Sucia aos alunos. Trs anos mais tarde foi a primeira mulher a receber o Prmio Nobel da Literatura e, em 1914, a primeira mulher a ser eleita para a Academia Sueca. Duas medalhas que ofereceu no inicio da Segunda Guerra Mundial Finlndia que procurava anga- riar funds para combater a Uniao Sovitica. Ha outros percursos mais sinuosos, mais intros- pectivos. Os de August Strindberg, considerado como um dos pais do teatro modemo. Mas este home, nascido em 1849 e autor nomeadamen- te de Mademoiselle Julie, tambm um dos pioneiros do expressionism europeu em pintu- ra, sem contar com as suas actividades de fot- grafo, de alquimista e de telegrafista. Misgino, mas tambm socialist ou at anarquista, o que lhe valeu as honras da ex-Uniao Sovitica e de Cuba, renegou o seu socialism depois do encontro que teve com Nietzsche e antes de se virar para o misticismo. A introspecao psicologica e, por seu lado, o fio condutor da obra desse gigante do cinema que Ingmar Bergman. Nascido em 1918 em Uppsala, este encenador teatral, guionista e rea- lizador, actor no inicio da carreira, contava no seu activo em 2007, quando morreu, 170 peas de teatro e 62 filmes. Entre eles, o metafisico Stimo Selo, o psicolgico A Mascara ou Fanny e Alexandre ou ainda Cenas da Vida Conjugal, que lhe valeram ser considerado como uma dos grandes realizadores do sculo XX. Tal como Strindberg, casado tres vezes, Bergman teve uma vida sentimental movimentada: casou-se cinco vezes e teve nove filhos. M.M.B. Palauras-chaue Pipi das Meias Altas; Astrid Lindgren; Selma Lagerlof; Strinberg; Ingmar Bergman; Marie-Martine Buckens. C RREIO &.onguliaciie Abla Ababou a - LUNE l m ROCHEf lN-O"NClO T'A S1 Lr n4'.lr il e ir A inda que a actividade editorial varie exponencialmente de um pais para o outro, actualmente existem editors em quase todos os pauses africanos. As opinioes dos editors ACP desempenharam um important papel no Colquio Cultura e Desenvolvimento organizado pela Comissao Europeia em Bruxelas (1 a 3 de Abril de 2009). Editores, escritores, associaoes e organizadores de fei- ras de livros de pauses ACP e da UE discutiram, em workshops especificos, o modo como a industria cultural devera dar resposta tanto aos requisitos do public ACP como aos interesses do public do Norte. Os registos de dados acerca da capacidade economic do sector editorial nos pauses ACP sao escassos. Os manuais escolares sao as publicaoes mais vendidas, representando entire 55 % e 70 % do total. Sao o ramo mais rentavel do sector, mas sao geralmente limitados a um certo numero de editors locais e estrangeiros especializados ou s suas filiais locais. Todos sabem que, excepao da Africa do Sul, da Nigria e do Egipto, a industria livreira africana fraca. E porque os funds de apoio sao parcos, poucos editors correm riscos financeiros. Consequentemente, os escritores que procuram estabelecer-se no palco global tm de procurar um editor do Norte (nas linguas coloniais em Nova torque, Londres, Paris e Lisboa), onde podem ir ao encontro nao so de lucros como tambm de distribuiao, promoao, prmios e festivals. A falta de livrarias outro problema que contribui para a perda de oportunidades de venda de livros. Existem ape- nas 13 livrarias no Mali, 11 no Burquina Faso e 215 no Senegal (das quais Sandra Federici e Andrea Marchesini Reggiani Rede de editors ricanos contra a inuisibilidade 200 sao pequenas*), ao passo que num pais como Italia existem 2000. Verifica-se igualmente uma ausncia de bibliotecas e centros de leitura: nem mesmo as grandes cidades tm uma biblioteca. No Coloquio ACP de Bruxelas, os participants perceberam que o prin- cipal entrave a uma maior produao e uma melhor comercializaao dos livros africanos consiste na falta de political publicas e no peso das taxas aduaneiras que penalizam a circulaao dos livros e das matrias-primas (papel, tinta ou materials de impressao). Na verdade, o Acordo de Florena (1950) e o Protocolo de Nairobi (1976) relatives importaao de materials pedaggicos, cientificos e culturais foram assinados por varios paises mas nao sao respeitados. Algumas editors das parties francfonas de Africa sao reconhecidas a nfvel global pelo papel estratgico que desempenham no desenvolvimento da literacia desde a independncia: O Centre d'dition et de diffusion afri- caine (CEDA, Costa do Marfim), as ditions Cl (C.i, .....'. i.. as Nouvelles ditions africaines du Sngal ( .....i. as Nouvelles ditions ivoiriennes (NEI) e Afrique-ditions, em Kinshasa. Os novos editors africanos sio mais dinmicos e abertos criaao de redes, como ferramentas de promoao do desenvolvimento da ediao no continent. Apostam nas novas geraoes, promovendo a educaao da leitura atravs de projects inovadores e da circulaao de publicaoes em motociclos, autocarros ou barcos... Juntamente com editors do Norte, produzem co-edioes que sao disponibilizadas ao public do Sul a preos mais baixos: por exemplo, a colecao Terres solidaires (com Le Serpent plumes e Actes Sud), que public romances de autores africanos ao preo de 2000/3000 F CFA, ou Global Issues, um project de "feira do livro" da Ecosocit, uma editor do Quebeque. Varias redes, como sejam associaoes nacionais de editors, redes de N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 Criatividade livrarias e associaoes de autores, sao activas no sector das publicaoes. Tomemos como exemplo a Afrilivres, uma associaao de editors africa- nos francofonos sediada em Cotonu (Benim) que tenta desenvolver uma relaao mais igualitaria com o Norte, tornando as suas publicaoes visiveis e disponiveis nos mercados do Norte; a African Book Collective, um ponto de distribuiao baseado em Oxford sem fins lucrativos com 116 edi- tores africanos independents de 19 pauses; a rede da Aliana Internacional de Editores Independentes, que associa editors de quatro redes linguisti- cas em areas ACP e UE; e a Rede de Editores Africanos (APNET), uma organizaao pan-africana sediada no Gana (Acra) que une associaoes de editors nacionais para "reforar a publicaao indigena em Africa". As associaoes internacionais trabalham no sentido de facilitarem a presena das publicaoes ACP nas feiras do livro do Norte, mas a sua participaao continue surpreendentemente diminuta. Ao folhearmos os catalogos das mais recentes feiras do livro italianas, reparamos, por exemplo, que na Feira do Livro Infantil de Bolonha (23 a 26 de Maro de 2009), que contou com a participaao de 66 pauses, a presena africana foi muito reduzida, represen- tada somente por editors sul-africanos, tanzanianos e egipcios. M * APNET ADEA, project de estudo sobre o comrcio livreiro africano interno. Palauras-chaue Colquio Cultura e Desenvolvimento; Bruxelas; Acordo de Florena; Protocolo de Nairobi; ediao; editors. VI tJJi' w J ; .. - * .. . *.a. " 5 m * r I i cl i l9TllMlriu raiauras-cnaue Turismo; Africa. .<;A- '!*' ^ Ek.--"l i(< IIIrIIILuLI q i 11 LINId I IllotS-Cles Rokia Traor ; musique ; Afrique ; Mali ; Ali Farka Tour. Sara jovens leitores DESPORTO E DESENVOLVIMENTO de POV* * Desenhista de Madagascar N. 11 N.E. MAIO JUNHO 2009 i palaura aos leitores! Estamos interessados na sua opinio e nas suas reaces aos artigos desta edio. Sendo assim, diga-nos o que pensa deles. A propsito do artigo "O Preo do 'Carbono' das Florestas" (nmero 9) Em Angola, 80% da populaao encontra-se nas zonas rurais e usa como principal fonte ener- gtica as florestas. Com pequenos projects de minihidricas, energia solar e distribuiao de gas butano e, em simultneo, projects de reflorestaao, podem obter-se muito bons resultados. Mas estes projects seriam imple- mentados por entidades independents, nao governamentais. Jos Flix de Caravalho Junior (Ili 'ili O Correio um instrument de trabalho pre- cioso para os investigadores que se interessam pelas relaoes ACP-UE. Apreciei positivamente o artigo sobre o "Impacto da crise em Africa visto pelos peritos africanos". A analise realista e os efeitos da crise desenvolvidos pelos especialistas africanos comeam a sentir-se em pauses como o nosso. ONANA NGA Ferdinand (Chercheur Cameroun). Direito de resposta O Secretariado ACP gostaria de solicitar uma correcao da informaao dada pela Sr." Charity Maruta no artigo da pagina 7 do n. 10 de O Correio ACP-UE. Foi por ela referido o seguinte: "Procurei mobilizar 150.000 euros da CE do oramento destinado a filmes ACP para um filme de longa metragem, mas nao foi possivel aceita-los porque nao consegui angariar o resto do dinheiro necessario." O process de avaliaao ainda esta a decorrer e confidencial. Como ainda nao esta concluido, impossivel que qualquer pessoa tivesse comu- nicado o que quer que seja Sr." Maruta em relaao ao seu filme no moment em que fez aquela afirmaao. S0 e -45, Rue de Tr: 1 emil ino@acp-ucurir.n- webste w .apeucourS S fAgenda Julho 2009 ) 5-20 Festival cultural pan-africano de Argel 2009 Festival consagrado s diferentes artes, desde o teatro ao cinema, da literature banda desenhada, da mtsica arte visual. Argel, Arglia. Web: http: //www.panafalger2009.dz > 6-8 Conferncia Mundial sobre o Ensino Superior (WCHE+10) A UNESCO acolher a "Conferncia Mundial sobre o Ensino Superior (WCHE+10)" destinada a inventariar os progressos realizados desde a primeira conferncia organizada em 1998. Paris, Frana. Web: www.cepes.ro/forum/ welcome.htm JULHO a SETEMBRO de 2009 > 22-02 30. Festival Internacional de Cinema de Durban O festival apresentar mais de 200 projecoes de filmes do mundo inteiro, com uma atenao especial para os filmes da Africa do Sul. Durban, Africa do Sul. Web: http://www.cca.ukzn.ac.za flgosto > 3-6 Ensino Distncia e Formao de Professores (DETA) Costa do Cabo, Gana. Web: http://www.deta.up.ac.za/ > 31-04 Conferncia Mundial sobre o Clima. Genebra, Suia. Setembro > 24-28 Perspectivas africanas 2009: Centro urbano africano (re) financiado Pretoria-Tswhane, Africa do Sul. Web: http://architectafrica.com/ AFRICAN-PERSPECTIVES- 2009 http: //www.africanperspectives. nl > 28-01 17" Sesso da Assembleia Parlamentar ACP e reunites intercalares da Assembleia Parlamentar Paritria ACP-UE Bruxelas, Blgica. M C@RREIO II 'li, CARAIBAS -ii.i, i i F ,L.i.ii i : i i iI i i .. .Belize Cuba Dominica Granada Guiana Haiti i ,, ,- i:-i.iiL.,i i:,,i 1 ... .. Cristvao e Neves Santa Lcia Sao Vicente e j n ,, '. ii ri- ih T,,,,i .1 ,- ,- T,,I, ,g o i '1' FRICA Africa do Aii iii ii.i i n i i 'iii i i iiii .L', i il I ,i Chade M a rfim :, i. , r : .. .... : ,., : , ,: ,:, ,- i. : r :, ,- Equatorii i.1 . 1 in , ,, . PACIFICO Cook (llhas) Fiji Kiribati Marshall (llhas) Micronsia (Estados Federados da) Nauru Niue Palau Papuasia-Nova Guin Salomao (llhas) Samoa Timor-Leste Tonga T -il i Vanuatu . . UNIAO EU PEIA Malta Paises Baixos Polinia Port. ii Fiy : ,.I i .ii- ~ i,: ,..,,-nia Sucia I r l/s-I .iI7 UNIAO EFWJ'EI As listas dos pauses publicadas pelo Correio nao prejudicam o estatuto dos mesmos e dos seus territrios, actualmente ou no future. O Correio utiliza mapas de inmeras fontes. O seu uso nao implica o reconhecimento de nenhuma fronteira em particular e tao pouco preludica o estatuto do Estado ou territrio. -;r F ,.. iit ti _ _ _ -I 4 ft. N ot fo1 sal ISSN 184-682 |